quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A ETERNIDADE DE DEUS

A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada eternidade – Sua eternidade. A forma em que a Bíblia apresenta a eternidade de Deus é simplesmente a de duração pelos séculos sem fim, Sl 90.2; 102.12; Ef 3.21. Devemos lembrar, porém, que ao falar como fala, a Bíblia emprega linguagem popular, e não a linguagem da filosofia. Geralmente pensamos na eternidade de Deus da mesma maneira, a saber, como duração infinitamente prolongada, para trás e para diante. Mas este é apenas um modo popular e simbólico de representar aquilo que, na realidade, transcende o tempo e dele difere essencialmente. A eternidade, no sentido estrito da palavra, é adstrita àquilo que transcende todas as limitações temporais. Que o termo se aplica a Deus nesse sentido é ao menos ensinado em 2 Pe 3.8. “O tempo”, diz o dr. Orr, “estritamente falando, tem relação com o mundo de objetos existentes em sucessão. Deus preenche o tempo; Ele está em cada partícula dele; mas a Sua eternidade , todavia, não é realmente este estar no tempo. É antes, aquilo com o que o tempo forma um contraste”. Nossa existência é assinalada por dias, semanas, meses e anos; não é assim a existência de Deus. A nossa vida se divide em passado, presente e futuro, mas não há essa divisão na vida de Deus. Ele é o eterno “Eu Sou”. A sua eternidade pode ser definida como a perfeição de Deus pela qual Ele é elevado. Acima de todos os limites temporais e de toda sucessão de momentos, e tem a totalidade da Sua existência num único presente indivisível. A relação da eternidade com o tempo constitui um dos mais difíceis problemas da filosofia e da teologia, talvez de impossível solução em nossa condição atual. (Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg. 53)