terça-feira, 1 de junho de 2010

A família de Jesus

Lc 8.19-21
19 Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se por causa da concorrência de povo. 20E lhe comunicaram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te. 21Ele, porém, lhes respondeu: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam.


O Reino de Deus deve ser compreendido do ponto de vista de Deus, não duma perspectiva humana. Jesus é o Verbo eterno. Por isso, é atemporal. Ele não está atrelado a família física como nós. Jesus não tem irmãos e nem mãe, como nós. A família do nosso Senhor somos nós, que ouvimos e obedecemos a Palavra de Deus. Precisamos entender Jesus num plano mais superior. Jesus não é deste mundo. E os Seus súditos também não são desse mundo. Ele e o Seu Reino estão acima das pessoas deste mundo, desta vida transitória. Então dizer que Jesus tem mãe e irmãos carnais é diminuí-Lo bem como o Seu Reino. Jesus teve irmãos e mãe, mas foi algo acidental, não essencial. O essencial é a família espiritual que ele formou. Maria e os irmãos de Jesus não tinham em nada primazia diande do Mestre. Eles não podiam cortar a fila só porque eram da parentes do Rei da Glória. A família de Jesus eram os Seus eleitos, o Seu povo espiritual. E aí sim, entendemos que Maria e os irmão do Mestre faziam parte do Seu povo eleito, não com privilégios, mas como qualquer outro eleito. O Reino de Deus é assim. É um Reino diferente do nosso. É um Reino do ponto de vista de Deus e não do homem. Se nós fóssemos escolher as pessoas para fazer parte no Reino de Deus, escolheríamos primeiro a mãe e os irmãos de Jesus; os judeus; escolheríamos os bonzinhos, os mais abastados, os honestos, os mais intelectuais, os mais bonitos, aos mais altos, os mais belos, os sábios e entendidos, os poderosos deste mundo, e etc. Mas esse não é o critério do Rei. Eu não sei que critério Ele usa para escolher o seu povo. Seu que não é o seu amor nem a nossa fé. Ele escolhe as pessoas mais improváveis para compor a Sua Igreja. Como explicar o fato de ele ter escolhido o endemoninhado geraseno(Lc 8.26-34)? Esse homem era cheio de demônios, doente (tinha psicose), vivia nos sepulcros, no deserto, vivia nu, fazia mal à sociedade. Era um lobisomem, degenerado, deformado, era um monstro. Pois é isso, Jesus olhou para esse homem e o amou. Curou, libertou dos demônios, perdoou, justificou, salvou e o fez um grande missionário no Reino de Deus. Para explicar esse fenômeno incompreensível Jesus conta a parábola da grande ceia. Certo homem deu uma grande ceia e convidou muitos. Na hora da ceia os convidados não apareceram e ele encheu a casa das pessoas menos prováveis. Depois de ter ido chamar os convidados, e estes terem se recusado a vir, "O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Ele ficou com muita raiva e disse: 'Vá depressa pelas ruas e pelos becos da cidade e traga os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.'"
Então é isso. O povo de Deus não são a mãe e os irmãos de Jesus, não são os judeus, nem os ricos, nem os poderosos, nem os mais inteligentes, nem os mais doutos, ainda que todos estes façam parte desse reino, mas o povo de Deus são aqueles que ouvem a Sua Palavra e a praticam