está correto ao afirmar:
o crescimento espiritual na graça de Cristo vem em primeiro lugar. Onde esse crescimento é
menosprezado em troca da busca de resultados, pode haver sucesso, mas será de pouca duração e, no
final, diminuirá a eficácia genuína da Igreja. A dependência de número de membros ou a preocupação
com números freqüentemente tem se confirmado como uma armadilha para a Igreja.[8]
A confusão entre conteúdo e resultado é fácil de ser feita porque, como acentua John MacArthur Jr.: "O
pregador que traz a mensagem que mais necessitam ouvir é aquele que eles menos gostam de ouvir".[9]
Portanto, a popularidade pode, em muitos casos, ser um atestado da infidelidade do pregador na
transmissão da voz profética. Lembremo7nos: "Toda a tarefa do ministro fiel gira em torno da Palavra de
Deus 7 guardá7la, estudá7la e proclamá7la".[10] E: "Ninguém pode pregar com poder sobrenatural, se não
pregar a Palavra de Deus".[11] Quanto mais confiarmos no poder de Deus operante através da Palavra,
menos estaremos dispostos a confiar em nossa suposta capacidade. A Palavra que pregamos jamais será
ineficaz no seu propósito.[12]
O pregador não "compartilha" opiniões nem dá "opiniões" sobre o texto bíblico, nem faz paráfrase
irreverente do texto. O objetivo é expressar o que Deus disse sob a iluminação do Espírito. Pregar é
explicar e aplicar a Palavra aos ouvintes. O aval de Deus não é sobre nossas teorias e escolhas, nem sobre
a "graça" de piadas, mas sobre sua Palavra. Portanto, o pregador prega o texto, de onde provém a verdade
de Deus para o seu povo. "Quando nos propomos a expor um texto, precisamos declarar exatamente o que
o texto afirma".[13]
Quando Cristo retomar, certamente ele não se interessará por nossa escola homilética ou se fomos
"progressistas" ou "conservadores", mas sim se fomos fiéis à Palavra em nossa vida e pregação. Devemos
estar sinceramente atentos ao que o Espírito diz à Igreja através da Palavra. Isto é válido para quem ouve
e para quem prega.
Outra verdade que precisa ser ressaltada é que apesar de muitos de nós não sermos "grandes" pregadores
ou existirem pregadores infiéis, Deus fala. Por isso, há a responsabilidade de ambos os lados: quem prega,
pregue a Palavra; quem ouve, ouça com discernimento a Palavra do Espírito de Deus.
A pregação foi o meio deliberadamente escolhido por Deus para transformar pessoas e edificar seu povo,
preservando a sã doutrina através da Igreja, que é o baluarte da verdade.
Autor. Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa
Fonte: Fundamentos da teologia reformada, pg. 1397142, Editora Mundo Cristão. Compre este
maravilhoso livro em www.mundocristão.com.br
Nota: