segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Amando a Deus por Aquilo que Ele é

Por: John Piper Uma das mais admiráveis verdades que descobri foi esta: Deus é mais glorificado em mim quando sou mais satisfeito nEle. Este é o lema que direciona meu ministério como pastor. Afeta tudo o que eu faço. Se eu como, bebo, prego, aconselho ou faço — em tudo isso, o meu alvo é glorificar a Deus pela maneira como o faço (1 Co 10.31). Isto significa que meu alvo é fazer tudo de modo que revele como a glória de Deus tem satisfeito os anelos de meu coração. Se a minha pregação denunciasse que Deus não tem satisfeito minhas necessidades, ela seria fraudulenta. Se Cristo não fosse a satisfação de meu coração, será que as pessoas creriam, quando eu proclamasse a mensagem dEle: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.35)? A glória do pão consiste em que ele satisfaz. A glória da água viva está no fato de que ela sacia a sede. Não honramos a água refrescante, auto-renovadora e pura que desce da fonte na montanha, quando lhe damos nossa contribuição por trazermos baldes de água de poços do vale. Honramos a fonte por sentirmos sede, ajoelharmo-nos e bebermos com gozo. Em seguida, dizemos: “Ahhhh!” (isto é adoração!) e prosseguimos nossa jornada com a força proveniente da fonte (isto é serviço). A fonte da montanha é mais glorificada quando mais nos satisfazemos com a sua água. Tragicamente, muitos de nós fomos ensinados que o dever, e não o deleite, é a maneira de glorificarmos a Deus. Não aprendemos que o deleite em Deus é nosso dever! Satisfazer-se em Deus não é um acréscimo opcional ao verdadeiro dever cristão. É a exigência mais elementar de todas. “Agrada-te do Senhor” (Sl 37.4). Não é uma sugestão, é uma ordem, assim como o são: “Servi ao Senhor com alegria” (Sl 100.2) e: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fp 4.4). A responsabilidade de um pastor é mostrar com clareza aos outros que o amor de Deus “é melhor do que a vida” (Sl 63.3). Se o amor de Deus é melhor do que a vida, é também melhor do que tudo o que a vida neste mundo oferece. Isto significa que a satisfação não está nos dons, e sim na glória de Deus — a glória do amor, do poder, da sabedoria, da santidade, da justiça, da bondade e da verdade de Deus. Esta é a razão por que o salmista clamou: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.25-26). Nada na terra, nenhum dos dons de Deus, na criação — podia satisfazer o coração de Asafe. Somente Deus podia. Davi queria expressar isso quando disse ao Senhor: “Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente” (Sl 16.2). Davi e Asafe nos ensinam, por seu anelo centralizado em Deus, que os dons de Deus — como saúde, riqueza e prosperidade — não satisfazem. Somente Deus satisfaz. Seria presunção não agradecer a Deus pelos seus dons (“Não te esqueças de nem um só de seus benefícios” — Sl 103.2), mas seria uma atitude idólatra chamar de amor a Deus a alegria que obtemos de tais dons. Quando Davi disse ao Senhor: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl 16.11), ele estava afirmando que estar próximo de Deus é a única experiência todo-satisfatória do universo. Não era pelos dons de Deus que Davi anelava como um amante profundamente apaixonado. “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42.1-2). Davi queria experimentar uma revelação da glória e do poder de Deus: “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória” (Sl 63.1-2). Somente Deus satisfará um coração como o de Davi, que era um homem segundo o coração de Deus. Fomos criados para sermos assim. Isto é a essência do que significa amar a Deus — satisfazer-se nEle. NEle! Amar a Deus pode incluir obedecer a todos os seus mandamentos, pode incluir crer em toda a sua Palavra e agradecer-Lhe por todos os seus dons. Mas a essência de amar a Deus é desfrutar de tudo o que Ele é. Este desfrutar de Deus glorifica mais plenamente a dignidade dEle, em especial quando tudo ao redor de nossa alma está desmoronando. Todos sabemos disso por intuito, bem como por meio das Escrituras. Sentimo-nos mais honrados pelo amor daqueles que nos servem por obrigação ou pelo deleite da comunhão? Minha esposa é mais honrada quando eu lhe digo: “Gastar tempo com você me torna feliz”. Minha felicidade é o eco da excelência dela. O mesmo é verdade em relação a Deus. Ele é mais glorificado quando nos satisfazemos mais nEle. Nenhum de nós tem chegado à completa satisfação em Deus. Frequentemente, sinto-me triste com o murmurar de meu coração sobre a perda de confortos mundanos, mas tenho provado que o Senhor é bom. Pela graça de Deus, conheço agora a fonte de gozo eterno; por isso, gosto muito de passar os dias atraindo as pessoas a este gozo, até que possam dizer comigo: “Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo” (Sl 27.4). Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.

sábado, 22 de agosto de 2015

DOUTRINA DA IGREJA PRESBITERIANA DE TUCANO

A Teologia Reformada é a doutrina da Igreja Presbiteriana Pergunta: "O que é Teologia Reformada?” Resposta: De uma forma geral, Teologia Reformada inclui qualquer sistema que tem suas raízes na Reforma Protestante do século 16. Os Reformadores, evidentemente, basearam sua doutrina nas Escrituras, como indicado no credo de “sola scriptura”, então teologia Reformada não é um “novo” sistema de crença, mas um que procura dar continuação à doutrina apostólica, isto é a Igreja Primitiva. A Teologia Reformada defende a autoridade unicamente das Escrituras: • A soberania de Deus • A salvação pela graça através da fé em Cristo • A necessidade de evangelismo. • Às vezes é chamada de Teologia do Pacto por causa da ênfase dada à aliança que Deus fez com Adão e a nova aliança que veio através de Jesus Cristo (Lc 22.20). • AUTORIDADE DAS ESCRITURAS – A Teologia Reformada ensina que a Bíblia é a inspirada e confiável Palavra de Deus, suficiente para todos os assuntos de fé e prática. • SOBERANIA DE DEUS – A Teologia Reformada ensina que Deus reina com controle absoluto sobre toda a criação. Ele predeterminou todos os eventos e, portanto, nunca se frustra com as circunstâncias. Isso não limita a vontade da criatura, nem faz de Deus o autor do pecado. • SALVAÇÃO PELA GRAÇA – Teologia reformada ensina que Deus em Sua graça e misericórdia escolheu redimir um povo para Si mesmo, livrando-os do pecado e morte. A doutrina de salvação reformada é também conhecida como os cinco pontos do Calvinisno (ou pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês): T- Depravação Total do Homem – O homem é completamente fraco em seu estado de pecado, está sob a ira de Deus e de forma alguma pode agradar a Deus. Depravação total também significa que o homem não vai naturalmente procurar conhecer a Deus, até que Deus graciosamente o encoraje a assim agir. (Gn 6.5; Jr 179; Rm 3.10-18). U – Eleição incondicional – Deus, da eternidade passada, escolheu salvar uma grande multidão de pecadores, a qual nenhum homem pode numerar (Rm 8.29-30; 9.11; Ef 1.4-6.11-12). L- Expiação limitada – Também chamada de “redenção particular”. Cristo tomou sobre Si o julgamento do pecado dos eleitos e, portanto, pagou por suas vidas com a Sua morte. Em outras palavras, Ele não só tornou salvação “possível”, Ele na verdade a obteve por aqueles que Ele tinha escolhido (Mat 1.21; Jo 10.11; 17.9; At 20.28; Rm 8.32; Ef 5.25). I - Graça irresistível – Em seu estado depois da Queda ao pecado, o homem resiste ao amor de Deus, mas a graça de Deus trabalhando em seu coração faz com que tal homem deseje o que ele tinha previamente resistido. Quer dizer, a graça de Deus não vai falhar em realizar o seu trabalho de salvação na vida dos eleitos (Jo 6.37,44; 10.16). P – Perseverança dos santos – Deus protege Seus santos de se desviar totalmente; por isso salvação é eterna (Jo 10.27-29; Rm 8.29-30; Ef 1.3-14). A necessidade de evangelismo. Teologia reformada ensina que Cristãos estão nesse mundo para fazer a diferença, espiritualmente através de evangelismo e socialmente através de uma vida santa e de humanitarismo. • Outras características da teologia Reformada geralmente incluem a observância de dois sacramentos (batismo e comunhão, isto é Santa Ceia), uma opinião de que certos dons espirituais cessaram (esses dons não foram mais passados à igreja), e uma opinião não dispensacionalista das Escrituras. As igrejas reformadas dão grande valor ao ensino de João Calvino, John Knox, Úlrico Zuínglio e Martinho Lutero. A Confissão de Fé de Westminster, o Catecismo Maior e o Breve Catecismo, incorporam a teologia da tradição Reformada. Igrejas modernas na tradição reformada incluem a Presbiteriana, Congregacionalista e algumas Batistas.

sábado, 31 de janeiro de 2015

sábado, 24 de janeiro de 2015

OS VERDADEIROS CRENTES

Texto: 1João 4.1-6 Int. estamos vivendo tempos difíceis (2Tm 3.1), já dizia o apóstolo Paulo. Muitos pregadores não pregam por amor, mas por dinheiro. Muitos deles fizeram do púlpito um instrumento de ganhar dinheiro e da sua vocação uma profissão, trazendo muitos estorvos para o Evangelho do Senhor. Esses pregadores não defendem a fé, eles defendem os seus interesses, a semelhança dos comerciantes que defendem as suas empresas. Nada contra os comerciantes, mas a igreja de Cristo não é empresa. Os falsos pregadores pregam para agradar o ouvinte. Vejamos o que o texto em pauta nos ensina a esse respeito. 1) O VERDADEIRO CRENTE NÃO CRÊ EM QUALQUER PROFETA; ele prova, faz testes para verificar se o que está dizendo é a verdade da Palavra. No primeiro versículo nós lemos: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.” (1Jo 4.1; ver também Mt 7.15ss) Na época em que essas palavras foram escritas pelo apóstolo João muitos falsos profetas andavam zanzando pregando um falso evangelho. Afirmavam que Cristo não veio em carne (1Jo 4.2; 2Jo 1.7), ou seja, que Jesus não era um ser humano, mas um espírito. Então eles negavam a humanidade de nosso Senhor. Foi por esse e outros motivos que João escreveu as suas epístolas, a fim de desmascarar esses pretensiosos pregadores. Então João diz aos seus leitores: “Não deem crédito a esse tipo de gente. Eles são falsos profetas ou falsos pregadores”. 2)O texto ainda nos ensina que O VERDADEIRO CRENTE VENCE OS FALSOS PROFETAS, porque tem o Espírito Santo. No verso 4 nós lemos: “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.” Quem é de Deus senão o verdadeiro crente, e isso porque tem o Espírito Santo? Portanto os filhinhos de Deus vencem os falsos profetas, porque Cristo é maior do que satanás, e porque a Palavra é o padrão do seu julgamento. 3) O VERDADEIRO CRENTE OUVE O VERDADEIRO PREGADOR. No versículo 6 lemos: “Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.” O profeta verdadeiro é de Deus. Então precisamos de discernimento espiritual para identificá-lo. E como fazer isso? Pelos frutos e pela doutrina. O falso profeta é conhecido pelo fruto, conf. Mt 7.16: "Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?" Da mesma forma o verdadeiro profeta. O próprio apóstolo afirma: “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas.”( 2Jo 1.10) 4)O VERDADEIRO CRENTE BATALHA DILIGENTEMENTE PELA FÉ EVANGÉLICA - Em Judas 3 nós lemos: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.” Henrique VIII(1491-1547) recebeu o título erroneamente de defensor da fé. Ele escreveu um livro sobre os sete sacramentos e o papa lhe outorgou esse título. O verdadeiro crente recebe a palavra com avidez e examina as escrituras para ver se a pregação é verdadeira, como faziam o bereanos – At 17.11 “Ora, estes de Bereia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” CONCLUSÃO – O VERDADEIRO CRENTE DÁ OUVIDOS AO VERDADEIRO PASTOR – João 10.27As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. 30Eu e o Pai somos um.