quinta-feira, 17 de julho de 2014

TEOLOGIA SISTEMÁTICA - LOUIS BERKHOF - ÍNDICE

ÍNDICE Primeira Parte: A DOUTRINA DE DEUS I. A Existência de Deus 11 A. Lugar da Doutrina de Deus na Dogmática. 11 B. Prova Bíblica da Existência de Deus. 12 C. A negação da existência de Deus em suas Várias Formas. 13 D. As Assim Chamadas Provas Racionais da Existência de Deus. 18 II. A cognoscibilidade de Deus 21 A. Deus Incompreensível e, contudo, Cognoscível. 21 B. Negação da Cognoscibilidade de Deus. 22 C. Auto-Revelação, Requisito de todo Conhecimento de Deus 26 III. Relação do Ser e dos Atributos de Deus 33 A. O Ser de Deus. 33 B. A Possibilidade de Conhecer o Ser de Deus 35 C. O Ser de Deus Revelado em Seus Atributos 37 IV. Os nomes de Deus 39 A. Os Nomes de Deus em Geral. 39 B. Os Nomes do Velho Testamento e Seu Significado 40 C. Os Nomes do Novo testamento e Seu Significado. 42 V. Os atributos de Deus em geral 44 A. Avaliação dos Termos Empregados 44 B. Método de Determinação dos Atributos de Deus. 44 C. Sugestões Feitas Quanto às Divisões dos Atributos. 47 VI. Os Atributos Incomunicáveis 50 A. Existência Autônoma de Deus. 50 B. A Imutabilidade de Deus 51 C. A Infinidade de Deus. 52 D. A Unidade de Deus. 54 VII. Os Atributos Comunicáveis 57 A. A Espiritualidade de Deus. 58 B. Atributos Intelectuais. 59 C. Atributos Morais. 63 D. Atributos de Soberania 69 VIII. A Trindade Santa 75 A. A Doutrina da Trindade na História 75 B. Deus como Trindade em Unidade 76 C. As Três Pessoas Consideradas Separadamente. 83 (AS OBRAS DE DEUS) I. Os decretos Divinos em Geral 92 A. A Doutrina dos Decretos na Teologia. 92 B. Nomes Bíblicos para os Decretos Divinos. 93 C. A Natureza dos Decretos Divinos. 94 D. As Características do Decreto Divino. 95 E. Objeções à Doutrina dos Decretos. 97 II. Predestinação 101 A. A Doutrina da Predestinação na História. 101 B. Termos Bíblicos para a Predestinação. 103 C. O Autor e os Objetos da Predestinação 105 D. As Partes da Predestinação. 106 E. Supra e Infralapsarianismo. 110 III. Criação em Geral 119 A. A doutrina da Criação na História. 119 B. Prova Bíblica da Doutrina da Criação. 120 C. A Idéia da Criação 121 D. Teorias Divergentes a Respeito da origem do Mundo. 130 IV. Criação do Mundo Espiritual 133 A. A Doutrina dos Anjos na História 133 B. A Existência dos Anjos 135 C. A Natureza dos Anjos. 136 D. Número e organização dos Anjos. 137 E. O serviço dos Anjos 139 F. Os Anjos Maus. 140 V. Criação do Mundo Material 143 A. O Relato Bíblico da Criação 143 B. O Hexameron, ou a Obra dos Dias Separados. 144 VI. Providência 158 A. Providência em Geral 158 B. Preservação. 162 C. Concorrência. 164 D. Governo. 168 E. Providências Extraordinárias ou Milagres. 169 Segunda Parte: A DOUTRINA DO HOMEM COM RELAÇÃO A DEUS I. A Origem do Homem 172 A. A doutrina do Homem na Dogmática. 172 B. Relato Bíblico da Origem do Homem. 172 C. A Teoria Evolucionista da Origem do Homem. 174 D. A Origem do Homem e a Unidade da Raça. 179 II. A Natureza do Homem 182 A. Os Elementos Constitutivos da Natureza Humana. 182 B. A Origem da Alma no Indivíduo. 187 III. O Homem Como a Imagem de Deus 193 A. Conceitos Históricos da Imagem de Deus no Homem. 193 B. Dados Bíblicos a Respeito da Imagem de Deus no Homem. 194 C. O Homem Como a Imagem de Deus. 196 D. A Condição Original do Homem como a Imagem de Deus. 200 IV. O Homem na Aliança das Obras 203 A. A Doutrina da Aliança das Obras na História. 203 B. O Fundamento Bíblico da Doutrina da Aliança das Obras. 205 C. Elementos da Aliança das Obras. 207 D. A Situação Atual da Aliança das Obras. 209 O HOMEM NO ESTADO DE PECADO I. A Origem do Pecado 212 A. Conceitos Históricos a Respeito da Origem do Pecado. 212 B. Dados Bíblicos a Respeito da Origem do Pecado. 213 C. A Natureza do Primeiro Pecado ou da Queda do Homem. 215 D. O Primeiro Pecado ou a Queda como Ocasionada pela Tentação. 216 E. A Explicação Evolucionista da Origem do Pecado. 218 F. Os Resultados do Primeiro Pecado. 219 II. O Caráter Essencial do Primeiro Pecado 221 A. Teorias Filosóficas a Respeito da Natureza do Mal. 221 B. A Idéia Bíblica do Pecado. 225 C. O Conceito Pelagiano de Pecado. 227 D. O Conceito Católico romano do Pecado. 229 III. A Transmissão do Pecado 232 A. Resenha Histórica. 232 B. A Universalidade do Pecado 234 C. A Relação do pecado de Adão com o da Raça. 235 IV. O Pecado na Vida da Raça Humana 239 A. O Pecado Original. 239 B. O Pecado Fatual. 246 V. A Punição do Pecado 251 A. Punições Naturais e positivas. 251 B. A Natureza e o Propósito das Punições. 252 C. O Castigo Efetivo do Pecado. 254 O HOMEM NA ALIANÇA DA GRAÇA I. Nome e Conceito da Aliança 258 A. O Nome. 258 B. O conceito. 259 II. A Aliança da Redenção 261 A. A discussão Separada Disto é Desejável. 261 B. Dados Bíblicos Quanto à Aliança da Redenção. 261 C. O Filho na Aliança da Redenção. 262 D. Requisitos e Promessas da Aliança da Redenção 265 E. Relação desta Aliança com a Aliança da Graça. 266 III. Natureza da Aliança da Graça 268 A. Comparação da Aliança da Graça com a Aliança das Obras. 268 B. As Partes Contratantes. 268 C. O Conteúdo da Aliança da Graça. 272 D. Características da Aliança da Graça. 273 E. Relação de Cristo com a Aliança da Graça. 278 IV. O Aspecto Duplo da Aliança 280 A. Uma Aliança Externa e uma Interna. 280 B. A Essência e a Administração da Aliança. 281 C. Uma Aliança Condicional e uma Absoluta. 281 D. A Aliança como Relação Puramente Legal e como Comunhão de Vida. 281 E. Participação na Aliança como uma Relação Legal. 283 V. Diferentes Dispensações da Aliança 286 A. O Conceito Adequado das diferentes Dispensações. 286 B. A Dispensação do Velho Testamento. 289 C. A Dispensação do Novo Testamento. 295 Terceira Parte: A DOUTRINA DA PESSOA E OBRA DE CRISTO A PESSOA DE CRISTO I. A Doutrina de Cristo na História 298 A. Relação entre Antropologia e Cristologia. 298 B. A Doutrina de Cristo antes da Reforma. 298 C. A Doutrina de Cristo Depois da Reforma. 301 II. Nomes e Naturezas de Cristo 306 A. Os Nomes de Cristo 306 B. As Naturezas de Cristo. 309 III. A Unipersonalidade de Cristo 315 A. Exposição do Conceito da Igreja a Respeito da Pessoa de Cristo. 315 B. Prova Bíblica da Unipersonalidade de Cristo. 316 C. Os Efeitos da União das Duas Naturezas em uma Pessoa. 317 D. A Unipersonalidade de Cristo, um Mistério. 319 E. A Doutrina Luterana da Comunicação de Atributos. 319 F. A Doutrina da “Kénosis” em Suas Várias Formas. 321 G. A Teoria da Encarnação Gradual. 324 OS ESTADOS DE CRISTO I. O Estado de Humilhação 326 A. Introdução: A Doutrina dos Estados de Cristo em Geral. 326 B. O Estado de Humilhação. 327 II. O Estado de Exaltação 339 A. Notas Gerais Sobre o Estado de Exaltação 339 B. Os Estágios do Estado de Exaltação. 340 OS OFÍCIOS DE CRISTO I. Introdução: O Ofício Profético 351 A. Observações Introdutórias Sobre os Ofícios em Geral. 351 B. O Ofício Profético. 352 II. O Ofício Sacerdotal 356 A. A Idéia Bíblica de Um Sacerdote. 356 B. A Obra Sacrificial de Cristo. 357 III. Causa e necessidade da Expiação 362 A. A Causa Motora da Expiação 362 B. Conceitos Históricos da necessidade da Expiação. 363 C. Provas da Necessidade da Expiação. 365 D. Objeções à Doutrina da Absoluta Necessidade da Expiação. 366 IV. A Natureza da Expiação 368 A. Declaração da Doutrina da Expiação Substitutiva e Penal. 368 B. Objeções à Doutrina da Expiação Substitutiva e penal ou da Satisfação. 376 V. Teorias Divergentes da Expiação 379 A. Teorias da Igreja Primitiva. 379 B. A Teoria da Satisfação, de Anselmo (Teoria Comercial). 380 C. A Teoria da Influência Moral. 381 D. A Teoria do Exemplo. 382 E. A Teoria Governamental. 383 F. A Teoria Mística. 384 G. A teoria do Arrependimento Vicário 385 VI. Propósito e Extensão da Expiação 388 A. O Propósito da Expiação. 388 B. A Extensão da Expiação. 389 VII. A Obra Intercessória de Cristo 396 A. Prova Bíblica da Obra Intercessória de Cristo. 396 B. Natureza da Obra Intercessória de Cristo. 397 C. As Pessoas Por Quem e as Coisas Pelas Quais Ele Intercede. 399 D. Características da Sua Intercessão. 400 VIII. O Ofício Real 402 A. O Reinado Espiritual de Cristo. 402 B. O Reinado de Cristo Sobre o Universo. 406 Quarta Parte: A DOUTRINA DA APLICAÇÃO DA OBRA DE REDENÇÃO I. Soteriologia em Geral 409 A. Relação entre Soteriologia e os Loci Anteriores. 409 B. A Ordo Salutis (a Ordem da Salvação). 409 II. Operações do Espírito Santo em Geral 418 A. Transição Para a Obra do Espírito Santo. 418 B. Operações Gerais e Especiais do Espírito Santo. 419 C. O Espírito Santo Como o Despenseiro da Graça Divina. 421 III. Graça Comum 427 A. Origem da Doutrina da Graça Comum. 427 B. Nome e Conceito da Graça Comum. 429 C. A Graça Comum e a Obra Expiatória de Cristo. 432 D. Relação Entre a Graça Especial e a Comum. 434 E. Meios Pelos Quais Opera a Graça Comum. 435 F. Frutos da Graça Comum. 437 G. Objeções à Doutrina Reformada da Graça Comum. 439 IV. A União Mística 443 A. Natureza da União Mística. 443 B. Características da União Mística. 446 C. Conceitos Errôneos da União Mística. 447 D. Significado da União Mística. 448 V. Vocação em Geral e Vocação Externa 450 A. Razões Para Discutir Primeiro a Vocação. 450 B. Vocação em Geral. 453 C. Vocação Externa. 455 VI. Regeneração e Vocação Eficaz 462 A. Termos Bíblicos Para a Regeneração e Suas Implicações. 462 B. Emprego do Termo Regeneração na Teologia. 462 C. A Natureza Essencial da Regeneração. 465 D. A Vocação Eficaz em Relação à Vocação Externa e à Regeneração. 466 E. A Necessidade da Regeneração. 469 F. A Causa Eficiente da Regeneração. 470 G. O Emprego da Palavra de Deus Como Instrumento da Regeneração. 471 H. Conceitos Divergentes de Regeneração. 474 VII. Conversão 478 A. Os Termos Bíblicos Para Conversão. 478 B. A Idéia de Conversão. Definição. 480 C. Características da Conversão. 482 D. Elementos Diferentes na Conversão. 484 E. A Psicologia da Conversão. 485 F. O Autor da Conversão. 488 G. Necessidade da Conversão. 489 H. Relação da Conversão com Outros Estágios do Processo de Salvação. 490 VIII. Fé 492 A. Termos Bíblicos Para Fé. 492 B. Expressões Figuradas Empregadas Para Descrever a Atividade da Fé. 494 C. A Doutrina da Fé na História. 495 D. A Idéia de Fé na Bíblia. 497 E. A Fé em Geral 499 F. A Fé no Sentido Religioso e Particularmente a Fé Salvadora. 500 G. Fé e Certeza. 506 H. O Conceito Católico Romano de Fé. 508 IX. Justificação 510 A. Termos Bíblicos Para Justificação e Seus Significados. 510 B. A Doutrina da Justificação na História. 511 C. Natureza e Características da Justificação. 513 D. Elementos da Justificação. 514 E. Esfera em Que Ocorre a Justificação. 516 F. Ocasião em que se da a Justificação. 517 G. Base da Justificação. 523 H. Objeções à Doutrina da Justificação. 524 I. Conceitos Divergentes de Justificação. 524 X. Santificação 527 A. Termos Bíblicos Para Santificação e Santidade. 527 B. A Doutrina da Santificação na História. 529 C. A Idéia Bíblica de Santidade e Santificação. 531 D. Natureza da Santificação. 532 E. Características da Santificação. 534 F. O Autor e os Meios da Santificação. 535 G. Relação da Santificação com Outros Estágios da Ordo Salutis. 536 H. O Caráter Imperfeito da Santificação Nesta Vida. 538 I. Santificação e Boas Obras. 541 XI. A Perseverança dos Santos 546 A. A Doutrina da Perseverança dos Santos na História. 546 B. Exposição da Doutrina da Perseverança. 546 C. Prova da Doutrina da Perseverança. 547 D. Objeções à Doutrina da Perseverança. 549 E. A Negação Desta Doutrina Torna a Salvação Dependente da Vontade Humana. 550 Quinta Parte: A DOUTRINA DA IGREJA E DOS MEIOS DE GRAÇA A IGREJA I. Nomes Bíblicos da Igreja e a Doutrina da Igreja na História. 554 A. Nomes Bíblicos da Igreja. 554 B. A Doutrina da Igreja na História. 557 II. Natureza da Igreja 561 A. A Essência da Igreja. 561 B. O caráter Multiforme da Igreja. 563 C. Várias Definições da Igreja 566 D. A igreja e o Reino de Deus. 567 E. A Igreja e as Diferentes Dispensações 569 F. Os Atributos da Igreja. 571 G. As Marcas da Igreja 575 III. O Governo da Igreja 579 A. Diferentes Teorias a Respeito do Governo da Igreja. 579 B. Os Princípios Fundamentais do Sistema Reformado ou Presbiteriano. 581 C. Os Oficiais da Igreja. 585 D. As Assembléias Eclesiásticas. 589 IV. O Poder da Igreja. 594 A. A Fonte do Poder da Igreja. 594 B. A Natureza Deste Poder. 595 C. Diferentes Espécies de Poder Eclesiástico. 596 OS MEIOS DE GRAÇA I. Os Meios e Graça em Geral 605 A. A Idéia dos Meios de Graça 605 B. Características da Palavra e dos Sacramentos Como Meios de Graça 605 C. Conceitos Históricos a Respeito dos Meios de Graça 607 D. Elementos Característicos da Doutrina Reformada dos Meios de Graça. 609 II. A Palavra Como Meio de Graça 611 A. Sentido da Expressão “Palavra de Deus” Neste Contexto. 611 B. A Relação da Palavra com o Espírito Santo. 612 C. As Duas Partes da Palavra de Deus Considerada Como Meio de Graça. 613 D. O Tríplice Uso da Lei. 615 III. Os Sacramentos em Geral 618 A. Relação Entre a Palavra e os Sacramentos. 618 B. Origem e Sentido da Palavra “Sacramento”. 618 C. Partes Componentes do Sacramento. 619 D. Necessidade dos Sacramentos. 620 E. Os Sacramentos do Velho e do Novo Testamentos Comparados. 621 F. Número dos Sacramentos. 622 IV. O Batismo Cristão 624 A. Analogias do Batismo Cristão. 624 B. A Instituição do Batismo Cristão. 626 C. A Doutrina do Batismo na História. 628 D. O Modo Próprio do Batismo. 630 E. Legítimos Administradores do Batismo. 633 F. Os Objetos do Batismo 634 V. A Ceia do Senhor 648 A. Analogias da Ceia do Senhor em Israel. 648 B. A Doutrina da Ceia do Senhor na História. 649 C. Nomes Bíblicos para a Ceia do Senhor. 650 D. Instituição da Ceia do Senhor. 651 E. As Realidades Significadas e Seladas na Ceia do Senhor. 654 F. A União Sacramental ou a Questão da Presença Real de Cristo na Ceia do Senhor. 656 G. A Ceia do Senhor Como Meio de Graça ou Sua Eficácia. 659 H. As Pessoas para as Quais Foi Instituída a Ceia do Senhor. 661 Sexta Parte: A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS ESCATOLOGIA INDIVIDUAL Capítulo Introdutório. 664 A Escatologia na Filosofia e na Religião. 664 B. A Escatologia na História da Igreja Cristã 665 C. Relação da Escatologia com o Restante da Dogmática. 667 D. O Nome “Escatologia”. 669 E. Conteúdo da Escatologia: Escatologia Geral e Individual. 669 I. Morte Física 671 A. Natureza da Morte Física. 671 B. Relação Entre o Pecado e a Morte. 672 C. Significado da Morte dos Crentes. 673 II. A Imortalidade da Alma 675 A. Diferentes Conotações do Termo “Imortalidade”. 675 B. Testemunho da Revelação Geral Quanto à Imortalidade da Alma. 676 C. Testemunho da Revelação Especial Quanto à Imortalidade da Alma. 677 D. Objeções à Doutrina da Imortalidade Pessoal e Seus Modernos Substitutos. 679 III. O Estado Intermediário 682 A. Conceito Bíblico de Estado Intermediário. 682 B. A Doutrina do Estado Intermediário na História. 683 C. A Construção Moderna da Doutrina do Sheol-Hades. 684 D. A Doutrina Católica Romana a Respeito do Domicilio da Alma Depois da Morte. 689 E. O Estado da Alma Depois da Morte, Um Estado de Existência Consciente. 691 F. O Estado Intermediário não é um Estado de Provação ou Prova Posterior. 695 ESCATOLOGIA GERAL I. A Segunda Vinda de Cristo 698 A. A segunda Vinda, um Evento Único. 698 B. Os grandiosos Eventos que Precederão a Parousia. 699 C. A Parousia ou a Segunda Vinda Propriamente Dita. 706 II. Correntes Milenistas 711 A. Premilenismo 711 B. Pós-Milenismo 719 III. A Ressurreição dos Mortos 724 A. A Doutrina da Ressurreição na História. 724 B. Prova Bíblica da Ressurreição. 725 C. A Natureza da Ressurreição. 726 D. A Ocasião da Ressurreição. 728 IV. O Juízo Final 732 A. A Doutrina do Juízo Final na História. 732 B. Natureza do Juízo Final. 733 C. Conceitos Errôneos a Respeito do Juízo. 733 D. O Juiz e os Seus Assistentes 735 E. As Partes que Serão Julgadas 736 F. A Ocasião do Juízo. 736 G. O Padrão do Juízo. 737 H. As Diferentes Partes do Juízo. 738 V. O Estado Final 739 A. O Estado Final dos Ímpios. 739 B. O Estado Final dos Justos. 740 INDICE DE PASSAGENS BIBLICAS 773 (Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg.4)

A Existência de Deus

A. Lugar da Doutrina de Deus na Dogmática. As obras de dogmática ou de teologia sistemática geralmente começam com a Doutrina de Deus. A opinião prevalecente tem reconhecido sempre este procedimento mais lógico, e ainda continua apontando na mesma direção. Em muitos casos, mesmo aqueles cujos princípios fundamentais pareceriam exigir outro arranjo, continuam na prática tradicional. Há boas razões para começar com a Doutrina de Deus, se partirmos da admissão que a Teologia é o conhecimento sistematizado de Deus de quem, por meio de quem, e para quem são todas as coisas. Em vez de surpreender-nos de que a dogmática comece com a Doutrina de Deus, bem poderíamos esperar que seja completamente um estudo de Deus, em todas as suas ramificações, do começo ao fim. Como uma questão de fato, é isto exatamente o que se pretende que seja, embora somente o primeiro locus ou capítulo teológico trate diretamente de Deus, enquanto que as partes ou loci subseqüentes tratam dele de maneira mais indireta. Iniciamos o estudo de teologia com duas pressuposições a saber: (1) Que Deus existe; (2) Que Ele se revelou em Sua Palavra divina. E por esta razão não nos é impossível começar com o estudo de Deus. Podemos dirigir-nos a Sua revelação para aprender o que Ele revelou a respeito de Si mesmo e a respeito de Sua relação para com as Suas criaturas. Têm-se feito tentativas no curso dos tempos para distribuir o material da dogmática de tal modo que exiba claramente que ela é não apenas em um locus, mas em sua totalidade, um estudo de Deus. Isto foi feito pela aplicação do método trinitário, que dispõe o assunto da dogmática sob os três títulos: (1) O Pai; (2) O Filho; (3) O Espírito Santo. Esse método foi aplicado em algumas das primeiras obras sistemáticas, foi restaurado ao favor geral por Hegel, e se pode ver ainda na Dogmática Cristã, de Martensen. Uma tentativa semelhante foi feita por Breckenridge, quando dividiu o assunto da dogmática em (1) O Conhecimento de Deus Objetivamente Considerado; (2) O Conhecimento de Deus subjetivamente Considerado. Nem um nem outro destes podem ser considerados como tendo tido sucesso. Até o começo do século XIX era quase geral a prática de começar o estudo da dogmática com a doutrina de Deus, mas ocorreu uma mudança sob a influência de Schleiermacher, que procurou salvaguardar o caráter científico da teologia com a introdução de um novo método. A consciência religiosa do homem substituiu a palavra de Deus como a fonte da teologia. A fé na Escritura como autorizada revelação de Deus foi desacreditada e a compreensão humana, baseada na apreensão emocional ou racional do homem, veio a ser o padrão do pensamento religioso. A religião gradativamente tomou o lugar de Deus como objeto da teologia. O homem deixou de ser ou de reconhecer o conhecimento de Deus como algo que lhe foi dado na Escritura e começou a orgulhar-se de Ter a Deus como seu objeto de pesquisa. No curso do tempo tornou-se comum falar do descobrimento de Deus feito pelo homem, como se o homem alguma vez O tivesse descoberto; e toda descoberta feita nesse processo foi dignificada com o nome de “revelação”. Deus vinha no final de um silogismo, ou como o último elo de uma corrente de raciocínio, ou como a cumeeira de uma estrutura de pensamento humano. Sob tais circunstâncias, era simplesmente natural que alguns considerassem incoerência começar a dogmática pelo estudo de Deus. Antes é surpreendente que tantos, a despeito do seu subjetivismo, tenham continuado a seguir a ordem tradicional. Contudo, alguns perceberam a incongruência e partiram por outro caminho. A obra dogmática de Schleiermacher dedica-se ao estudo e análise do sentimento religioso e das doutrinas nele envolvidas. Ele não trata da doutrina de Deus de maneira conexa, mas apenas em fragmentos, e conclui a sua obra com uma discussão sobre a Trindade. Seu ponto de partida é antropológico, e não teológico. Alguns teólogos intermediários foram tão influenciados por Schleiermacher que, logicamente, começaram os seus tratados de dogmática com o estudo do homem. Mesmo nos dias presentes esta ordem é seguida ocasionalmente. Acha-se um notável exemplo disto na obra de O. A. Curtis em The Christian Faith. Esta começa com a doutrina do homem e conclui com a doutrina de Deus. Poderia parecer que a teologia da escola de Ritschl requeresse ainda outro ponto de partida, desde que encontra a revelação objetiva de Deus, não a Bíblia como na palavra divinamente inspirada, mas em Cristo como fundador do Reino de Deus, e considera a idéias do Reino como o conceito central e absolutamente dominante da teologia. Contudo, dogmáticos da Escola de Ritschl, como Herrmann, Haering e Kaftan, seguem, pelo menos formalmente, a ordem usual. Ao mesmo tempo, há vários teólogos que em suas obras começam a discussão da dogmática propriamente dita com a doutrina de Cristo ou da Sua obra redentora. T. B. Strong distingue entre teologia e teologia cristã, define esta última como “a expressão e análise da encarnação de Jesus Cristo”, e faz da encarnação o conceito dominante em todo o seu Manual of Theology. (Teolgoia Sistemática – Louis Berkhof. Pg.11)

Prova Bíblica da Existência de Deus

Para nós a existência de Deus é a grande pressuposição da teologia. Não há sentido em falar-se do conhecimento de Deus, se não se admite que Deus existe. A pressuposição da teologia cristã é um tipo muito definido. A suposição não é apenas de que há alguma coisa, alguma idéia ou ideal, algum poder ou tendência com propósito, a que se possa aplicar o nome de Deus, mas que há um ser pessoal auto-consciente, auto-existente, que é a origem de todas as coisas e que transcende a criação inteira, mas ao mesmo tempo é imanente em cada parte da criação. Pode-se levantar a questão se esta suposição é razoável, questão que pode ser respondida na afirmativa. Não significa, contudo, que a existência de Deus é passível de uma demonstração lógica que não deixa lugar nenhum para dúvida; mas significa, sim, que, embora verdade da existência de Deus seja aceita pela fé, esta fé, se baseia numa informação confiável. Embora a teologia reformada considere a existência de Deus como pressuposição inteiramente razoável, não se arroga a capacidade de demonstrar isto por meio de uma argumentação racional. Dr. Kuyper fala como segue da tentativa de fazê-lo: “A tentativa de provar a existência de Deus ou é inútil ou é um fracasso. É inútil se o pesquisador acredita que Deus recompensa aqueles que O procuram. É um fracasso se se trata de uma tentativa de forçar, mediante argumentação, ao reconhecimento, num sentido lógico, uma pessoa que não tem esta pistis”. O Cristão aceita a verdade da existência de Deus pela fé. Mas esta fé não é uma fé cega, mas fé baseada em provas, e as provas se acham, primariamente, na Escritura como a Palavra de Deus inspirada, e, secundariamente, na revelação de Deus na natureza. A prova bíblica sobre este ponto não nos vem na forma de uma declaração explícita, e muito menos na forma de um argumento lógico. Nesse sentido a Bíblia não prova a existência de Deus. O que mais se aproxima de uma declaração talvez seja o que lemos em Hebreus 11:6 “... é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. A Bíblia pressupõe a existência de Deus em sua declaração inicial, “No principio criou Deus os céus e a terra”. Ela não somente descreve a Deus como o Criador de todas as coisas, mas também como o Sustentador de todas as Suas criaturas. E como o Governador de indivíduos e nações. Ela testifica o fato de que Deus opera todas as coisas de acordo com o conselho da Sua vontade, e revela a gradativa realização do Seu grandioso propósito de redenção. O preparo para esta obra, especialmente na escolha e direção do povo de Israel na velha aliança, vê-se claramente no Velho Testamento, e a sua culminação inicial na Pessoa e Obra de Cristo ergue-se com grande clareza nas páginas do Novo testamento. Vê-se Deus em quase todas as páginas da Escritura Sagrada em que Ele se revela em palavras e atos. Esta revelação de Deus constitui a base da nossa fé na existência de Deus, e a torna uma fé inteiramente razoável. Deve-se notar, contudo, que é somente pela fé que aceitamos a revelação de Deus e que obtemos uma real compreensão do seu conteúdo. Disse Jesus, “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo”, João 7.17. É este conhecimento intensivo, resultante de íntima comunhão com Deus, que Oséias tem em mente quando diz, “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor”, Oséias 6.3. O incrédulo não tem nenhuma real compreensão da palavra de Deus. As palavras de Paulo são pertinentes nesta conexão: “Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem, pela loucura da pregação”, 1 Coríntios 1.20, 21. (Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg.12)

A negação da existência de Deus em suas Várias Formas

Os estudiosos de religiões comparadas e os missionários freqüentemente dão testemunho do fato de que a idéia de Deus é praticamente universal na raça humana. É encontrada até mesmo entre as mais atrasadas nações e tribos do mundo. Isto não significa, contudo, que não há indivíduos que negam a existência de Deus completamente, nem tampouco que não há um bom número de pessoas em terras cristãs que negam a existência de Deus como Ele é revelado na Escritura, uma Pessoa de perfeições infinitas, auto-existente e auto-consciente, que realiza todas as coisas segundo um plano predeterminado. É esta última forma de negação que temos particularmente em mente aqui. Ela pode assumir várias formas e, na verdade, tem assumido várias formas no curso da história. 1. A ABSOLUTA NEGAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE DEUS. Como acima foi dito, há forte prova da presença universal da idéia de Deus na mente humana, mesmo entre as tribos não civilizadas e que não tem recebido o impacto da revelação especial. Em vista deste fato, alguns chegam a negar a existência de pessoas que negam a existência de Deus, que haja verdadeiros ateus, a saber, os ateus práticos e os teóricos. Os primeiros são simplesmente pessoas não religiosas, pessoas que na vida prática não contam com Deus, e vivem como se Deus não existisse. Os últimos são em regra, de um tipo mais intelectual, e baseiam a sua negação num processo de raciocínio. Procuram provar que Deus não existe usando para este fim aquilo que lhes parece argumentos racionais conclusivos. Em vista da semen reliogionis implantada em todos os seres humanos, pela criação do homem à imagem de Deus, é seguro admitir que ninguém nasce ateu. Em última análise, o ateísmo resulta do estado moral pervertido do homem e do seu desejo de fugir de Deus. É deliberadamente cego para o instinto mais fundamental do homem, para as necessidades mais profundas da alma, para as mais elevadas aspirações do espírito humano, e para os anseios de um coração que anda tateando em busca de um ser mais alto; é cego para estas realidades e as procura suprimir. Esta supressão prática ou intelectual da operação da semen reliogionis freqüentemente envolve prolongados e penosos conflitos. Não se pode duvidar da existência de ateus práticos, visto que tanto a Escritura como a experiência a atestam. A respeito dos ímpios o Salmo 14.1 declara: “Diz o insensato no seu coração: não há Deus” (cf. Sl 10.4b). E Paulo lembra aos Efésios que eles tinham estado anteriormente “sem Deus no mundo”, Efésios 2.12. A experiência também dá abundante testemunho da presença deles no mundo. Eles não são necessariamente ímpios notórios aos olhos dos homens, mas podem pertencer aos assim chamados “homens decentes do mundo”, embora consideravelmente indiferentes para com as coisas espirituais. Tais pessoas muitas vezes têm a consciência do fato de que estão em desarmonia com Deus, tremem ao pensar em defrontá-lo e procuram esquecê-lo. Parecem Ter um secreto prazer em exibir o seu ateísmo quando tudo vai bem, mas é sabido que dobram os seus joelhos em oração quando sua vida entra repentinamente em perigo. Na época presente, milhares desses ateus práticos pertencem à Associação Americana para o Progresso do Ateísmo. Os ateus teóricos são doutra espécie. Geralmente são de um tipo mais intelectual e procuram justificar a afirmação de que não há Deus por meio de argumentação racional. O professor Flint distingue três espécies de ateísmo teórico, a saber, (1) Ateísmo dogmático, que nega peremptoriamente a existência de um ser divino; (2) Ateísmo cético, que duvida da capacidade da mente humana de determinar se há ou não há um Deus; (3) Ateísmo crítico, que sustenta que não há nenhuma prova válida da existência de deus. Estes freqüentemente caminham de mãos dadas, mas mesmo o mais moderado deles realmente declara que toda e qualquer crença em Deus é uma ilusão. Nesta divisão se verá que o agnosticismo também aparece como uma espécie de ateísmo, classificação que desagrada a muitos agnósticos. Deve-se ter em mente, porém, que o agnosticismo referente à existência de Deus, embora admitindo a possibilidade da sua realidade, deixa-nos sem um objeto de culto e adoração exatamente como faz o ateísmo dogmático. Contudo, o verdadeiro ateu é o ateu dogmático, o homem que faz a afirmação categórica de que não há Deus. Essa afirmação pode significar uma de duas coisas: ou que ele não reconhece Deus nenhum, de nenhuma espécie, não erige nenhum ídolo para si mesmo, ou que não reconhece o Deus da escritura. Ora, há muitos poucos ateus que na vida prática não modelam alguma espécie de Deus para si próprios. Há um número muito maior daqueles que teoricamente põem de lado todo e qualquer deus; e um número ainda maior dos que romperam com o Deus da Escritura. O ateísmo teórico geralmente está arraigado em alguma teoria científica ou filosófica. O monismo materialista, em suas várias formas, e o ateísmo normalmente andam de mãos dadas. O idealismo subjetivo absoluto pode ainda deixar-nos a idéia de Deus, mas nega que haja qualquer realidade que lhe corresponda. Para o humanista moderno “Deus” simplesmente significa “o espírito da humanidade”, “o sentimento de integralidade”, “meta racial” e outras abstrações desta espécie. Outras teorias não somente dão lugar a Deus; também pretendem manter a sua existência, mas certamente excluem o Deus do teísmo, um Ser pessoal supremo, o Criador, o Preservador, e o Governador do Universo, distinto de Sua criação e, contudo, em toda parte presente nela. O panteísmo funde o natural e o sobrenatural, o finito e o infinito numa só substância. Muitas vezes fala de Deus como base oculta do mundo fenomenal, mas não O concebe como pessoal e, portanto dotado, como dotado de inteligência e vontade. Ousadamente declara que tudo é Deus, assim se envolve naquilo a que Brightman chama “a expansão de Deus”, de modo que temos “muito de Deus”, visto que Ele inclui também todo o mal do mundo. Isto exclui o Deus da escritura, e até aqui claramente ateísta. Spinoza pode ser chamado “O homem intoxicado por Deus”, mas o seu Deus certamente não é o Deus que os cristãos cultuam e adoram. Seguramente, não pode haver dúvida da presença de ateus teóricos no mundo. Quando David Hume expressou dúvida a respeito da existência de um ateu dogmático, o Barão d’Holbach replicou: “Meu caro senhor, neste momento estais sentado à mesa na companhia de dezessete pessoas dessa classe”. Os que são agnósticos quanto à existência de Deus podem diferir um tanto do ateu dogmático, mas eles, como estes últimos, deixam-nos sem Deus. 2. FALSOS CONCEITOS ATUAIS DE DEUS QUE ENVOLVEM NEGAÇÃO DO VERDADEIRO DEUS. Em nossos dias há vários conceitos falsos de Deus, conceitos que envolvem a negação do conceito teísta de Deus. Basta nesta conexão uma breve indicação dos mais importantes destes falsos conceitos. a. Um Deus imanente e impessoal. O teísmo sempre acreditou num Deus que é transcendente e imanente. O deísmo retirou deus do mundo, e deu ênfase à Sua transcendência, em detrimento da Sua imanência. Sob a influência do panteísmo, porém o pêndulo pendeu noutra direção. Identificou Deus com o mundo e não reconheceu um Ser divino distinto da Sua criação e infinitamente exaltado acima dela. Por intermédio de Schleiermacher, a tendência de fazer Deus um Ser em linha de continuidade com o mundo obteve um ponto de apoio na teologia. Ele ignora completamente o Deus transcendente e só reconhece um Deus que pode ser conhecido pela experiência humana e se manifesta na consciência cristã como causalidade absoluta, à qual corresponde um sentimento de dependência absoluta. Os atributos que atribuímos a Deus, são, nesta maneira de ver, meras expressões simbólicas dos vários modos assumidos por este sentimento de dependência, idéias subjetivas sem nenhuma realidade correspondente. Suas representações de Deus mais antigas e posteriores parecem diferir um pouco, e os intérpretes de Schleiermacher diferem quanto à maneira pela qual as suas afirmações devam ser harmonizadas. Contudo, Brunner parece estar certo quando diz que, para Schleiermacher, o universo toma o lugar de Deus, embora seja usado este último nome; e que ele concebe a Deus como idêntico ao universo e como a unidade subjacente ao universo. Muitas vezes parece que a distinção entre o mundo como uma unidade e o mundo em suas multiformes manifestações. Ele fala muitas vezes de deus como o “Universum” ou o “Welt-All”, e argumenta contra a personalidade de Deus; apesar disso, incoerentemente, fala como se pudéssemos Ter comunhão com Ele em Cristo. Estas opiniões de Schleiermacher, fazendo de Deus um Ser em linha de continuidade com o mundo, dominou grandemente a teologia do século passado, e é esta opinião que Barth combate com a sua forte ênfase a Deus como “O Totalmente Outro”. b. Um Deus finito e pessoal. A idéia de um Deus finito ou deuses finitos não é nova; é tão antiga como politeísmo e o henoteísmo. A idéias harmoniza-se com o pluralismo, não porém com o monismo filosófico bem com o monoteísmo teológico. O teísmo sempre considerou Deus como um Ser pessoal, absoluto, de perfeições infinitas. Durante o século XIX, quando a filosofia monística estava em ascendência, tornou-se comum identificar o Deus da teologia com o Absoluto da filosofia. Mais para o fim do século, porém, o termo “Absoluto”, como uma designação para Deus, caiu em descrédito, em parte por causa de suas implicações agnósticas e panteísticas, e em parte como resultado da oposição à idéia do “Absoluto” na filosofia, e do desejo de excluir toda metafísica da teologia. Bradley considerava o deus da religião cristã como uma parte do Absoluto, e James defendia um conceito de Deus que estava mais em harmonia com a experiência humana de que com a idéia de um Deus infinito. Ele elimina de Deus os atributos metafísicos de auto-existência, infinidade e imutabilidade, e declara supremos os atributos morais. Deus tem um meio-ambiente, existe no tempo, e elabora uma história exatamente como nós o fazemos. Em vista do mal existente no mundo, Ele deve ser imaginado como limitado em conhecimento ou no poder, ou em ambos. As condições do mundo tornam impossível crer num Deus bondoso, infinito em conhecimento e poder. A existência de um poder superior amistoso para com o homem e com o qual este pode comungar satisfaz todas as necessidades e experiências práticas da religião. James concebia este poder como pessoal, mas não desejava expressar-se como se acreditasse num Deus finito ou em vários deuses finitos. Bergson acrescentou a este conceito de James a idéia de um Deus em luta e em crescimento, constantemente envolvendo em seu meio-ambiente. Outros que defendiam a idéias de um Deus finito, embora de diferentes maneiras, são Hobhouse, Shiller, James Ward, Rashdall e H.G. Wells. c. Deus como personificação de uma simples idéia abstrata. Ficou muito em voga na moderna teologia “liberal” considerar o nome de “Deus” como um simples símbolo, representando algum processo cósmico, uma vontade ou poder universal, ou um ideal elevado e abrangente. Repete-se com freqüência a afirmação de que, se Deus criou o homem à Sua imagem, o homem agora está devolvendo o cumprimento criando a Deus à imagem do homem. Diz-se a respeito de Harry Elmer Barnes que uma vez ele disse numa de suas aulas de laboratório: “Cavalheiros, agora vamos criar Deus”. Essa foi uma rude expressão de uma idéia muito comum. A maioria dos que rejeitam o conceito teísta de Deus ainda professa fé em Deus, mas este é um Deus de sua própria imaginação.. A forma que ele assume numa ocasião particular depende, segundo Shailer Matthews dos atuais modelos de pensamento. Nos tempos anteriores à guerra, o padrão dominante era o de um soberano autocrático, que exigia obediência absoluta; agora é o de um governante democrático, disposto a servir a todos que lhe estão subordinados. Desde os dias de Comte tem havido a tendência de personificar a ordem social da humanidade como um todo e de cultuar esta personificação. Os assim chamados melhoristas ou teólogos sociais revelam a tendência de identificar Deus de algum modo com a ordem social. E os neopsicologistas dizem-nos que a idéia de Deus é uma projeção da mente humana, que em seus primeiros estágios é inclinada a formar imagens de suas experiências e a revesti-las de uma semi-personalidade. Leuba é de opinião que esta ilusão de Deus não será necessária. Umas poucas definições servirão para mostrar as tendências dos dias presentes. “Deus é o espírito imanente da comunidade” (Royce). Deus “é aquela qualidade da sociedade humana em desenvolvimento” (E. S. Ames). “A palavra ‘deus’ é um símbolo para designar o universo em sua capacidade ideal de formação” (C.B. Foster). “Deus é o nosso conceito, nascido da experiência social, dos elementos que desenvolvem personalidade e os elementos de explicação pessoal do nosso ambiente cósmico, como o qual estamos organicamente relacionados” (Shailer Matthews). Mal se precisa dizer que o Deus assim definido não é um Deus pessoal e não responde às necessidades mais profundas do coração humano. (Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg. 13)