sexta-feira, 2 de abril de 2010

O VALOR DA CRUZ

Por: Linaldo Lima

Gálatas 6.14

CRUZ – antigo instrumento de suplício, constituído por dois madeiros, um atravessado no outro, em que se amarravam ou pregavam os condenados á morte. Só iam para a cruz, portanto, aqueles que passavam pela pena de morte.

A Cruz foi construída para punir os pecadores dignos de morte (Dt 21. 22). Por ser um tipo de morte das mais cruéis, por matar lentamente cada pessoa que nela subisse, era temida por todos os malfeitores.
Todas as pessoas que fossem condenadas à morte, por julgamento, enfrentariam a cruz. Ela representava o fim de todos os condenados.

Após o pecado de Adão, todos ficamos condenados à morte eterna, "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus"(Rm 3.23), e o “salário do pecado é a morte” (Rm 6: 23a). Sendo assim, de acordo com o princípio da pena de morte, se fôssemos julgados na época de Jesus, todos iríamos para a cruz. Daí se dizer que nós é que deveríamos morrer na cruz, e não Jesus, pois Ele e somente Ele é santo.

A justiça de Deus vindica(exige em nome da lei) a nossa morte e nossa punição. Sendo assim, o Senhor Deus se viu num dilema. Ele desejaria salvar o homem pecador por causa do Seu amor. Mas obrigatoriamente precisaria condená-lo por causa da Sua justiça. Como resolver tal impasse? Só existia uma alternativa para o Senhor Deus: providenciar um substituto que fosse santo, para morrer no lugar dos culpados.

Somente um justo poderia substituir a humanidade perdida, e salvar os que haveriam de ser salvos, oferecendo-se em sacrifício vivo na cruz, em favor dos perdidos; todavia, Deus não viu entre nós um justo sequer, nenhum em toda a humanidade que pudesse nos substituir; que pudesse pagar com a própria vida pelos nossos pecados. Todos ficamos afastados de sua gloriosa presença "...não há ninguém que faça o bem. Deus olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um (SL 53.1-3).

Todos ficamos condenados à pena de morte eterna. Quem nos salvaria? Quem nos substituiria nessa pana? Quem aceitaria o desafio de passar pelo suplício da cruz. Quem aceitasse o desafio, deveria ser alguém santo, puro, sem mácula, sem mancha, sem pecado. Bem, já ficou provado que não existe esse alguém aqui na terra.

Só então foi que o Pai idealizou enviar o próprio Filho a fim de que pudesse se encarnar, virar um ser humano (Jesus não era um ser humano antes de se encarnar. Ele era eternamente Deus com o Pai e com o Espírito Santo) e morrer no lugar dos perdidos.

Caso o Filho aceitasse, ele deveria estar ciente de que passaria pelo suplício da cruz, pois era o instrumento de condenação da época.

E aceitou. Jesus foi enviando à terra para trazer a salvação a todos os que nele cresse, e recebesse o perdão dos pecados e o presente da vida eterna, e assim teria a sua história mudada.
A Cruz foi o vale da decisão. A partir da cruz tudo tomou um novo rumo.
A salvação para os perdidos só teria uma condição: Crer no Filho. Crer que o Filho de Deus morreu numa cruz, e ressuscitou no terceiro dia.

O FIM DA ESCRAVIDÃO DO PECADO

Quando Jesus morreu na cruz, o Sinédrio (O mais alto tribunal religioso dos judeus) festejou, talvez dizendo: “Conseguimos! Vencemos!" Viva o Sinédrio!”.
Muitos discípulos voltaram às suas cidades, tristes e decepcionados porque o Mestre deles havia morrido. Acabaram-se as suas esperanças naquilo que Jesus lhes havia falado. O momento de aparente derrota falou mais alto.
Mas o que para as autoridades significava o fim de mais um revolucionário, na verdade, significava o FIM DA ESCRAVIDÃO DO PECADO.
Foi lá na cruz que Jesus levou consigo toda a nossa condenação e, experimentou, ali mesmo naquela cruz, o cálice da ira de Deus, em nosso lugar. Ele se fez maldito por nós; o justo morreu pelo injusto (GL 3.13)
Lá na cruz foi cravada toda a maldição e condenação do pecado dos que crêem nEle. Tudo estava consumado, como disse o Senhor Jesus. Tudo que precisava ser feito para a nossa salvação, foi feito na cruz (Jo 19.30). A única coisa que nos resta agora é a fé nEle, em Jesus, o Filho de Deus. Repito, a fé é só em JESUS, e somente em JESUS.
O primeiro valor da Cruz para nós, cristãos, é que ela representa o FIM DA CONDENAÇÃO ETERNA. Há um novo caminho, uma nova esperança de salvação. A morte de Cristo na cruz significou a REDENÇÃO (perdão) DOS NOSSOS PECADOS.

O INÍCIO DE UMA NOVA VIDA.

Em meio à festa do sinédrio, pela morte de Jesus, surgem os soldados romanos aflitos, angustiados e perplexos diante dos sacerdotes dizendo-lhes, em outras palavras: “temos uma péssima notícia a lhes dar. Nunca vimos isso em toda a nossa vida. Estamos perplexos! Um anjo desceu do céu, removeu a pedra do sepulcro e... Ele ressuscitou!”. Mais do que depressa, os anciãos começaram a elaborar um plano maligno. “Deram-lhes muito dinheiro” recomendando que dissessem que os discípulos haviam roubado o corpo Jesus a fim de negar a ressurreição (adaptado de Mt 28.11-15).

Dois discípulos tomaram seu caminho de volta para a aldeia de Emaús, onde moravam. Logo quando iam conversando, fazendo perguntas um ao outro, uma terceira pessoa se aproximou deles e ia com eles conversando no caminho. Ao chegar em Emaús, logo o viajante que ia com eles adiantou-se, dando a entender que ia mais longe. Os discípulos rogaram que o viajante passasse a noite com eles, e Ele aceitou.
Como era costume em Israel, na hora da refeição, o hóspede, geralmente fazia a oração de agradecimento, partia o pão e servia os demais da mesa. Nessa hora, quando o viajante pegou no pão, os discípulos olharam entre si, como quem diz: “esse jeito de pegar no pão, eu conheço”; quando aquele homem começou a orar, os discípulos, pensaram: “eu só conheço um que ora dessa maneira”; quando o viajante partiu o pão e lhes deu, logo os discípulos abriram seus olhos, agora sem dúvida alguma, dizendo: “é Ele... está vivo... Ele vive”. Naquele momento o viajante sumiu. Então, disseram um para o outro: “não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras?”.
Logo entenderam que era Jesus que tinha ressuscitado e, voltaram para Jerusalém e testificaram aos demais discípulos o que lhes acontecera no caminho de Emaús (Lc 24: 13 – 35).

O segundo valor da cruz para o cristianismo é que, ela representa o INÍCIO... de uma nova vida com Cristo. Uma vez perdoados dos nossos pecados com a Sua morte, fomos JUSTIFICADOS diante de Deus pela sua ressurreição.
Quando olhamos para a cruz, vemos que ela está vazia, o sepulcro está vazio. Jesus Cristo não está mais lá. Ele ressuscitou. Ele venceu a morte e ressurgiu.
A cruz significa um novo começo, uma nova vida. TUDO SE FEZ NOVO.

CONCLUSÃO

Não há maior símbolo que represente o cristianismo com tanta precisão como a Cruz. Até a Cruz, estávamos condenados à morte eterna; NA Cruz, fomos perdoados, redimidos, libertos, sarados e recebemos a vida eterna. Após a cruz Jesus ressuscitou, nos justificou, e Deus nos aceitou e nos recebeu como filhos.
Portanto, para ser salvo, é imperativo que haja arrependimento e fé. Arrependimento dos pecados e fé no