1 - EXEMPLO
2 - ELOGIO
3 - MOTIVAÇÃO
4 - ENSINO
5 - INVESTIMENTO
6 - CONFIANÇA
7 - ESPERANÇA
8 - PERSEVERANÇA
9 - PACIENCIA
10 - PERDÃO
11 - TRABALHO
12 - CRIATIVIDADE
13 - INICIATIVA
14 - DISPOSIÇÃO
15 - LEITURA
16 - DILIGÊNCIA
17 - QUALIDADE
18 - FÉ
19 - SUBMISSÃO
20 - SABEDORIA
domingo, 25 de setembro de 2011
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
MAÇONARIA
Maçonaria: Tensões e Perguntas
FONTE:http://www.monergismo.com/textos/seitas_heresias/maconaria_scott.htm
Por: J. Scott Horrell
A maçonaria constitui um enigma para o povo evangélico. Sendo a maior sociedade secreta do mundo, com cerca de seis milhões de membros atualmente, a maçonaria tem uma longa história entrelaçada com o protestantismo – especialmente na Grã-Bretanha, na Europa, nos Estados Unidos (com 4 milhões de membros) e no Brasil [1]. Ao mesmo tempo, a fraternidade orgulha-se de contar com membros das elites do mundo, seja no passado [2] ou no presente: desde Voltaire, Mozart, Garibaldi e Goethe, até vários nobres da Europa - incluindo o rei da Suécia e a Rainha Elizabete II (Grande Patronesa da Loja Britânica) - além de catorze presidentes dos Estados Unidos (Johnson, Ford, Reagan etc.). George Washington, o primeiro presidente dos Estados Unidos, era um Grão-Mestre maçom, sendo considerado um dos adeptos mais fiéis de todas as treze colônias de sua época. Não é por acaso que a cédula do dólar americano, que tem o retrato de Washington, traz a pirâmide, o esquadro, a águia e outros símbolos maçônicos junto com as palavras NOVUS ORDO SECLORUM (sic., “nova ordem dos séculos”) [3]. O fato de que milhares de pastores e leigos evangélicos ao redor do mundo fazem parte das lojas maçônicas, e de que projetos filantrópicos de grande porte são administrados por eles [4] sugere que essa sociedade só oferece o bem, e até promulga valores e ensinos cristãos.
Por outro lado, conforme alguns estudiosos sustentam, a maçonaria, apesar de se autodenominar não-religiosa, divulga uma filosofia essencialmente anti-cristã. Subjacente à irmandade e aos esforços de caridade, existe um programa não manifesto advogando uma religião sincretista, negando a pessoa divina e a obra salvífica de Jesus Cristo, e mantendo elos sinistros com o ocultismo. A maçonaria foi rejeitada como antitética à fé cristã pelos católicos romanos [5] e pelas Igrejas Ortodoxas Oriental e Russa [6]. Mais recentemente, várias denominações protestantes estão reavaliando o envolvimento de seus membros na sociedade maçônica, chegando a conclusões surpreendentes:
A nosso ver, a obediência total a Cristo impede a adesão a qualquer organização, tal como o movimento maçônico, que parece requerer uma fidelidade integral a si mesma... Exige-se do iniciado que ele se entregue à maçonaria assim como o cristão deve entregar-se somente a Cristo. (A Igreja da Escócia, 1965) [7]
[Este] relatório indica várias razões fundamentais para se questionar a compatibilidade da maçonaria com o cristianismo. (A Igreja da Inglaterra, 1985) [8]
Mesmo na interpretação mais generosa das evidências, permanecem sérias questões para os cristãos acerca da maçonaria... Existe um grande perigo de o cristão que se torna maçom acabar comprometendo sua fé cristã ou sua fidelidade a Cristo, talvez sem perceber o que está fazendo. Conseqüentemente, nossa orientação ao povo metodista é que os metodistas não devem se tornar maçons. (A Igreja Metodista Britânica, 1985) [9]
Sentimos que existe um grande perigo de que o cristão maçom acabe comprometendo sua fidelidade a Jesus, talvez sem perceber o que está fazendo... a conclusão evidente a que chegamos em nossa pesquisa é que há uma incompatibilidade inerente entre a maçonaria e a fé cristã. (As Uniões Batistas da Escócia, Grã-Bretanha e Irlanda, 1987) [10]
Enquanto várias denominações da América do Norte já renunciaram a maçonaria [11] a maior igreja evangélica dos Estados Unidos, a Convenção Batista do Sul - que possui um alto índice de membros maçônicos – está em processo de pesquisa sobre essa questão, e sabe-se que teme que os resultados possam dividir a denominação. Fundadas ou não, tais preocupações das denominações tradicionais devem alertar o cristão, inclusive o cristão maçom, para o fato de que talvez existam elementos básicos da loja maçônica que são questionáveis. A maçonaria, portanto, levanta tensões e perguntas que nem sempre se resolvem facilmente.
No Congresso Maçônico Internacional de 1899, afirmou-se que a fraternidade assumiu o lugar central em todos os movimentos revolucionários do mundo no século XIX [12], inclusive no Brasil. Na maior parte da América Latina, conforme se vê nas histórias de Simon Bolívar, Carlos Alvear, San Martin e Francisco Miranda, a maçonaria e as sociedades semi-maçônicas forneciam as estruturas clandestinas para planejar e financiar as lutas revolucionárias pela independência.[13] Na história brasileira, apesar de ambigüidades sobre quando a verdadeira maçonaria começou, por volta de 1800 havia várias organizações com inspiração maçônica - como as Inconfidências Mineira, Carioca e Baiana - as quais contribuíram grandemente para a autonomia nacional. Mais tarde, com o domínio da maçonaria inglesa (ou Maçonaria Azul, advogando o monarquismo parlamentar) sobre a francesa (ou Maçonaria Vermelha, defendendo a democracia),[14] o próprio Imperador D. Pedro I foi iniciado e, logo, proclamado o Grão-Mestre da loja Grande Oriente do Brasil, em 1822. [15] Conforme o historiador maçônico Manoel Gomes (33°), tanto a libertação do Brasil do domínio português quanto a passagem da monarquia para a república “foram movimentos idealizados, preparados e tornados realidade” pelas lojas da maçonaria.[16] Entre seus membros ilustres, ele inclui Tiradentes, Castro Alves, Rui Barbosa, Marechal Deodoro da Fonseca, Marechal Floriano Peixoto, Duque de Caxias, Campos Sales e Padre Diogo Feijó. É interessante notar que, apesar da proibição papal, vários padres, bispos e cônegos faziam parte da maçonaria brasileira antiga, aparentemente como veículo de suas convicções políticas.[17]
O elo evangélico aparece mais tarde. Com sua filosofia de religião aberta (sendo, conforme certos estudiosos, anti-católica), a maçonaria brasileira facilitou, em alguns casos, a entrada de missionários evangélicos no país. Às vezes, a loja maçônica até os protegia da oposição da Igreja Católica.[18] Outras vezes, pelo menos no nível individual, a fraternidade maçônica ajudou a financiar a construção dos templos evangélicos. Por estas e outras razões, a maçonaria goza de alta aceitação em meio a certas denominações protestantes do Brasil, contando até com defensores entre os pastores nacionais.[19] O testemunho sincero do Pr. José Motta reflete uma experiência que não é incomum. Sendo convidado para requerer seu ingresso na maçonaria, o jovem pastor batista foi visitado por um respeitado advogado cristão:
... ele foi me dizendo que também era maçom e que muito se orgulhava de sê-Ia, pois não via inconveniência para nós, crentes em Jesus; pelo contrário, as coisas se tornam mais fáceis para a penetração na sociedade como maçons e a nossa influência como crentes se torna mais acentuada e respeitada... [No dia em que o PI. Motta, com 23 anos, declarou que queria entrar para a maçonaria:] Vi-me cercado por homens da alta sociedade, dentre eles médicos, generais de Exército, aposentados, professores, advogados e outros... Foram momentos agradáveis.
... Agora eu sou maçom. Inicia-se, assim, uma nova etapa na minha vida. Dediquei-me aos trabalhos. Fazia algumas palestras e nessas fazia menção da Bíblia... Louvado seja Deus! A nossa casa era o centro dos encontros. Visitas não faltavam. Famílias e maçons e outros amigos, inclusive de freiras, eram as constantes visitas. Na Loja, pela dedicação na área de assistência social e na educação de adultos, fui galgando os degraus... Sentia-me útil e sabia que, em tudo isso, Deus estava me projetando para o futuro, preparando-me para a Sua Obra.[20]
Tipicamente, os argumentos de maçons evangélicos são que a maçonaria: (1) é uma fraternidade benemérita e não-religiosa; (2) gera respeito para a presença evangélica entre pessoas de alto gabarito; e (3) abre caminho para servir a Deus na sociedade em geral.
Nem todos os evangélicos no Brasil manifestam o mesmo entusiasmo. Algumas denominações são explícita ou implicitamente anti-maçônicas. Em 1903, a Igreja Presbiteriana Independente formou-se sob a liderança de Eduardo Carlos Pereira, separando-se da Igreja Presbiteriana Sinodal (Presbiteriana do Brasil) principalmente devido à questão da loja. A Igreja Luterana Concórdia também se destaca por ser contra a maçonaria. De modo menos agressivo, a Igreja Batista Pioneira continua distinguindo-se' dentro da Convenção Batista Brasileira, em parte devido a essa causa. Com poucas exceções, as denominações teologicamente mais conservadoras fundamentalistas, holiness (Metodista Livre e Wesleyana) e pentecostais (Assembléia de Deus; Igreja Quadrangular, com exceções) - posicionam-se contra a maçonaria, enquanto as igreja evangélicas tradicionais permitem que seus membros afiliem-se às lojas.[21]
Hoje, apesar de ter uma história marcada pela fragmentação, o conjunto das ordens maçônicas do Brasil é uma das grandes potências mundiais da sociedade, consistindo na maior dos países latinos (europeus e americanos), com cerca de 150.000 membros.[22] O novo Palácio Maçônico de Brasília do Grande Oriente do Brasil - a ordem maçônica mais numerosa do país, possuindo por volta de 100.000 membros - foi inaugurado em dezembro de 1992. A cerimônia foi assistida por um grupo de maçons que incluía 120 parlamentares federais e Maurício Corrêa (Ministro da Justiça), o qual, por sua vez, representou o Presidente da República Itamar Franco (Fernando Collor também é maçom).[23] No ano 2000, a Conferência Internacional dos Grandes Soberanos Comendadores acontecerá no Brasil e, conforme a entrevista de Ano Zero com Venâncio Igrejas, o Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33, “muitos acreditam que o Brasil será um dos países que sediará o advento de uma nova Consciência no século XXI”.[24] Através das Ordens DeMolay e Arco-Íris, dedicadas aos jovens, a influência da maçonaria no Brasil, ao contrário de em outras partes do mundo, parece cada vez mais forte.
Certamente, a presença maçônica está deixando sua marca nas igrejas evangélicas do país. O poder dos maçons na organização de certas denominações é tão marcante que, às vezes, na expressão frustrada de um líder nacional, “parece que há uma hierarquia [maçônica] por trás da hierarquia [denominacional]”. Fundados ou não, existem boatos entre jovens pastores de que, sem ser maçom, não se consegue subir nas estruturas eclesiásticas. Portanto, a questão da maçonaria na igreja evangélica é importante e urgente, acarretando conseqüências para o futuro que nem todos querem reconhecer - posicionando-se seja a favor ou contra.
Esta prolongada introdução leva-nos ao propósito do artigo: analisar a compatibilidade entre a filosofia maçônica e as afirmações centrais da fé evangélica. Não procuraremos julgar a irmandade maçônica em si, nem negar que há indivíduos nas lojas os quais desconhecem ou discordam dos ensinos em geral proferidos dentro das ordens. Responderemos às seguintes perguntas:
1. É possível ter um conhecimento definido sobre a filosofia maçônica?
2. A maçonaria é uma religião?
3. Qual é o lugar que a Bíblia ocupa?
4. Quem é o Deus da maçonaria?
5. Qual é o lugar de Jesus Cristo?
6. Como alguém é salvo?
7. Existem vínculos entre a maçonaria e as religiões ocultas? Na conclusão, faremos observações sobre o relacionamento entre o evangelismo e a maçonaria no Brasil.
1. É Possível Ter um Conhecimento Definido Sobre a Filosofia Maçônica?
Basicamente, os maçons apresentam três alegações defendendo sua posição de que o não-maçom não sabe seus ensinos. Em primeiro lugar, como a confraria é uma sociedade secreta histórica e geograficamente variada em suas formas, o não-maçom simplesmente não tem acesso ao conhecimento claro de seus rituais, símbolos e ensinos. Em segundo lugar, existe uma grande quantidade de livros que se projetam como representantes da verdadeira maçonaria, quando, de fato, em geral não são aceitos pelas lojas, ofuscando assim qualquer imagem distinta pelo público. Finalmente, de acordo com o escritor maçom Alphonse Cerza, não existe uma autoridade final na maçonaria: “Os anti-maçons têm dificuldades em entender que a maçonaria não possui uma 'voz oficial', e que a liberdade de pensamento e expressão é um dos princípios essenciais da Ordem”. [25]
Admitindo que a maçonaria não exalta um livro ou líder como autoridade absoluta e universal, ainda assim ninguém negaria que as ordens e lojas reconhecem autoridades - o que é comprovado pelo fato de que 90% da maçonaria mundial pertence ao Rito Escocês Antigo e Aceito, com seus Supremos Conselhos do 33° Grau. Na verdade, existem várias autoridades: (1) os Landmarks (25 fundamentos absolutos);[26] (2) a Constituição e os regulamentos gerais das ordens, determinados pelos Supremos Conselhos; (3) o Ritual em si - especialmente o da Loja Azul (os três passos básicos de todos os Mestres-Maçons de qualquer rito ou ordem);[27] (4) o Supremo Grande Comendador da Ordem e o Grão-Mestre da loja; e (5) um fato patentemente comprovado mediante extensas pesquisas, há livros reconhecidos e usados no mundo inteiro. Por ordem de preferência nos Estados Unidos, as três obras mais empregadas são: Coil's Masonic Encyclopedia (Enciclopédia Maçônica de Coil”); The Builders (“Os Construtores”), de Joseph Fort Newton; e Mackey's Revised Encyclopedia of Freemasonry (“Enciclopédia Revisada de Maçonaria de Mackey”).[28]
No Brasil, é surpreendente o número de bibliotecas e livrarias (de volumes novos e usados) - especialmente espíritas - que estão repletas de literatura maçônica, incluindo as obras "secretas" da Editora Maçônica. Encontram-se acessíveis ao pesquisador não-maçom dezenas de livros escritos por autoridades maçônicas brasileiras, tais como Jorge Adoum (o Mago Jefa), Nicola Aslan (33°), Joaquim Gervásio de Figueiredo (33°), Manoel Gomes (33°), Rizzardo da Camino (33°) e Zilmar de Paula Barros (33°) - além de muitos outros autores traduzidos em língua portuguesa.[29] Embora os maçons neguem a autoridade absoluta de qualquer um desses indivíduos, não se pode deixar de admitir que a maior parte de seus escritos é representativa da prática e do ensino da maçonaria brasileira (reconhecendo algumas diferenças entre as ordens). Com os documentários e as obras públicas sobre a sociedade, além dos vários livros evangélicos de ex-líderes maçônicos que asseveram expor os segredos da sociedade, existem boas bases para a pesquisa.[30] Tudo isso refuta o argumento de que somente os maçons possuem acesso à sua filosofia.
2. A Maçonaria É uma Religião?
Uma das imagens mais divulgadas pela Loja é a de que a maçonaria não possui dogmas ou credos, sendo que apóia toda religião civil e deixa o indivíduo maçom livre para ter suas próprias convicções de fé. Nas palavras de Venâncio Igrejas, a voz mais autorizada do Brasil: “Nos templos não discutimos política e religião”.[31] A Ordem rejeita categoricamente o ateísmo e diz que apóia a religião da cultura dentro da qual funciona, pretendendo apenas o melhoramento do caráter e da moral de seus membros. Sobre essa diversidade religiosa, Nicola Aslan (33°), em seu Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, comenta:
A respeito da religião da Maçonaria, as opiniões são muito divididas entre os Maçons e elas dependem, em grande parte, das tendências religiosas e filosóficas que norteiam as obediências e os ritos maçônicos.
Assim, a Maçonaria anglo-saxônica, em grande parte protestante, é considerada profundamente religiosa e teísta, como o Rito de York... Julga-se geralmente a Maçonaria francesa como racionalista, porque, através do Rito Moderno, permite a iniciação a pessoas sem crença definida, considerando que as opiniões religiosas são questões de foro íntimo, enquanto o Rito Escocês Antigo e Aceito, embora exija a crença em Deus do candidato, é denominado deísta...32
Aslan está parcialmente correto. A religiosidade da loja local depende de vários fatores. Muitas vezes, especialmente nos graus mais baixos, a religião aparece apenas como um elemento periférico da função da loja. Outras vezes, a ênfase teológica (implícita ou explícita) pode variar desde o panteísmo e o ocultismo até um teísmo ecumênico e semi-cristão - por exemplo, no sul dos Estados Unidos. Com certa freqüência, os anti-maçons ignoram a diversidade dos ritos e formas práticas das lojas nesse sentido.
Por outro lado, a palavra religião tem uma definição geral que os defensores da maçonaria não podem ignorar. Na obra The Encyclopedia of Philosophy (“Enciclopédia de Filosofia”), encontramos a descrição de nove marcas da religião: (1) a crença num ser ou seres sobrenaturais; (2) a distinção entre objetos sagrados e profanos; (3) atos rituais orientados para esses objetos; (4) um código moral com sanção divina; (5) sentimentos religiosos despertados por objetos ou rituais sagrados e relacionados, em teoria, com um deus ou deuses; (6) a oração; (7) uma cosmovisão que engloba o lugar do indivíduo no mundo; (8) a organização da vida ao redor dessa cosmovisão; (9) um grupo social que é unificado pelas características acima.[33] Conforme Ankerberg e Weldon claramente documentam, a maçonaria caracteriza-se por cada uma dessas qualificações.[34] Por isso, a grande maioria dos líderes admite que a maçonaria é, na verdade, uma religião:
A maçonaria pode afirmar corretamente chamar-se uma instituição religiosa... Veja seus antigos landmarks, suas cerimônias sublimes, seus profundos símbolos e alegorias - todos inculcando uma doutrina religiosa, ordenando uma observância religiosa e a verdade religiosa, e quem pode negar que ela é eminentemente uma instituição religiosa?.. Abrimos e fechamos nossas lojas com uma oração; invocamos a bênção do Altíssimo sobre todos nossos trabalhos; exigimos de nossos neófitos uma profissão de fé confiante na existência e no cuidado providencial de Deus. (Mackey) [35]
Rizzardo da Camino, no Dicionário Maçônico, declara abertamente: “A Maçonaria é uma Religião, no sentido estrito do vocábulo, isto é, na 'Harmonização' da criatura ao Criador. É a Religião [sic.] Maior e Universal”.[36] Joaquim Gervásio de Figueiredo, no Dicionário de Maçonaria, define a irmandade da seguinte maneira:
Maçonaria: “É um sistema sacramental que, como todo sacramento, tem um aspecto externo, visível, consistente em seu cerimonial, doutrinas e símbolos, e outro aspecto interno, mental e espiritual, oculto sob as cerimônias, doutrinas e símbolos, e acessível só ao maçom que haja aprendido a usar sua imaginação espiritual e seja capaz de apreciar a realidade velada pelo símbolo externo”. [37]
Existem dezenas de declarações paralelas.[38] Conquanto haja divergências (uma face pública, outra interna), grande parte da literatura maçônica sem dúvida no Brasil - sustenta abertamente a natureza religiosa da fraternidade. No Brasil, o fato de se descobrirem, em livrarias e bibliotecas, obras sobre a maçonaria junto com livros acerca de esoterismo, ocultismo e religião comprova o consenso público nessa questão. De fato, em quase todos seus escritos, a maçonaria apresenta-se como a essência da religião.[39]
3. Qual é o Lugar Que a Bíblia Ocupa na Maçonaria?
Às vezes, os cristãos maçons destacam que a maçonaria especulativa foi iniciada por dois pastores e, assim, é essencialmente cristã em seus fundamentos. Pelo menos, não contradiz nada do que o cristianismo promulga. Na revista maçônica New Age, Winston Watts (32°) expõe a procura da verdade, afirmando que, "na maior parte, nossa busca está centrada na Bíblia Sagrada, a fonte principal de nosso conhecimento".[40] Em virtualmente todos os dicionários maçônicos, a Bíblia - "o Livro da Lei"é exaltada como "um dos grandes Luzeiros da Maçonaria",[41] um elemento importantíssimo dos móveis da loja ocidental, sobre o qual todo cristão iniciado faz seu juramento. Em parte, é com base em certas figuras bíblicas - por exemplo, São João Batista, São João Evangelista, João Marcos e o artífice Hirãm-Abitt (ou Hirão Abi, 1 Rs 7.13-14; 2 Cr 2.13-14) - que a maçonaria desenvolveu suas mitologias e rituais.
Em toda a literatura maçônica (Ritos York e Escocês), entretanto, dificilmente se descobre qualquer afirmação acerca da única inspiração verbal ou da autoridade soberana das Escrituras. Sem exceção, os autores fazem questão de insistir que a Bíblia é apenas um livro sagrado, usado como metáfora da vontade divina e da lei natural. Na Coils Masonic Encyclopedia, a obra mais autorizada nos Estados Unidos, lemos: “A opinião maçônica prevalecente é de que a Bíblia constitui apenas um símbolo da vontade, lei ou revelação divina, e não que seu conteúdo é lei divina, inspirada ou revelada”.[42]
Naturalmente, sendo um símbolo, a Bíblia precisa de interpretação. Zilmar de Paula Barros, em A Maçonaria e O Livro Sagrado, declara que, “com a morte física de Jesus, perdeu-se a PALAVRA. E, entre as múltiplas finalidades. da Maçonaria, está buscar a 'palavra perdida...', ou seja TRAZER A HUMANIDADE A VERDADEIRA INTERPRETAÇAO DA MENSAGEM EVANGÉLICA DE JESUS![43] Martin Wagner, um perito em maçonaria, observa o seguinte: "Todos os maçons eminentes afirmam que existe um véu sobre as Escrituras, o qual, quando removido, as torna claramente concordes com os ensinamentos maçônicos, e em harmonia essencial com outros livros [sagrados]”.[44] Logo, a filosofia maçônica constitui o par de óculos através do qual tudo é filtrado.
Apesar da ênfase na Bíblia Sagrada, os livros esotéricos freqüentemente recebem mais atenção. Em suas instruções sobre os três primeiros graus (Loja Azul) no Brasil, Nicola Aslan explica:
A Bíblia e a Cabala fornecem o mais poderoso contingente para o enriquecimento do simbolismo maçônico, e o Ocultismo, abrangendo o conjunto dos sistemas filosóficos e das artes misteriosas derivadas dos conhecimentos dos antigos, deu também abundante contribuição.[45]
Quase sempre, a verdadeira sabedoria (antiga) é descoberta no misterioso e oculto, seguindo o gnosis, a iluminação, a numerologia e, especialmente, a cabala (misticismo judaico).[46] Diante da mistura de religiões sincretistas que predominam na literatura maçônica, a Bíblia fica subjugada a interpretações diversas por meios místicos e alegóricos. Por outro lado, ninguém defende uma interpretação objetiva e histórico-gramatical. A Bíblia é aproveitada por sua ética e como símbolo divino, sem encorajar qualquer interpretação doutrinária de seu conteúdo. De fato, muitas seitas consideradas heréticas são mais fiéis ao significado do texto bíblico do que os escritos maçônicos.
4. Quem É o Deus da Maçonaria?
O Deus maçônico é denominado o Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.) - o Ser Supremo, Criador ou Força Cósmica da existência e preservação. O Landmark 19 proclama: “A negação da crença do G.A.D.U. é impedimento absoluto e insuperável para a iniciação”.[47] Propositadamente, a definição é ambígua o bastante para englobar todos os conceitos de Deus sustentados pelas religiões - não apenas as teístas (judaica, cristã e islâmica), mas também as dualistas (taoísta, zoroastriana) e as panteístas (gnóstica, espírita, hindu e budista). Sem dúvida, no início da história da maçonaria especulativa, as pressuposições eram mais teístas, como continuam sendo para os cristãos que se envolvem na loja. Ironicamente, foram os reverendos anglicanos James Anderson e John Desagulliers, elaboradores da primeira Constituições (1723), que abriram a maçonaria para todas as crenças e descristianizaram a linguagem maçônica, procurando uma estrutura teológica mais universal.[48] Entretanto, a nível popular, dentro das culturas “cristãs” - cada vez menos, porém - o Grande Arquiteto do Universo continua a ser cultuado como um Ser soberano, inteligente, moral e, em certo sentido, pessoal. Assim como o antigo liberalismo do século passado, a maçonaria proclama “a paternidade do Pai e a fraternidade ao homem”. Semelhantemente, também, a essência da religião define-se mais pela ética do que por qualquer crença em afirmações doutrinárias.[49] Logicamente, tais afirmações já pressupõem uma cosmovisão e uma teologia geral que se encontram expressas em muitos escritos, como no Dicionário de Gervásio de Figueiredo:
Não obstante a imensa diversidade de seus cultos externos, todas as religiões apresentam uma base comum em seus internos princípios morais, filosóficos e místicos. Com efeito, o estudo comparativo das religiões demonstra serem idênticos os seus ensinamentos fundamentais sobre a Divindade, o homem, o universo, a vida futura, porém adaptados à época e ao povo a que se destinaram... Seus imortais fundadores foram todos Mensageiros da Verdade única, que deram à humanidade seu evangelho de União e Fraternidade, para que através do Amor as almas se religuem entre si e ao Supremo. Todos eles foram unânimes em proclamar a Paternidade de Deus e a Fraternidade dos homens. Tal foi, em essência, a mensagem de Vyâsa, Hermes, Trismegisto, Zarathustra, Orfeu, Krishna, Moisés, Pitágoras, Platão, Cristo, Maomet e outros. [50]
O conceito de Deus nos escritos da maçonaria é uma mistura de tudo, de gnosticismo, druidismo, luciferianismo, hinduísmo, taoísmo, zoroastrismo, iluminismo, cristianismo liberal e Nova Era. Mackey declara: “A religião da maçonaria é cosmopolita, universal... 'Esteja certo', diz Godfrey Higgins, 'de que Deus está igualmente presente com o piedoso hindu no templo, o judeu na sinagoga, o muçulmano na mesquita e o cristão na igreja'”.[51] Contudo, por trás do pluralismo, existe uma crença fundamental, articulada por Aslan:
...é absolutamente necessário fazer abstração de todo fanatismo como de todo preconceito religioso ou anti-religioso, posto que estas veneráveis tradições são os “ecos” dos velhos dados da antiga ciência dos Iniciadores, tão intimamente ligada, então, às Religiões que é quase impossível separá-las de sua Mãe.[52]
Ou seja, todas as religiões são representações das antigas e primitivas verdades, destiladas no ensino da maçonaria, que é, em última instância, a Mãe de todas as religiões. Deus, o G.A.D.U., é o Deus buscado e manifestado por todas as religiões. Infelizmente, tal representação - popular no romantismo otimista dos séculos XVIII e XIX - ignora um fato muito patente: seu conceito de Deus determina sua ética. É impossível unificar as definições mais variadas de Deus em torno de uma ética fraternalista: o pacifismo social do hindu, a ética vindicativa do muçulmano e o amor autosacrificial ativo do cristão encontram-se diretamente relacionados com contraditórios conceitos de Deus.
Talvez uma das acusações mais fortes contra a loja seja a seguinte: no grau do Real Arco do Rito de York, quando o maçom supostamente encontra a Arca da Aliança perdida nas ruínas do templo salomônico, descobre-se o verdadeiro nome de Deus como sendo JABULOM. Tal nome, segundo o próprio H. W. Coil, é uma associação de lahweh (o Jeová do Antigo Testamento), Ba'al ou Bel (o deus cananita) e Om (Osiris, o deus-sol do Egito)[53] - o que um autor chama de “Não-Santíssima Trindade”.[54] Outros observam que, no Rito Escocês, no 17° Grau dos Conselhos de Cavaleiros do Oriente e Ocidente, há também a “palavra sagrada” Abadom; este nome divino na maçonaria é o nome do rei ( ou anjo) do abismo, em Apocalipse 9.11.[55]
Embora a maçonaria encoraje um pluralismo da conceituação de Deus, conforme vários autores afirmam, há cada vez menos lugar para o Deus tripessoal da Bíblia. A idéia do Logos e da Trindade é vista de uma forma gnóstica e alegórica, distante da Confissão de Nicéia, como vemos na exposição do 4º Grau por Jorge Adoum [56]. Embora nem todos o façam, alguns eruditos maçônicos, tais como Albert Pike [57], presunçosamente atacam o cristianismo clássico com os argumentos comuns do século XIX, alegando um politeísmo que formou o judaísmo antigo, a base pagã do trinitarismo, e pregando um deísmo otimista característico daquela época. Num novo documentário, Robert A. Morey, um autor bastante objetivo, declara o seguinte:
Centenas de livros maçônicos que atacam o cristianismo e ensinam abertamente o paganismo são publicados, apoiados e recomendados por altos oficiais, lojas estaduais e conselhos supremos. É-nos dito que isso é adequado, porque a Ordem deve ser universal em seu apelo, e cada maçom pode interpretar a palavra “Deus” e os símbolos da confraria da maneira como quiser.
Entretanto, quando um cristão maçom procura oferecer uma interpretação cristã dos rituais e símbolos da confraria, ele é proibido de assim o fazer!... Para cada escritor maçom que diz que a maçonaria não é uma religião, há cinco escritores maçons afirmando que é uma religião pagã... todos eles concordam que o cristianismo está errado e que seus ensinamentos não devem ser permitidos na loja...
Se a maçonaria continuar na direção em que parece estar indo, então os cristãos maçons devem abandonar a Ordem, porque ela vem se tornando uma religião pagã, ocultista, hostil ao cristianismo.[58]
Concluímos que, embora alguns indivíduos e até certas lojas locais sustentem uma definição da divindade mais próxima do cristianismo histórico, a grande maioria ignora ou rejeita a perspectiva bíblica de Deus. Dificilmente se pode negar que, nas águas turvas do ritual e do símbolo maçônicos, há implicações sinistras sobre o entendimento de Deus para o cristão verdadeiro.
5. Qual É o Lugar de Jesus Cristo?
Diante de um conceito ambíguo e unitariano de Deus, seria correto esperar pouco sobre o Redentor. Ao buscarmos informações acerca de Jesus Cristo nos dicionários e enciclopédias maçônicos - Coil, Mackey, Macoy, Gervásio de Figueiredo, Rizzardo da Camino, Aslan - descobrimos uma ausência quase total de dados a esse respeito. Quando se procuram referências sobre Jesus Cristo, a cruz ou outros ensinos especificamente cristãos nas próprias citações bíblicas dos rituais e cerimônias maçônicos, percebe-se logo que todas foram omitidas - tiradas do meio dos trechos (e. g. At 4.11; 2 Ts 3.6, 12; 1 Pe 2.4-8, onde a pedra angular é o verdadeiro maçom).[59] Embora as reuniões maçônicas incluam a oração, é absolutamente proibido orar no nome de Jesus. Eles até mesmo modificaram o calendário baseado no advento de Cristo, aceito no mundo inteiro, para um sistema irreligioso: “Os maçons, ao fixar datas em seus documentos oficiais”, diz Mackey, “nunca fazem uso da época comum ou era vulgar, mas têm uma que lhes é peculiar...”[60] Paradoxalmente, em alguns casos, os mesmos dicionários que omitem Jesus Cristo contêm artigos substanciais sobre dezenas de outros religiosos antigos e modernos - Jonas, Ezequiel, Orfeu, Pitágoras, Zoroastro, Emmanuel Swedenborg, Annie Besant, Helena Blavatsky etc. Isso sugere, no mínimo, a irrelevância de Jesus Cristo na filosofia maçônica.
Em alguns 'aspectos, a maçonaria evidencia implicações ainda mais preocupantes: por um lado, a divindade de Cristo é negada e, por outro, a divinização do homem é afirmada. Rizzardo da Camino define Cristo da seguinte maneira: “É a denominação de um 'estado de alma' que se encontra na parte espiritual do ser humano. Jesus atingiu esse 'grau' na Cruz e por isso foi denominado de Jesus o Cristo. É erro dizer-se 'Jesus'... Cada cristão pode ter em si o Cristo...”[61] Se as evidências acima forem conclusivas de que Deus normalmente é conceituado em categorias deístas, ocultas e panteístas, então é impossível que Jesus Cristo seja o Filho unigênito de Deus. Ele se torna apenas “um grande mestre de moralidade” ou protótipo de divinização - algo corroborado por vários dos principais autores maçons.[62] Entretanto, apesar das múltiplas negações da divindade de Jesus Cristo, os cristãos maçons ressalvam que tais não passam de diferenças de convicções religiosas, todas permitidas sob o teto maçônico; assim, uma posição é igual à outra.
Uma história recente toca nesse ponto. O Venerável Mestre James Shaw (33°) era um orador experiente da cerimônia do Cavaleiro Rosa-Cruz (18° grau do Rito Escocês), que é praticada toda quinta-feira da Semana Santa. Conforme havia feito muitas vezes, mas agora como um cristão recém-convertido - estando todos vestidos em mantos pretos e encapuzados – ele começou a conduzir o ritual: “Encontramo-nos neste dia para comemorar a morte de nosso 'Sapientíssimo e Perfeito Mestre', não como inspirado ou divino, pois isto não compete a nós decidir, mas como pelo menos o maior dos apóstolos da humanidade”. A mesa em forma de cruz, sobre a qual há rosas vermelhas, é o lugar onde o mestre dirige a ceia maçônica, com vinho e pão: “Comei e dai de comer a quem tem fome... Bebei e dai de beber a quem tem sede”. Depois de apagar todas as velas do candelabro, com exceção de uma, o mestre anuncia a morte do “Sapientíssimo e Perfeito Mestre” - “Ele está morto! Lamentai, pranteai e chorai, pois ele se foi” e apaga a última vela, tudo terminando em escuridão.[63] Embora Shaw tivesse conduzido esse mesmo ritual diversas vezes, nesta ocasião ele estava tremendo e com náusea, reconhecendo o significado cristológico do que fazia: “Tínhamos dramatizado e comemorado a extinção da vida de Jesus, sem mencionar sequer uma vez seu nome... Eu havia acabado de chamar Jesus de 'um apóstolo da humanidade' que não era inspirado nem divino”. Logo depois, Shaw renunciou à loja.[64] Sua conclusão foi que o sentido anticristão não representava apenas uma facção maçônica ocultista declarada, mas certos rituais e ensinos básicos da maçonaria são deliberadamente antagonistas à fé cristã.
6. Como Alguém É Salvo na Maçonaria?
Quando o iniciado (chamado profano) participa do primeiro grau de Aprendiz-Maçom, confessa-se que ele (vendado, nesse momento) vivia nas trevas e estava cego, mas, agora, deseja entrar à verdadeira luz da maçonaria.[65] Não há nenhuma exceção para o cristão. Enquanto a irmandade não articula publicamente um caminho de salvação, existem pressuposições inegáveis - vistas desde o primeiro rito até o sepultamento de cada maçom. A perspectiva soteriológica da maçonaria é percebida através de quatro conceitos, os quais orientam toda sua prática: (a) a natureza do homem; (b) a aceitação de Deus; (c) a vida vindoura; e (d) o proselitismo evangélico.
a. A natureza do homem. O cristianismo clássico confessa a verdade irônica de que o ser humano, sendo criado na imagem de Deus, é ontologicamente superior e separado das outras criaturas terrestres. Ao mesmo tempo, porém, ele é espiritualmente rebelde e corrupto, afastado de Deus e morto em suas transgressões - ou seja, ele é moralmente o pior ser terrestre. Apesar de suas muitas instruções moralistas, a maçonaria é marcada por uma ausência total dos conceitos de pecado e arrependimento (nem possui tais palavras em seus dicionários). Em vez de estar separado do G.A.D.U., o homem é visto como apenas imperfeito e não-iluminado, algo simbolizado na Pedra Bruta (cubo polígono) do Aprendiz, que nos graus seguintes é burilada e polida: “Símbolo da Idade Primitiva e, portanto, do homem em estado natural e sem instrução, a Pedra Bruta é a imagem da alma do profano antes de ser instruído nos mistérios maçônicos”.[66] O profano, ou não-maçom, não está derradeiramente perdido, mas encontra-se apenas mais longe de Deus do que a elite fraternal da maçonaria, que possui a responsabilidade de construir “o Templo da Humanidade”. A loja é o meio através do qual os homens podem melhorar a si mesmos e procuram “levantar templos à Virtude e cavar masmorras ao vício”.[67] Assim, a maçonaria pressupõe essencialmente a natureza boa de cada ser humano, mas esta natureza precisa de um despertamento e de uma iluminação por meio da filosofia da fraternidade.[68] Obviamente, não há necessidade e nem motivo para a propiciação de pecados mediante a morte de Jesus Cristo na cruz.
b. A aceitação de Deus. “A maçonaria”, afirma J. S. M. Ward, “ensina que cada homem, por si mesmo, pode desenvolver seu próprio conceito de Deus e, assim, alcançar a salvação”.[69] Sem dúvida, a maçonaria promulga a idéia de que, através de seus próprios esforços, o homem é aperfeiçoado e torna-se digno perante o G.A.D.U. A regeneração, ou conversão, é essencialmente um processo da alma humana.
A doutrina da regeneração foi ensinada, nos Antigos Mistérios, por símbolos: não é, porém, o dogma teológico da regeneração peculiar à Igreja Cristã, mas o dogma filosófico de uma mudança da morte para a vida, isto é, um novo nascimento para a existência imortal... É esta a doutrina ensinada nos Mistérios maçônicos, e muito especialmente no simbolismo do Terceiro Grau [ressurreição de Hirãm-Abif]. Não precisamos dizer que o Maçom se acha regenerado pelo fato de ter sido iniciado, mas tão-somente que foi doutrinado na filosofia da regeneração, ou na do renascimento de todas as coisas - da luz surgindo das trevas, da vida nascendo da morte, da vida eterna em substituição da vida transitória.[70]
Rizzardo da Camino acrescenta: “A finalidade precípua da Maçonaria é o ato regenerativo. A reconstrução do ser humano, da Natureza, do Cosmos, são os ideais maçônicos”.[71] Se alguns expositores da maçonaria falam de uma salvação realizada por uma progressão que envolve o auto-aperfeiçoamento e boas obras, outros, como Albert Pike, avançam mais um passo, já visto anteriormente: “Em cada ser humano, o Divino e o Humano estão entrelaçados”, e “a maçonaria é a subjugação do Humano pelo Divino que está no homem”.[72] Como Pike, Gervásio de Figueiredo pressupõe a divindade inata de cada homem: “Deus é a alma de tudo... Deus e o mundo são apenas um”.[73] Diante das múltiplas afirmações maçônicas sobre a natureza da salvação, muitos autores concluem que a soteriologia maçônica é antiética à fé evangélica, conforme articulado pelo escritor maçônico E. A. Coil:
O fato de a diferença fundamental entre os princípios incorporados nos credos históricos da cristandade e aqueles de nossas ordens secretas modernas não ter sido claramente refletida é indicado pela evidência de que muitos comprometem-se com ambos. Há maçons que, nas igrejas, aderem à doutrina de que "somos considerados justos perante Deus apenas pelo mérito de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pela fé, e não por nossas próprias obras e merecimentos", e entusiasticamente juntam-se ao coro dos hinos nos quais essa idéia é expressa. Então, em suas reuniões maçônicas, exatamente com o mesmo entusiasmo, eles assentem à seguinte declaração: "Embora nossos pensamentos, palavras e ações possam ser ocultos dos olhos dos homens, ainda assim aquele Olho-Que-Tudo-Vê, a quem o sol, a lua e as estrelas obedecem... penetra nos recantos mais íntimos do coração humano, e nos recompensará de acordo com nossos méritos". Uma criança pequena, assim que se chame sua atenção para o assunto, deve ser capaz de perceber que é impossível harmonizar a frase do credo aqui citada com a declaração extraída da admoestação de uma de nossas maiores e mais eficazes ordens secretas, e encontrada, na totalidade, nas liturgias de todas, ou quase todas, as outras... Uma dessas afirmações exclui a outra. Os homens não podem coerentemente anuir a ambas.[74]
Na maçonaria, a salvação do homem é alcançada sem Jesus Cristo. O ser humano alcançará a perfeição e a aprovação divina através de seus próprios esforços moralistas, senão por sua própria divinização.
c. A vida vindoura. O Landmark n° 20 declara que, de cada maçom, “é exigida a crença de uma vida futura”.[75] A imortalidade da alma é uma das doutrinas mais importantes da confraria. Por isso, tendo obtido a permissão da família, os maçons exigem o controle exclusivo sobre o último rito do irmão falecido. Embora os rituais fúnebres variem, todos declaram que
FONTE:http://www.monergismo.com/textos/seitas_heresias/maconaria_scott.htm
Por: J. Scott Horrell
A maçonaria constitui um enigma para o povo evangélico. Sendo a maior sociedade secreta do mundo, com cerca de seis milhões de membros atualmente, a maçonaria tem uma longa história entrelaçada com o protestantismo – especialmente na Grã-Bretanha, na Europa, nos Estados Unidos (com 4 milhões de membros) e no Brasil [1]. Ao mesmo tempo, a fraternidade orgulha-se de contar com membros das elites do mundo, seja no passado [2] ou no presente: desde Voltaire, Mozart, Garibaldi e Goethe, até vários nobres da Europa - incluindo o rei da Suécia e a Rainha Elizabete II (Grande Patronesa da Loja Britânica) - além de catorze presidentes dos Estados Unidos (Johnson, Ford, Reagan etc.). George Washington, o primeiro presidente dos Estados Unidos, era um Grão-Mestre maçom, sendo considerado um dos adeptos mais fiéis de todas as treze colônias de sua época. Não é por acaso que a cédula do dólar americano, que tem o retrato de Washington, traz a pirâmide, o esquadro, a águia e outros símbolos maçônicos junto com as palavras NOVUS ORDO SECLORUM (sic., “nova ordem dos séculos”) [3]. O fato de que milhares de pastores e leigos evangélicos ao redor do mundo fazem parte das lojas maçônicas, e de que projetos filantrópicos de grande porte são administrados por eles [4] sugere que essa sociedade só oferece o bem, e até promulga valores e ensinos cristãos.
Por outro lado, conforme alguns estudiosos sustentam, a maçonaria, apesar de se autodenominar não-religiosa, divulga uma filosofia essencialmente anti-cristã. Subjacente à irmandade e aos esforços de caridade, existe um programa não manifesto advogando uma religião sincretista, negando a pessoa divina e a obra salvífica de Jesus Cristo, e mantendo elos sinistros com o ocultismo. A maçonaria foi rejeitada como antitética à fé cristã pelos católicos romanos [5] e pelas Igrejas Ortodoxas Oriental e Russa [6]. Mais recentemente, várias denominações protestantes estão reavaliando o envolvimento de seus membros na sociedade maçônica, chegando a conclusões surpreendentes:
A nosso ver, a obediência total a Cristo impede a adesão a qualquer organização, tal como o movimento maçônico, que parece requerer uma fidelidade integral a si mesma... Exige-se do iniciado que ele se entregue à maçonaria assim como o cristão deve entregar-se somente a Cristo. (A Igreja da Escócia, 1965) [7]
[Este] relatório indica várias razões fundamentais para se questionar a compatibilidade da maçonaria com o cristianismo. (A Igreja da Inglaterra, 1985) [8]
Mesmo na interpretação mais generosa das evidências, permanecem sérias questões para os cristãos acerca da maçonaria... Existe um grande perigo de o cristão que se torna maçom acabar comprometendo sua fé cristã ou sua fidelidade a Cristo, talvez sem perceber o que está fazendo. Conseqüentemente, nossa orientação ao povo metodista é que os metodistas não devem se tornar maçons. (A Igreja Metodista Britânica, 1985) [9]
Sentimos que existe um grande perigo de que o cristão maçom acabe comprometendo sua fidelidade a Jesus, talvez sem perceber o que está fazendo... a conclusão evidente a que chegamos em nossa pesquisa é que há uma incompatibilidade inerente entre a maçonaria e a fé cristã. (As Uniões Batistas da Escócia, Grã-Bretanha e Irlanda, 1987) [10]
Enquanto várias denominações da América do Norte já renunciaram a maçonaria [11] a maior igreja evangélica dos Estados Unidos, a Convenção Batista do Sul - que possui um alto índice de membros maçônicos – está em processo de pesquisa sobre essa questão, e sabe-se que teme que os resultados possam dividir a denominação. Fundadas ou não, tais preocupações das denominações tradicionais devem alertar o cristão, inclusive o cristão maçom, para o fato de que talvez existam elementos básicos da loja maçônica que são questionáveis. A maçonaria, portanto, levanta tensões e perguntas que nem sempre se resolvem facilmente.
No Congresso Maçônico Internacional de 1899, afirmou-se que a fraternidade assumiu o lugar central em todos os movimentos revolucionários do mundo no século XIX [12], inclusive no Brasil. Na maior parte da América Latina, conforme se vê nas histórias de Simon Bolívar, Carlos Alvear, San Martin e Francisco Miranda, a maçonaria e as sociedades semi-maçônicas forneciam as estruturas clandestinas para planejar e financiar as lutas revolucionárias pela independência.[13] Na história brasileira, apesar de ambigüidades sobre quando a verdadeira maçonaria começou, por volta de 1800 havia várias organizações com inspiração maçônica - como as Inconfidências Mineira, Carioca e Baiana - as quais contribuíram grandemente para a autonomia nacional. Mais tarde, com o domínio da maçonaria inglesa (ou Maçonaria Azul, advogando o monarquismo parlamentar) sobre a francesa (ou Maçonaria Vermelha, defendendo a democracia),[14] o próprio Imperador D. Pedro I foi iniciado e, logo, proclamado o Grão-Mestre da loja Grande Oriente do Brasil, em 1822. [15] Conforme o historiador maçônico Manoel Gomes (33°), tanto a libertação do Brasil do domínio português quanto a passagem da monarquia para a república “foram movimentos idealizados, preparados e tornados realidade” pelas lojas da maçonaria.[16] Entre seus membros ilustres, ele inclui Tiradentes, Castro Alves, Rui Barbosa, Marechal Deodoro da Fonseca, Marechal Floriano Peixoto, Duque de Caxias, Campos Sales e Padre Diogo Feijó. É interessante notar que, apesar da proibição papal, vários padres, bispos e cônegos faziam parte da maçonaria brasileira antiga, aparentemente como veículo de suas convicções políticas.[17]
O elo evangélico aparece mais tarde. Com sua filosofia de religião aberta (sendo, conforme certos estudiosos, anti-católica), a maçonaria brasileira facilitou, em alguns casos, a entrada de missionários evangélicos no país. Às vezes, a loja maçônica até os protegia da oposição da Igreja Católica.[18] Outras vezes, pelo menos no nível individual, a fraternidade maçônica ajudou a financiar a construção dos templos evangélicos. Por estas e outras razões, a maçonaria goza de alta aceitação em meio a certas denominações protestantes do Brasil, contando até com defensores entre os pastores nacionais.[19] O testemunho sincero do Pr. José Motta reflete uma experiência que não é incomum. Sendo convidado para requerer seu ingresso na maçonaria, o jovem pastor batista foi visitado por um respeitado advogado cristão:
... ele foi me dizendo que também era maçom e que muito se orgulhava de sê-Ia, pois não via inconveniência para nós, crentes em Jesus; pelo contrário, as coisas se tornam mais fáceis para a penetração na sociedade como maçons e a nossa influência como crentes se torna mais acentuada e respeitada... [No dia em que o PI. Motta, com 23 anos, declarou que queria entrar para a maçonaria:] Vi-me cercado por homens da alta sociedade, dentre eles médicos, generais de Exército, aposentados, professores, advogados e outros... Foram momentos agradáveis.
... Agora eu sou maçom. Inicia-se, assim, uma nova etapa na minha vida. Dediquei-me aos trabalhos. Fazia algumas palestras e nessas fazia menção da Bíblia... Louvado seja Deus! A nossa casa era o centro dos encontros. Visitas não faltavam. Famílias e maçons e outros amigos, inclusive de freiras, eram as constantes visitas. Na Loja, pela dedicação na área de assistência social e na educação de adultos, fui galgando os degraus... Sentia-me útil e sabia que, em tudo isso, Deus estava me projetando para o futuro, preparando-me para a Sua Obra.[20]
Tipicamente, os argumentos de maçons evangélicos são que a maçonaria: (1) é uma fraternidade benemérita e não-religiosa; (2) gera respeito para a presença evangélica entre pessoas de alto gabarito; e (3) abre caminho para servir a Deus na sociedade em geral.
Nem todos os evangélicos no Brasil manifestam o mesmo entusiasmo. Algumas denominações são explícita ou implicitamente anti-maçônicas. Em 1903, a Igreja Presbiteriana Independente formou-se sob a liderança de Eduardo Carlos Pereira, separando-se da Igreja Presbiteriana Sinodal (Presbiteriana do Brasil) principalmente devido à questão da loja. A Igreja Luterana Concórdia também se destaca por ser contra a maçonaria. De modo menos agressivo, a Igreja Batista Pioneira continua distinguindo-se' dentro da Convenção Batista Brasileira, em parte devido a essa causa. Com poucas exceções, as denominações teologicamente mais conservadoras fundamentalistas, holiness (Metodista Livre e Wesleyana) e pentecostais (Assembléia de Deus; Igreja Quadrangular, com exceções) - posicionam-se contra a maçonaria, enquanto as igreja evangélicas tradicionais permitem que seus membros afiliem-se às lojas.[21]
Hoje, apesar de ter uma história marcada pela fragmentação, o conjunto das ordens maçônicas do Brasil é uma das grandes potências mundiais da sociedade, consistindo na maior dos países latinos (europeus e americanos), com cerca de 150.000 membros.[22] O novo Palácio Maçônico de Brasília do Grande Oriente do Brasil - a ordem maçônica mais numerosa do país, possuindo por volta de 100.000 membros - foi inaugurado em dezembro de 1992. A cerimônia foi assistida por um grupo de maçons que incluía 120 parlamentares federais e Maurício Corrêa (Ministro da Justiça), o qual, por sua vez, representou o Presidente da República Itamar Franco (Fernando Collor também é maçom).[23] No ano 2000, a Conferência Internacional dos Grandes Soberanos Comendadores acontecerá no Brasil e, conforme a entrevista de Ano Zero com Venâncio Igrejas, o Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33, “muitos acreditam que o Brasil será um dos países que sediará o advento de uma nova Consciência no século XXI”.[24] Através das Ordens DeMolay e Arco-Íris, dedicadas aos jovens, a influência da maçonaria no Brasil, ao contrário de em outras partes do mundo, parece cada vez mais forte.
Certamente, a presença maçônica está deixando sua marca nas igrejas evangélicas do país. O poder dos maçons na organização de certas denominações é tão marcante que, às vezes, na expressão frustrada de um líder nacional, “parece que há uma hierarquia [maçônica] por trás da hierarquia [denominacional]”. Fundados ou não, existem boatos entre jovens pastores de que, sem ser maçom, não se consegue subir nas estruturas eclesiásticas. Portanto, a questão da maçonaria na igreja evangélica é importante e urgente, acarretando conseqüências para o futuro que nem todos querem reconhecer - posicionando-se seja a favor ou contra.
Esta prolongada introdução leva-nos ao propósito do artigo: analisar a compatibilidade entre a filosofia maçônica e as afirmações centrais da fé evangélica. Não procuraremos julgar a irmandade maçônica em si, nem negar que há indivíduos nas lojas os quais desconhecem ou discordam dos ensinos em geral proferidos dentro das ordens. Responderemos às seguintes perguntas:
1. É possível ter um conhecimento definido sobre a filosofia maçônica?
2. A maçonaria é uma religião?
3. Qual é o lugar que a Bíblia ocupa?
4. Quem é o Deus da maçonaria?
5. Qual é o lugar de Jesus Cristo?
6. Como alguém é salvo?
7. Existem vínculos entre a maçonaria e as religiões ocultas? Na conclusão, faremos observações sobre o relacionamento entre o evangelismo e a maçonaria no Brasil.
1. É Possível Ter um Conhecimento Definido Sobre a Filosofia Maçônica?
Basicamente, os maçons apresentam três alegações defendendo sua posição de que o não-maçom não sabe seus ensinos. Em primeiro lugar, como a confraria é uma sociedade secreta histórica e geograficamente variada em suas formas, o não-maçom simplesmente não tem acesso ao conhecimento claro de seus rituais, símbolos e ensinos. Em segundo lugar, existe uma grande quantidade de livros que se projetam como representantes da verdadeira maçonaria, quando, de fato, em geral não são aceitos pelas lojas, ofuscando assim qualquer imagem distinta pelo público. Finalmente, de acordo com o escritor maçom Alphonse Cerza, não existe uma autoridade final na maçonaria: “Os anti-maçons têm dificuldades em entender que a maçonaria não possui uma 'voz oficial', e que a liberdade de pensamento e expressão é um dos princípios essenciais da Ordem”. [25]
Admitindo que a maçonaria não exalta um livro ou líder como autoridade absoluta e universal, ainda assim ninguém negaria que as ordens e lojas reconhecem autoridades - o que é comprovado pelo fato de que 90% da maçonaria mundial pertence ao Rito Escocês Antigo e Aceito, com seus Supremos Conselhos do 33° Grau. Na verdade, existem várias autoridades: (1) os Landmarks (25 fundamentos absolutos);[26] (2) a Constituição e os regulamentos gerais das ordens, determinados pelos Supremos Conselhos; (3) o Ritual em si - especialmente o da Loja Azul (os três passos básicos de todos os Mestres-Maçons de qualquer rito ou ordem);[27] (4) o Supremo Grande Comendador da Ordem e o Grão-Mestre da loja; e (5) um fato patentemente comprovado mediante extensas pesquisas, há livros reconhecidos e usados no mundo inteiro. Por ordem de preferência nos Estados Unidos, as três obras mais empregadas são: Coil's Masonic Encyclopedia (Enciclopédia Maçônica de Coil”); The Builders (“Os Construtores”), de Joseph Fort Newton; e Mackey's Revised Encyclopedia of Freemasonry (“Enciclopédia Revisada de Maçonaria de Mackey”).[28]
No Brasil, é surpreendente o número de bibliotecas e livrarias (de volumes novos e usados) - especialmente espíritas - que estão repletas de literatura maçônica, incluindo as obras "secretas" da Editora Maçônica. Encontram-se acessíveis ao pesquisador não-maçom dezenas de livros escritos por autoridades maçônicas brasileiras, tais como Jorge Adoum (o Mago Jefa), Nicola Aslan (33°), Joaquim Gervásio de Figueiredo (33°), Manoel Gomes (33°), Rizzardo da Camino (33°) e Zilmar de Paula Barros (33°) - além de muitos outros autores traduzidos em língua portuguesa.[29] Embora os maçons neguem a autoridade absoluta de qualquer um desses indivíduos, não se pode deixar de admitir que a maior parte de seus escritos é representativa da prática e do ensino da maçonaria brasileira (reconhecendo algumas diferenças entre as ordens). Com os documentários e as obras públicas sobre a sociedade, além dos vários livros evangélicos de ex-líderes maçônicos que asseveram expor os segredos da sociedade, existem boas bases para a pesquisa.[30] Tudo isso refuta o argumento de que somente os maçons possuem acesso à sua filosofia.
2. A Maçonaria É uma Religião?
Uma das imagens mais divulgadas pela Loja é a de que a maçonaria não possui dogmas ou credos, sendo que apóia toda religião civil e deixa o indivíduo maçom livre para ter suas próprias convicções de fé. Nas palavras de Venâncio Igrejas, a voz mais autorizada do Brasil: “Nos templos não discutimos política e religião”.[31] A Ordem rejeita categoricamente o ateísmo e diz que apóia a religião da cultura dentro da qual funciona, pretendendo apenas o melhoramento do caráter e da moral de seus membros. Sobre essa diversidade religiosa, Nicola Aslan (33°), em seu Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, comenta:
A respeito da religião da Maçonaria, as opiniões são muito divididas entre os Maçons e elas dependem, em grande parte, das tendências religiosas e filosóficas que norteiam as obediências e os ritos maçônicos.
Assim, a Maçonaria anglo-saxônica, em grande parte protestante, é considerada profundamente religiosa e teísta, como o Rito de York... Julga-se geralmente a Maçonaria francesa como racionalista, porque, através do Rito Moderno, permite a iniciação a pessoas sem crença definida, considerando que as opiniões religiosas são questões de foro íntimo, enquanto o Rito Escocês Antigo e Aceito, embora exija a crença em Deus do candidato, é denominado deísta...32
Aslan está parcialmente correto. A religiosidade da loja local depende de vários fatores. Muitas vezes, especialmente nos graus mais baixos, a religião aparece apenas como um elemento periférico da função da loja. Outras vezes, a ênfase teológica (implícita ou explícita) pode variar desde o panteísmo e o ocultismo até um teísmo ecumênico e semi-cristão - por exemplo, no sul dos Estados Unidos. Com certa freqüência, os anti-maçons ignoram a diversidade dos ritos e formas práticas das lojas nesse sentido.
Por outro lado, a palavra religião tem uma definição geral que os defensores da maçonaria não podem ignorar. Na obra The Encyclopedia of Philosophy (“Enciclopédia de Filosofia”), encontramos a descrição de nove marcas da religião: (1) a crença num ser ou seres sobrenaturais; (2) a distinção entre objetos sagrados e profanos; (3) atos rituais orientados para esses objetos; (4) um código moral com sanção divina; (5) sentimentos religiosos despertados por objetos ou rituais sagrados e relacionados, em teoria, com um deus ou deuses; (6) a oração; (7) uma cosmovisão que engloba o lugar do indivíduo no mundo; (8) a organização da vida ao redor dessa cosmovisão; (9) um grupo social que é unificado pelas características acima.[33] Conforme Ankerberg e Weldon claramente documentam, a maçonaria caracteriza-se por cada uma dessas qualificações.[34] Por isso, a grande maioria dos líderes admite que a maçonaria é, na verdade, uma religião:
A maçonaria pode afirmar corretamente chamar-se uma instituição religiosa... Veja seus antigos landmarks, suas cerimônias sublimes, seus profundos símbolos e alegorias - todos inculcando uma doutrina religiosa, ordenando uma observância religiosa e a verdade religiosa, e quem pode negar que ela é eminentemente uma instituição religiosa?.. Abrimos e fechamos nossas lojas com uma oração; invocamos a bênção do Altíssimo sobre todos nossos trabalhos; exigimos de nossos neófitos uma profissão de fé confiante na existência e no cuidado providencial de Deus. (Mackey) [35]
Rizzardo da Camino, no Dicionário Maçônico, declara abertamente: “A Maçonaria é uma Religião, no sentido estrito do vocábulo, isto é, na 'Harmonização' da criatura ao Criador. É a Religião [sic.] Maior e Universal”.[36] Joaquim Gervásio de Figueiredo, no Dicionário de Maçonaria, define a irmandade da seguinte maneira:
Maçonaria: “É um sistema sacramental que, como todo sacramento, tem um aspecto externo, visível, consistente em seu cerimonial, doutrinas e símbolos, e outro aspecto interno, mental e espiritual, oculto sob as cerimônias, doutrinas e símbolos, e acessível só ao maçom que haja aprendido a usar sua imaginação espiritual e seja capaz de apreciar a realidade velada pelo símbolo externo”. [37]
Existem dezenas de declarações paralelas.[38] Conquanto haja divergências (uma face pública, outra interna), grande parte da literatura maçônica sem dúvida no Brasil - sustenta abertamente a natureza religiosa da fraternidade. No Brasil, o fato de se descobrirem, em livrarias e bibliotecas, obras sobre a maçonaria junto com livros acerca de esoterismo, ocultismo e religião comprova o consenso público nessa questão. De fato, em quase todos seus escritos, a maçonaria apresenta-se como a essência da religião.[39]
3. Qual é o Lugar Que a Bíblia Ocupa na Maçonaria?
Às vezes, os cristãos maçons destacam que a maçonaria especulativa foi iniciada por dois pastores e, assim, é essencialmente cristã em seus fundamentos. Pelo menos, não contradiz nada do que o cristianismo promulga. Na revista maçônica New Age, Winston Watts (32°) expõe a procura da verdade, afirmando que, "na maior parte, nossa busca está centrada na Bíblia Sagrada, a fonte principal de nosso conhecimento".[40] Em virtualmente todos os dicionários maçônicos, a Bíblia - "o Livro da Lei"é exaltada como "um dos grandes Luzeiros da Maçonaria",[41] um elemento importantíssimo dos móveis da loja ocidental, sobre o qual todo cristão iniciado faz seu juramento. Em parte, é com base em certas figuras bíblicas - por exemplo, São João Batista, São João Evangelista, João Marcos e o artífice Hirãm-Abitt (ou Hirão Abi, 1 Rs 7.13-14; 2 Cr 2.13-14) - que a maçonaria desenvolveu suas mitologias e rituais.
Em toda a literatura maçônica (Ritos York e Escocês), entretanto, dificilmente se descobre qualquer afirmação acerca da única inspiração verbal ou da autoridade soberana das Escrituras. Sem exceção, os autores fazem questão de insistir que a Bíblia é apenas um livro sagrado, usado como metáfora da vontade divina e da lei natural. Na Coils Masonic Encyclopedia, a obra mais autorizada nos Estados Unidos, lemos: “A opinião maçônica prevalecente é de que a Bíblia constitui apenas um símbolo da vontade, lei ou revelação divina, e não que seu conteúdo é lei divina, inspirada ou revelada”.[42]
Naturalmente, sendo um símbolo, a Bíblia precisa de interpretação. Zilmar de Paula Barros, em A Maçonaria e O Livro Sagrado, declara que, “com a morte física de Jesus, perdeu-se a PALAVRA. E, entre as múltiplas finalidades. da Maçonaria, está buscar a 'palavra perdida...', ou seja TRAZER A HUMANIDADE A VERDADEIRA INTERPRETAÇAO DA MENSAGEM EVANGÉLICA DE JESUS![43] Martin Wagner, um perito em maçonaria, observa o seguinte: "Todos os maçons eminentes afirmam que existe um véu sobre as Escrituras, o qual, quando removido, as torna claramente concordes com os ensinamentos maçônicos, e em harmonia essencial com outros livros [sagrados]”.[44] Logo, a filosofia maçônica constitui o par de óculos através do qual tudo é filtrado.
Apesar da ênfase na Bíblia Sagrada, os livros esotéricos freqüentemente recebem mais atenção. Em suas instruções sobre os três primeiros graus (Loja Azul) no Brasil, Nicola Aslan explica:
A Bíblia e a Cabala fornecem o mais poderoso contingente para o enriquecimento do simbolismo maçônico, e o Ocultismo, abrangendo o conjunto dos sistemas filosóficos e das artes misteriosas derivadas dos conhecimentos dos antigos, deu também abundante contribuição.[45]
Quase sempre, a verdadeira sabedoria (antiga) é descoberta no misterioso e oculto, seguindo o gnosis, a iluminação, a numerologia e, especialmente, a cabala (misticismo judaico).[46] Diante da mistura de religiões sincretistas que predominam na literatura maçônica, a Bíblia fica subjugada a interpretações diversas por meios místicos e alegóricos. Por outro lado, ninguém defende uma interpretação objetiva e histórico-gramatical. A Bíblia é aproveitada por sua ética e como símbolo divino, sem encorajar qualquer interpretação doutrinária de seu conteúdo. De fato, muitas seitas consideradas heréticas são mais fiéis ao significado do texto bíblico do que os escritos maçônicos.
4. Quem É o Deus da Maçonaria?
O Deus maçônico é denominado o Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.) - o Ser Supremo, Criador ou Força Cósmica da existência e preservação. O Landmark 19 proclama: “A negação da crença do G.A.D.U. é impedimento absoluto e insuperável para a iniciação”.[47] Propositadamente, a definição é ambígua o bastante para englobar todos os conceitos de Deus sustentados pelas religiões - não apenas as teístas (judaica, cristã e islâmica), mas também as dualistas (taoísta, zoroastriana) e as panteístas (gnóstica, espírita, hindu e budista). Sem dúvida, no início da história da maçonaria especulativa, as pressuposições eram mais teístas, como continuam sendo para os cristãos que se envolvem na loja. Ironicamente, foram os reverendos anglicanos James Anderson e John Desagulliers, elaboradores da primeira Constituições (1723), que abriram a maçonaria para todas as crenças e descristianizaram a linguagem maçônica, procurando uma estrutura teológica mais universal.[48] Entretanto, a nível popular, dentro das culturas “cristãs” - cada vez menos, porém - o Grande Arquiteto do Universo continua a ser cultuado como um Ser soberano, inteligente, moral e, em certo sentido, pessoal. Assim como o antigo liberalismo do século passado, a maçonaria proclama “a paternidade do Pai e a fraternidade ao homem”. Semelhantemente, também, a essência da religião define-se mais pela ética do que por qualquer crença em afirmações doutrinárias.[49] Logicamente, tais afirmações já pressupõem uma cosmovisão e uma teologia geral que se encontram expressas em muitos escritos, como no Dicionário de Gervásio de Figueiredo:
Não obstante a imensa diversidade de seus cultos externos, todas as religiões apresentam uma base comum em seus internos princípios morais, filosóficos e místicos. Com efeito, o estudo comparativo das religiões demonstra serem idênticos os seus ensinamentos fundamentais sobre a Divindade, o homem, o universo, a vida futura, porém adaptados à época e ao povo a que se destinaram... Seus imortais fundadores foram todos Mensageiros da Verdade única, que deram à humanidade seu evangelho de União e Fraternidade, para que através do Amor as almas se religuem entre si e ao Supremo. Todos eles foram unânimes em proclamar a Paternidade de Deus e a Fraternidade dos homens. Tal foi, em essência, a mensagem de Vyâsa, Hermes, Trismegisto, Zarathustra, Orfeu, Krishna, Moisés, Pitágoras, Platão, Cristo, Maomet e outros. [50]
O conceito de Deus nos escritos da maçonaria é uma mistura de tudo, de gnosticismo, druidismo, luciferianismo, hinduísmo, taoísmo, zoroastrismo, iluminismo, cristianismo liberal e Nova Era. Mackey declara: “A religião da maçonaria é cosmopolita, universal... 'Esteja certo', diz Godfrey Higgins, 'de que Deus está igualmente presente com o piedoso hindu no templo, o judeu na sinagoga, o muçulmano na mesquita e o cristão na igreja'”.[51] Contudo, por trás do pluralismo, existe uma crença fundamental, articulada por Aslan:
...é absolutamente necessário fazer abstração de todo fanatismo como de todo preconceito religioso ou anti-religioso, posto que estas veneráveis tradições são os “ecos” dos velhos dados da antiga ciência dos Iniciadores, tão intimamente ligada, então, às Religiões que é quase impossível separá-las de sua Mãe.[52]
Ou seja, todas as religiões são representações das antigas e primitivas verdades, destiladas no ensino da maçonaria, que é, em última instância, a Mãe de todas as religiões. Deus, o G.A.D.U., é o Deus buscado e manifestado por todas as religiões. Infelizmente, tal representação - popular no romantismo otimista dos séculos XVIII e XIX - ignora um fato muito patente: seu conceito de Deus determina sua ética. É impossível unificar as definições mais variadas de Deus em torno de uma ética fraternalista: o pacifismo social do hindu, a ética vindicativa do muçulmano e o amor autosacrificial ativo do cristão encontram-se diretamente relacionados com contraditórios conceitos de Deus.
Talvez uma das acusações mais fortes contra a loja seja a seguinte: no grau do Real Arco do Rito de York, quando o maçom supostamente encontra a Arca da Aliança perdida nas ruínas do templo salomônico, descobre-se o verdadeiro nome de Deus como sendo JABULOM. Tal nome, segundo o próprio H. W. Coil, é uma associação de lahweh (o Jeová do Antigo Testamento), Ba'al ou Bel (o deus cananita) e Om (Osiris, o deus-sol do Egito)[53] - o que um autor chama de “Não-Santíssima Trindade”.[54] Outros observam que, no Rito Escocês, no 17° Grau dos Conselhos de Cavaleiros do Oriente e Ocidente, há também a “palavra sagrada” Abadom; este nome divino na maçonaria é o nome do rei ( ou anjo) do abismo, em Apocalipse 9.11.[55]
Embora a maçonaria encoraje um pluralismo da conceituação de Deus, conforme vários autores afirmam, há cada vez menos lugar para o Deus tripessoal da Bíblia. A idéia do Logos e da Trindade é vista de uma forma gnóstica e alegórica, distante da Confissão de Nicéia, como vemos na exposição do 4º Grau por Jorge Adoum [56]. Embora nem todos o façam, alguns eruditos maçônicos, tais como Albert Pike [57], presunçosamente atacam o cristianismo clássico com os argumentos comuns do século XIX, alegando um politeísmo que formou o judaísmo antigo, a base pagã do trinitarismo, e pregando um deísmo otimista característico daquela época. Num novo documentário, Robert A. Morey, um autor bastante objetivo, declara o seguinte:
Centenas de livros maçônicos que atacam o cristianismo e ensinam abertamente o paganismo são publicados, apoiados e recomendados por altos oficiais, lojas estaduais e conselhos supremos. É-nos dito que isso é adequado, porque a Ordem deve ser universal em seu apelo, e cada maçom pode interpretar a palavra “Deus” e os símbolos da confraria da maneira como quiser.
Entretanto, quando um cristão maçom procura oferecer uma interpretação cristã dos rituais e símbolos da confraria, ele é proibido de assim o fazer!... Para cada escritor maçom que diz que a maçonaria não é uma religião, há cinco escritores maçons afirmando que é uma religião pagã... todos eles concordam que o cristianismo está errado e que seus ensinamentos não devem ser permitidos na loja...
Se a maçonaria continuar na direção em que parece estar indo, então os cristãos maçons devem abandonar a Ordem, porque ela vem se tornando uma religião pagã, ocultista, hostil ao cristianismo.[58]
Concluímos que, embora alguns indivíduos e até certas lojas locais sustentem uma definição da divindade mais próxima do cristianismo histórico, a grande maioria ignora ou rejeita a perspectiva bíblica de Deus. Dificilmente se pode negar que, nas águas turvas do ritual e do símbolo maçônicos, há implicações sinistras sobre o entendimento de Deus para o cristão verdadeiro.
5. Qual É o Lugar de Jesus Cristo?
Diante de um conceito ambíguo e unitariano de Deus, seria correto esperar pouco sobre o Redentor. Ao buscarmos informações acerca de Jesus Cristo nos dicionários e enciclopédias maçônicos - Coil, Mackey, Macoy, Gervásio de Figueiredo, Rizzardo da Camino, Aslan - descobrimos uma ausência quase total de dados a esse respeito. Quando se procuram referências sobre Jesus Cristo, a cruz ou outros ensinos especificamente cristãos nas próprias citações bíblicas dos rituais e cerimônias maçônicos, percebe-se logo que todas foram omitidas - tiradas do meio dos trechos (e. g. At 4.11; 2 Ts 3.6, 12; 1 Pe 2.4-8, onde a pedra angular é o verdadeiro maçom).[59] Embora as reuniões maçônicas incluam a oração, é absolutamente proibido orar no nome de Jesus. Eles até mesmo modificaram o calendário baseado no advento de Cristo, aceito no mundo inteiro, para um sistema irreligioso: “Os maçons, ao fixar datas em seus documentos oficiais”, diz Mackey, “nunca fazem uso da época comum ou era vulgar, mas têm uma que lhes é peculiar...”[60] Paradoxalmente, em alguns casos, os mesmos dicionários que omitem Jesus Cristo contêm artigos substanciais sobre dezenas de outros religiosos antigos e modernos - Jonas, Ezequiel, Orfeu, Pitágoras, Zoroastro, Emmanuel Swedenborg, Annie Besant, Helena Blavatsky etc. Isso sugere, no mínimo, a irrelevância de Jesus Cristo na filosofia maçônica.
Em alguns 'aspectos, a maçonaria evidencia implicações ainda mais preocupantes: por um lado, a divindade de Cristo é negada e, por outro, a divinização do homem é afirmada. Rizzardo da Camino define Cristo da seguinte maneira: “É a denominação de um 'estado de alma' que se encontra na parte espiritual do ser humano. Jesus atingiu esse 'grau' na Cruz e por isso foi denominado de Jesus o Cristo. É erro dizer-se 'Jesus'... Cada cristão pode ter em si o Cristo...”[61] Se as evidências acima forem conclusivas de que Deus normalmente é conceituado em categorias deístas, ocultas e panteístas, então é impossível que Jesus Cristo seja o Filho unigênito de Deus. Ele se torna apenas “um grande mestre de moralidade” ou protótipo de divinização - algo corroborado por vários dos principais autores maçons.[62] Entretanto, apesar das múltiplas negações da divindade de Jesus Cristo, os cristãos maçons ressalvam que tais não passam de diferenças de convicções religiosas, todas permitidas sob o teto maçônico; assim, uma posição é igual à outra.
Uma história recente toca nesse ponto. O Venerável Mestre James Shaw (33°) era um orador experiente da cerimônia do Cavaleiro Rosa-Cruz (18° grau do Rito Escocês), que é praticada toda quinta-feira da Semana Santa. Conforme havia feito muitas vezes, mas agora como um cristão recém-convertido - estando todos vestidos em mantos pretos e encapuzados – ele começou a conduzir o ritual: “Encontramo-nos neste dia para comemorar a morte de nosso 'Sapientíssimo e Perfeito Mestre', não como inspirado ou divino, pois isto não compete a nós decidir, mas como pelo menos o maior dos apóstolos da humanidade”. A mesa em forma de cruz, sobre a qual há rosas vermelhas, é o lugar onde o mestre dirige a ceia maçônica, com vinho e pão: “Comei e dai de comer a quem tem fome... Bebei e dai de beber a quem tem sede”. Depois de apagar todas as velas do candelabro, com exceção de uma, o mestre anuncia a morte do “Sapientíssimo e Perfeito Mestre” - “Ele está morto! Lamentai, pranteai e chorai, pois ele se foi” e apaga a última vela, tudo terminando em escuridão.[63] Embora Shaw tivesse conduzido esse mesmo ritual diversas vezes, nesta ocasião ele estava tremendo e com náusea, reconhecendo o significado cristológico do que fazia: “Tínhamos dramatizado e comemorado a extinção da vida de Jesus, sem mencionar sequer uma vez seu nome... Eu havia acabado de chamar Jesus de 'um apóstolo da humanidade' que não era inspirado nem divino”. Logo depois, Shaw renunciou à loja.[64] Sua conclusão foi que o sentido anticristão não representava apenas uma facção maçônica ocultista declarada, mas certos rituais e ensinos básicos da maçonaria são deliberadamente antagonistas à fé cristã.
6. Como Alguém É Salvo na Maçonaria?
Quando o iniciado (chamado profano) participa do primeiro grau de Aprendiz-Maçom, confessa-se que ele (vendado, nesse momento) vivia nas trevas e estava cego, mas, agora, deseja entrar à verdadeira luz da maçonaria.[65] Não há nenhuma exceção para o cristão. Enquanto a irmandade não articula publicamente um caminho de salvação, existem pressuposições inegáveis - vistas desde o primeiro rito até o sepultamento de cada maçom. A perspectiva soteriológica da maçonaria é percebida através de quatro conceitos, os quais orientam toda sua prática: (a) a natureza do homem; (b) a aceitação de Deus; (c) a vida vindoura; e (d) o proselitismo evangélico.
a. A natureza do homem. O cristianismo clássico confessa a verdade irônica de que o ser humano, sendo criado na imagem de Deus, é ontologicamente superior e separado das outras criaturas terrestres. Ao mesmo tempo, porém, ele é espiritualmente rebelde e corrupto, afastado de Deus e morto em suas transgressões - ou seja, ele é moralmente o pior ser terrestre. Apesar de suas muitas instruções moralistas, a maçonaria é marcada por uma ausência total dos conceitos de pecado e arrependimento (nem possui tais palavras em seus dicionários). Em vez de estar separado do G.A.D.U., o homem é visto como apenas imperfeito e não-iluminado, algo simbolizado na Pedra Bruta (cubo polígono) do Aprendiz, que nos graus seguintes é burilada e polida: “Símbolo da Idade Primitiva e, portanto, do homem em estado natural e sem instrução, a Pedra Bruta é a imagem da alma do profano antes de ser instruído nos mistérios maçônicos”.[66] O profano, ou não-maçom, não está derradeiramente perdido, mas encontra-se apenas mais longe de Deus do que a elite fraternal da maçonaria, que possui a responsabilidade de construir “o Templo da Humanidade”. A loja é o meio através do qual os homens podem melhorar a si mesmos e procuram “levantar templos à Virtude e cavar masmorras ao vício”.[67] Assim, a maçonaria pressupõe essencialmente a natureza boa de cada ser humano, mas esta natureza precisa de um despertamento e de uma iluminação por meio da filosofia da fraternidade.[68] Obviamente, não há necessidade e nem motivo para a propiciação de pecados mediante a morte de Jesus Cristo na cruz.
b. A aceitação de Deus. “A maçonaria”, afirma J. S. M. Ward, “ensina que cada homem, por si mesmo, pode desenvolver seu próprio conceito de Deus e, assim, alcançar a salvação”.[69] Sem dúvida, a maçonaria promulga a idéia de que, através de seus próprios esforços, o homem é aperfeiçoado e torna-se digno perante o G.A.D.U. A regeneração, ou conversão, é essencialmente um processo da alma humana.
A doutrina da regeneração foi ensinada, nos Antigos Mistérios, por símbolos: não é, porém, o dogma teológico da regeneração peculiar à Igreja Cristã, mas o dogma filosófico de uma mudança da morte para a vida, isto é, um novo nascimento para a existência imortal... É esta a doutrina ensinada nos Mistérios maçônicos, e muito especialmente no simbolismo do Terceiro Grau [ressurreição de Hirãm-Abif]. Não precisamos dizer que o Maçom se acha regenerado pelo fato de ter sido iniciado, mas tão-somente que foi doutrinado na filosofia da regeneração, ou na do renascimento de todas as coisas - da luz surgindo das trevas, da vida nascendo da morte, da vida eterna em substituição da vida transitória.[70]
Rizzardo da Camino acrescenta: “A finalidade precípua da Maçonaria é o ato regenerativo. A reconstrução do ser humano, da Natureza, do Cosmos, são os ideais maçônicos”.[71] Se alguns expositores da maçonaria falam de uma salvação realizada por uma progressão que envolve o auto-aperfeiçoamento e boas obras, outros, como Albert Pike, avançam mais um passo, já visto anteriormente: “Em cada ser humano, o Divino e o Humano estão entrelaçados”, e “a maçonaria é a subjugação do Humano pelo Divino que está no homem”.[72] Como Pike, Gervásio de Figueiredo pressupõe a divindade inata de cada homem: “Deus é a alma de tudo... Deus e o mundo são apenas um”.[73] Diante das múltiplas afirmações maçônicas sobre a natureza da salvação, muitos autores concluem que a soteriologia maçônica é antiética à fé evangélica, conforme articulado pelo escritor maçônico E. A. Coil:
O fato de a diferença fundamental entre os princípios incorporados nos credos históricos da cristandade e aqueles de nossas ordens secretas modernas não ter sido claramente refletida é indicado pela evidência de que muitos comprometem-se com ambos. Há maçons que, nas igrejas, aderem à doutrina de que "somos considerados justos perante Deus apenas pelo mérito de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pela fé, e não por nossas próprias obras e merecimentos", e entusiasticamente juntam-se ao coro dos hinos nos quais essa idéia é expressa. Então, em suas reuniões maçônicas, exatamente com o mesmo entusiasmo, eles assentem à seguinte declaração: "Embora nossos pensamentos, palavras e ações possam ser ocultos dos olhos dos homens, ainda assim aquele Olho-Que-Tudo-Vê, a quem o sol, a lua e as estrelas obedecem... penetra nos recantos mais íntimos do coração humano, e nos recompensará de acordo com nossos méritos". Uma criança pequena, assim que se chame sua atenção para o assunto, deve ser capaz de perceber que é impossível harmonizar a frase do credo aqui citada com a declaração extraída da admoestação de uma de nossas maiores e mais eficazes ordens secretas, e encontrada, na totalidade, nas liturgias de todas, ou quase todas, as outras... Uma dessas afirmações exclui a outra. Os homens não podem coerentemente anuir a ambas.[74]
Na maçonaria, a salvação do homem é alcançada sem Jesus Cristo. O ser humano alcançará a perfeição e a aprovação divina através de seus próprios esforços moralistas, senão por sua própria divinização.
c. A vida vindoura. O Landmark n° 20 declara que, de cada maçom, “é exigida a crença de uma vida futura”.[75] A imortalidade da alma é uma das doutrinas mais importantes da confraria. Por isso, tendo obtido a permissão da família, os maçons exigem o controle exclusivo sobre o último rito do irmão falecido. Embora os rituais fúnebres variem, todos declaram que
domingo, 3 de julho de 2011
PASTOR OU LOBO?
Conheci um pastor há algum tempo, quando o G12 estava no auge. Eu buscava uma líder a quem eu pudesse me submeter, pois o movimento assim o exigia. Ele logo se interessou mesmo sem me conhecer. Fui apresentado por outro pastor. Esse irmão que queria montar os seus 12, como a visão exigia, logo logo se demonstrou um grande lobo em pele de cordeiro. Fazia movimentos para arrancar o dinheiro das suas ovelhas e ainda dizia: “o povo gosta é disso”. Ele mesmo nos dissera em um dos nossos encontros, num restaurante: “um dos moradores vizinhos da igreja fez um comentário, didendo que eu só falto arrancar o coro das minhas ovelhas”. Ora, se um ímpio faz um comentário desses a respeito do que ele anda fazendo com suas ovelhas, imagine as suas próprias ovelhas que são as vítimas. Lembro-me que na época ele perdera muitos irmãos, inclusive empresários, que migraram para outras igrejas, ou se afastaram. Era tão avarento que entrou pelo caminho do misticismo, seguindo as igrejas neopentecostais. Lembro-me que certa vez ele deu uma vassoura a cada família de sua igreja, e esta deveria levar para casa para varrer a sujeira, simbolizando a limpeza espiritual da família, e, evidentemente deveriam trazer a vassoura de volta com uma boa oferta. Esse pastor fez um evento em um ginásio de esportes o qual deveria ser pago. Imaginem! Um evento para evangelizar ou ensinar a Palavra de Deus, e você ter de pagar! Após o evento ele fez uma reunião com os seus obreiros, na qual se lamentava dizendo que o ginásio estava vazio. Não era pra menos. O povo é bobo, mas nem tanto. O Apóstolo Paulo já dizia: “Nós não somos como tantos que mercadejam a Palavra”. Vergonhoso. O Senhor disse em Mateus 7, que pelos frutos os conhecereis. São lobos tomando conta de ovelhas. O que vai acontecer com um rebanho desses? Inevitavelmente será espalhado. No dia em que lhe comuniquei o meu afastamento das reuniões que ele fazia com os pastores, e naturalmente sairia da sua cobertura espiritual, pois me afastei do G12, ele se tornou meu inimigo. Por que se tornara meu inimigo? Eu não lhe fiz nenhum mal, e não me lembro de ter falhado em nenhum momento com ele. Provavelmente foi porque deixei de dar as primícias (1/30avos daquilo que entrava do meu honorário), como eu fazia todo mês. Isso é impressionante. Esses pastores do G12 não estão satisfeitos com os seus salários e inventam todo tipo de artifícios para arrancar o dinheiro de suas ovelhas. O dízimo e as ofertas que elas dão na igreja não são suficientes, tem que dar as primícias para os pastores. Já dei várias vezes as primícias a esse pastor, inclusive a outro pastor também. Não sei como a gente se deixa enganar tanto. Imagine se nós pastores somos enganados, quanto mais as ovelhas. É muita malandragem dentro da Igreja de Deus. “Pelos frutos os conhecereis.” Como se livrar desses lobos devoradores, avarentos? Reconhecemos que não é fácil. É preciso conhecimento bíblico e discernimento espiritual. Que o Senhor nos livre dessas cobras.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Deus não falha!
Eu sei em quem tenho crido, e estou bem certo que é poderoso para fazer muito mais...
sexta-feira, 15 de abril de 2011
QUEM TEM O CONTROLE?
Quero fazer-lhe uma pergunta: Quem está no controle de tudo quanto se passa no mundo? Deus ou Satanás? Muita gente pensa que Deus é somente rei no céu, porém não pensa que Ele é o criador do mundo e também não acreditam que o controle todas as coisas que acontecem nele. Algumas pessoas acham que o mundo funciona como uma máquina, obedecendo as leis da natureza. Outros consideram que o homem pode controlar o que lhe acontece usando seu próprio livre arbítrio.
Mas me deixe fazer-lhe novamente a pergunta: Quem está no controle de tudo quanto se passa no mundo? É Deus ou Satanás? Quando olhamos para o que se passa no mundo, facilmente poderíamos concluir que Satanás está no controle, isso devido a que existe tanta confusão e pecado. Vemos que as coisas vão de mal em pior; continuamente ouvimos falar em guerras e revoluções; sabemos que há uma grande inquietude e temor no mundo. A maioria das pessoas permanecem na ignorância a respeito da verdade de Jesus Cristo, e muitos pensam que cristianismo é um fracasso. Ainda alguns que se identificam como crentes, têm sugerido que, embora Deus queira salvar às pessoas, não pode fazê-lo, porque essas mesmas pessoas não O deixam! Tudo pareceria indicar que Satanás tem mais controle do que Deus tem.
Os crentes, mais do que ninguém, não deveriam pensar desta maneira.
Os crentes não devem interpretar o que acontece só pelo que seus olhos vêm, senão que devem interpretar as coisas através da fé. ("Porque andamos por fé, e não por vista", 2 Co 5:7). Os crentes acreditam no que Deus tem falado na Bíblia, e a Bíblia sempre tem advertido que o que está acontecendo no mundo é o que devia suceder (porque assim foi determinado por Deus desde o princípio). A Bíblia diz que as pessoas não convertidas sempre estarão em rebelião contra a autoridade e a lei de Deus. Assim sendo, não deveria surpreender-nos quando a gente despreza a Deus mesmo, porque Ele é a autoridade suprema e o doador da lei. A Bíblia anuncia que é Deus e não Satanás quem está controlando o que ocorre no mundo. A Bíblia nos ensina que Deus criou todas as coisas, e que Ele exerce um controle completo e soberano sobre tudo o que fez. A vontade de Deus não pode ser mudada. Ele é o Rei soberano sobre todas as coisas e nunca pode ser surpreendido por nada do que acontece. Ele reina sobre tudo, fazendo com que todas as coisas operem juntas para o bem de todos aqueles que O amam e que têm sido chamados por Ele para ser Seu povo.
Embora estas coisas sejam verdadeiras, somente podemos entendê-las e desfrutá-las se somos crentes em Deus. Temos que encher as nossas mentes com conceitos verdadeiros acerca de Deus, a Sua natureza e o Seu caráter. Só então poderemos aceitar com submissão e confiança tudo quanto nos aconteça, sejam decepções, dificuldades ou tristezas, porque sabemos que todas as coisas, incluso estas, são controladas por um Deus tão sábio que não pode errar, e demasiadamente amoroso para ser cruel.
As pessoas precisam ouvir estas verdades acerca de Deus; a pregação superficial e vaga não basta. Então, permita-me observar novamente: Deus ainda vive; Ele vê tudo o que acontece e está em completo controle.
(Deus é soberano - Pg 3 - A.W.Pink)
Mas me deixe fazer-lhe novamente a pergunta: Quem está no controle de tudo quanto se passa no mundo? É Deus ou Satanás? Quando olhamos para o que se passa no mundo, facilmente poderíamos concluir que Satanás está no controle, isso devido a que existe tanta confusão e pecado. Vemos que as coisas vão de mal em pior; continuamente ouvimos falar em guerras e revoluções; sabemos que há uma grande inquietude e temor no mundo. A maioria das pessoas permanecem na ignorância a respeito da verdade de Jesus Cristo, e muitos pensam que cristianismo é um fracasso. Ainda alguns que se identificam como crentes, têm sugerido que, embora Deus queira salvar às pessoas, não pode fazê-lo, porque essas mesmas pessoas não O deixam! Tudo pareceria indicar que Satanás tem mais controle do que Deus tem.
Os crentes, mais do que ninguém, não deveriam pensar desta maneira.
Os crentes não devem interpretar o que acontece só pelo que seus olhos vêm, senão que devem interpretar as coisas através da fé. ("Porque andamos por fé, e não por vista", 2 Co 5:7). Os crentes acreditam no que Deus tem falado na Bíblia, e a Bíblia sempre tem advertido que o que está acontecendo no mundo é o que devia suceder (porque assim foi determinado por Deus desde o princípio). A Bíblia diz que as pessoas não convertidas sempre estarão em rebelião contra a autoridade e a lei de Deus. Assim sendo, não deveria surpreender-nos quando a gente despreza a Deus mesmo, porque Ele é a autoridade suprema e o doador da lei. A Bíblia anuncia que é Deus e não Satanás quem está controlando o que ocorre no mundo. A Bíblia nos ensina que Deus criou todas as coisas, e que Ele exerce um controle completo e soberano sobre tudo o que fez. A vontade de Deus não pode ser mudada. Ele é o Rei soberano sobre todas as coisas e nunca pode ser surpreendido por nada do que acontece. Ele reina sobre tudo, fazendo com que todas as coisas operem juntas para o bem de todos aqueles que O amam e que têm sido chamados por Ele para ser Seu povo.
Embora estas coisas sejam verdadeiras, somente podemos entendê-las e desfrutá-las se somos crentes em Deus. Temos que encher as nossas mentes com conceitos verdadeiros acerca de Deus, a Sua natureza e o Seu caráter. Só então poderemos aceitar com submissão e confiança tudo quanto nos aconteça, sejam decepções, dificuldades ou tristezas, porque sabemos que todas as coisas, incluso estas, são controladas por um Deus tão sábio que não pode errar, e demasiadamente amoroso para ser cruel.
As pessoas precisam ouvir estas verdades acerca de Deus; a pregação superficial e vaga não basta. Então, permita-me observar novamente: Deus ainda vive; Ele vê tudo o que acontece e está em completo controle.
(Deus é soberano - Pg 3 - A.W.Pink)
quinta-feira, 31 de março de 2011
SÍMBOLOS DE FÉ DA IGREJA PRESBITERIANA VIDA NOVA EM CRISTO
QUAIS OS SÍMBOLOS DE FÉ DA IGREJA PRESBITERIANA VIDA NOVA EM CRISTO?
R.:
• A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
• O CATECISMO MAIOR DE WESTMINSTER
• O BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER
R.:
• A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
• O CATECISMO MAIOR DE WESTMINSTER
• O BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER
terça-feira, 29 de março de 2011
IGREJA PRESBITERIANA VIDA NOVA EM CRISTO
1 – O que é a IPreViNoC (Igreja Presbiteriana Vida Nova em Cristo)?
R.: a Igreja Presbiteriana Vida Nova em Cristo é uma sociedade religiosa constituída de crestes em nosso Senhor Jesus Cristo, organizada de acordo com os princípios bíblicos.
2 – Quando foi fundada a IPREVINOC?
R.: A IPREVINOC foi fundada no dia 2 de setembro de 2001, num salão alugado na Rua Dr. João Mangabeira, 1393, no Bairro da Brasília, em Feira de Santana – BA. O Pr. Edmilson se reunia com sua família, a família de uma irmã (consangüínea) e a de seus pais em sua casa para estudar a Palavra de Deus e como resultado dessas reuniões semanais começou-se na referida data a Igreja Presbiteriana Vida Nova em Cristo.
3 – Qual a linha teológica da IPREVINOC?
R.: A linha teológica da IPREVINOC é a Reformada, Calvinista, pois foi num seminário Reformado (Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição em São Paulo) que o Pr. Edmilson estudou.
4 – Qual o objetivo da IPREVINOC?
R.: o objetivo da IPREVINOC é:
• Prestar cultos a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em espírito e verdade.
• Pregar o evangelho em toda a sua integridade e conteúdo bíblico.
• Batizar os seus conversos e os filhos menores e os que se acharem sob sua guarda.
• Ensinar as doutrinas da fé cristã bíblica e reformada aos fieis, na sua pureza e integridade.
• Promover a aplicação dos princípios de amor cristão e o crescimento de seus membros na graça e no conhecimento do único Senhor da Igreja, Jesus Cristo.
• Desenvolver ações de caráter social, educacional, recreativo, terapêutico e beneficente, atendendo o ser humano integral.
• Promover a fraternidade entre os verdadeiros irmãos.
• Socorrer os pobres naquilo que puder ser feito.
• Resgatar a juventude da perdição através de eventos religiosos e esportivos.
R.: a Igreja Presbiteriana Vida Nova em Cristo é uma sociedade religiosa constituída de crestes em nosso Senhor Jesus Cristo, organizada de acordo com os princípios bíblicos.
2 – Quando foi fundada a IPREVINOC?
R.: A IPREVINOC foi fundada no dia 2 de setembro de 2001, num salão alugado na Rua Dr. João Mangabeira, 1393, no Bairro da Brasília, em Feira de Santana – BA. O Pr. Edmilson se reunia com sua família, a família de uma irmã (consangüínea) e a de seus pais em sua casa para estudar a Palavra de Deus e como resultado dessas reuniões semanais começou-se na referida data a Igreja Presbiteriana Vida Nova em Cristo.
3 – Qual a linha teológica da IPREVINOC?
R.: A linha teológica da IPREVINOC é a Reformada, Calvinista, pois foi num seminário Reformado (Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição em São Paulo) que o Pr. Edmilson estudou.
4 – Qual o objetivo da IPREVINOC?
R.: o objetivo da IPREVINOC é:
• Prestar cultos a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em espírito e verdade.
• Pregar o evangelho em toda a sua integridade e conteúdo bíblico.
• Batizar os seus conversos e os filhos menores e os que se acharem sob sua guarda.
• Ensinar as doutrinas da fé cristã bíblica e reformada aos fieis, na sua pureza e integridade.
• Promover a aplicação dos princípios de amor cristão e o crescimento de seus membros na graça e no conhecimento do único Senhor da Igreja, Jesus Cristo.
• Desenvolver ações de caráter social, educacional, recreativo, terapêutico e beneficente, atendendo o ser humano integral.
• Promover a fraternidade entre os verdadeiros irmãos.
• Socorrer os pobres naquilo que puder ser feito.
• Resgatar a juventude da perdição através de eventos religiosos e esportivos.
quarta-feira, 23 de março de 2011
CRISTO É SUFICIENTE
“Pela graça sois salvos”, ensina a Palavra de Deus. Estamos vivendo momentos de crise espiritual, teológica e de integridade. Não há mais integridade. Não há mais sã doutrina. Não há mais hortodoxia. Muitos pastores e mestres dos nossos dias são falsos pastores e falsos mestres. Eles pregam a salvação pelas obras, à semelhança da Igreja Católica, que mesmo lendo na Bíblia que a salvação é pela graça de Deus, continuam pregando pelas obras. Salvação pela graça significa dizer que é absolutamente de graça. Não é exigido nada do pecador. Até a fé que alguém poderia dizer ser exigida por Deus para a salvação, é um dom de Deus. Quando o Senhor vai salvar alguém, Ele põe fé no coração desse alguém. É aquilo que chamamos de fé salvadora. Deus não chega diante dos pecadores e diz: “é pegar ou largar”, como dizem os falsos pastores. NÃO! Quando Deus manda o seu mensageiro, isto é, um evangelista ou qualquer outro pregador, para falar a alguém sobre Jesus, Seu Filho, Ele manda também o Espírito Santo para colocar a fé salvadora no coração daquele ou daqueles pecadores que hão de crer. O pecador jamais compreenderá ou aceitará a mensagem do Evangelho se não for convencido pelo Espírito Santo. O falso pregador diz: “Só depende de você. É pegar ou largar”. O Evangelho não é leilão e nem mercadoria. O pecador não tem forças próprias para aceitar o Evangelho. Muito pelo contrário, todos os não regenerados rejeitam a Palavra de Deus, por causa do pecado. Quando vamos pregar a Palavra de Deus somos rejeitados e repelidos. A Bíblia diz que todos pecaram e ficaram afastados da glória de Deus. Portanto, é natural que os homens rejeitem a Palavra. O homem só tem o livre arbítrio para escolher o que é mal, nunca o bem. A palavra diz que o homem está morto nos delitos e pecados. Como um morto poderia crer? Como alguém que está morto nos delitos e pecados teria força para vir para Deus por suas próprias forças. Isso é incongruência.
Em Efésios 2.9 podemos ler: “Isso não vem de vós, é dom de Deus”. O que não vem de nós e é dom de Deus? A fé e a salvação. O Senhor Deus intenta nos salvar, e Ele mesmo sabe (com toda a reverência), que a salvação precisa ser completa. Se Deus caminhar meio caminho e esperar que o homem caminhe a outra metade, nunca haverá salvação, mesmo que Ele diga: “ande a outra metade”. Quando Deus intenta salvar o homem, Ele vai até onde o homem está, e isso de forma plena. O Senhor manda o Seu Espírito para convencer o homem, e depois manda um mensageiro para pregar a Palavra, e isso parque já havia enviado o próprio Filho para morrer no lugar do pecador. Quando o Espírito Santo convence uma pessoa que foi evangelizada, inevitavelmente essa pessoa crê em Jesus. Se o Espírito não toca na pessoa não há ninguém que o faça converter-se à fé. Então podemos afirmar, sem medo de errar, pois é assim que as Escrituras ensinam que a salvação começa na eternidade passado quando houve um conselho de paz para planejar a salvação do homem. O Pai propôs a vinda do Filho para morrer e a vinda do Espírito Santo para convencer e aplicar a salvação no pecador. Se o homem pudesse ser salvo com suas próprias forças ele se gloriaria. Ele não pode pegar a salvação com as suas próprias forças como se pega uma coisa que é vendida ou uma objeto que é oferecido. A salvação é aplicada no coração pelo Espírito Santo.
Em Efésios 2.9 podemos ler: “Isso não vem de vós, é dom de Deus”. O que não vem de nós e é dom de Deus? A fé e a salvação. O Senhor Deus intenta nos salvar, e Ele mesmo sabe (com toda a reverência), que a salvação precisa ser completa. Se Deus caminhar meio caminho e esperar que o homem caminhe a outra metade, nunca haverá salvação, mesmo que Ele diga: “ande a outra metade”. Quando Deus intenta salvar o homem, Ele vai até onde o homem está, e isso de forma plena. O Senhor manda o Seu Espírito para convencer o homem, e depois manda um mensageiro para pregar a Palavra, e isso parque já havia enviado o próprio Filho para morrer no lugar do pecador. Quando o Espírito Santo convence uma pessoa que foi evangelizada, inevitavelmente essa pessoa crê em Jesus. Se o Espírito não toca na pessoa não há ninguém que o faça converter-se à fé. Então podemos afirmar, sem medo de errar, pois é assim que as Escrituras ensinam que a salvação começa na eternidade passado quando houve um conselho de paz para planejar a salvação do homem. O Pai propôs a vinda do Filho para morrer e a vinda do Espírito Santo para convencer e aplicar a salvação no pecador. Se o homem pudesse ser salvo com suas próprias forças ele se gloriaria. Ele não pode pegar a salvação com as suas próprias forças como se pega uma coisa que é vendida ou uma objeto que é oferecido. A salvação é aplicada no coração pelo Espírito Santo.
terça-feira, 22 de março de 2011
SALVAÇÃO PELA GRAÇA OU PELAS OBRAS?
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”(Ef 2.8,9)
A partir do século 16, os pensadores protestantes criticaram e nocautearam a Igreja Romana, sem misericórdia, porque esta, sempre, desde seu início, no terceiro século, com o imperador Constantino, defendeu a salvação pelas obras, em detrimento da graça de Deus. Não poderia ser diferente pois desde que conhecemos a verdade, não apenas passamos a viver livres mas passamos a defendê-la, custe o que custar. Os católicos diziam que a salvação era pelas obras, enquanto os protestantes diziam que a salvação era pela graça de Deus. Quem estava com a razão? A resposta estava nas Escrituras. Era só dar uma olhadinha e se via quem estava com a razão. Hoje a coisa mudou de rumo. Quem está afirmando que a salvação é palas obras são muitos protestantes, conhecidos como evangélicos. Isso é patético. E talvez você pergunte: “mas como pode ser isso?” Pois é o que acontece por toda parte.
Quando alguém diz que Deus não escolheu ou elegeu ou predestinou o homem, mas o homem escolheu a Deus é afirmar a salvação pelas obras e não pela graça de Deus. Vejamos o que dizem as Escrituras: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.3-7). Esse e outros textos comprovam a eleição do povo de Deus, e não há nenhum texto informando que o homem escolheu a Deus. Ainda não encontrei nenhum se quer. Vejam os seguintes textos:
Jo 15.16 “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”
Dt 7.6-11 “Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos; e dá o pago diretamente aos que o odeiam, fazendo-os perecer; não será demorado para com o que o odeia; prontamente, lho retribuirá. Guarda, pois, os mandamentos, e os estatutos, e os juízos que hoje te mando cumprir.”
Dt 14.2 - “Porque sois povo santo ao Senhor, vosso Deus, e o Senhor vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio.”
1 Pe 2.9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”
SL 135.4 “Pois o Senhor escolheu para si a Jacó e a Israel, para sua possessão.”
Is 41.8,9 “8Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo, 9tu, a quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei”
Is 42.1 “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios”
Is 65.9 “Farei sair de Jacó descendência e de Judá, um herdeiro que possua os meus montes; e os meus eleitos herdarão a terra e os meus servos habitarão nela”
Mt 24.22 “Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados”
Mt 24.31 “E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”
Jo 10.16 “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor”
At 13.48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna”
At 18.10 “porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade”
Rm 8.28-30,33 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”
Rm 9.23 “a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, 24os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?”
Rm 11.5,6 “5Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. 6E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça. 7Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos”
2 Ts 2.13,14 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”
2 Tm 2.10 “0Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória”
Tt 1.1,2 “Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade, na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos”
Tg 2.5 “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?”
Quando alguém diz que o homem perde a salvação, está afirmando que a salvação é palas obras e não pela graça de Deus. Pois se o homem perde a salvação é porque não teve forças para permanecer nos caminhos do Senhor. Até onde a Bíblia ensina, ninguém consegue salvar-se e muito menos permanecer firme nos caminhos do Senhor com as suas próprias forças, pois o pecado, o diabo e o mundo são mais fortes do qualquer ser humano. Entretanto, a Bíblia nos ensina que da mesma forma como o Espírito Santo é quem salva o homem, também, o mesmo Espírito sustenta esse homem salvo. Sem o Espírito ninguém permanecerá. E ainda mais, o Espírito não só salva, mas garante para sempre a salvação dos que creram em Jesus.
ISA43.1 Mas agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
ISA43.2 Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. ISA43.3 Porque eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; por teu resgate dei o Egito, e em teu lugar a Etiópia e Seba. ISA54.10 Pois as montanhas se retirarão, e os outeiros serão removidos; porém a minha benignidade não se apartará de ti, nem será removido ao pacto da minha paz, diz o Senhor, que se compadece de ti. JER32.40 e farei com eles um pacto eterno de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim. MAT18.12 Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir buscar a que se extraviou? MAT18.13 E, se acontecer achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. MAT18.14 Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes pequeninos. JOA3.16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. JOA3.36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus. JOA5.24 Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida. JOA6.35 Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. JOA6.36 Mas como já vos disse, vós me tendes visto, e contudo não credes. JOA6.37 Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. JOA6.38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. JOA6.39 E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia. JOA6.40 Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. JOA6.47 Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê tem a vida eterna. JOA10.27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; JOA10.28 eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão. JOA10.29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. JOA10.30 Eu e o Pai somos um. JOA17.11 Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós. JOA17.12 Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. JOA17.15 Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. ROM5.8 Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. ROM5.9 Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. ROM5.10 Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. ROM8.1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. ROM8.29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; ROM8.30 e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. ROM8.35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? ROM8.36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. ROM8.37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. ROM8.38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, ROM8.39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. ICOR1.7 de maneira que nenhum dom vos falta, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, ICOR1.8 o qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. ICOR1.9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. ICOR10.13 Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar. IICOR4.14 sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos ressuscitará a nós com Jesus, e nos apresentará convosco. IICOR4.17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; EFE1.5 e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, EFE1.13 no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa, EFE1.14 o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória. EFE4.30 E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. COL3.3 porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. COL3.4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória. ITES5.23 E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. ITES5.24 Fiel é o que vos chama, e ele também o fará. IITIM4.18 E o Senhor me livrará de toda má obra, e me levará salvo para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém. HEB9.12 e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção. HEB9.15 E por isso é mediador de um novo pacto, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões cometidas debaixo do primeiro pacto, os chamados recebam a promessa da herança eterna. HEB10.14 Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados. HEB12.28 Pelo que, recebendo nós um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e temor; IPED1.3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, IPED1.4 para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada nos céus para vós, IPED1.5 que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo; IJOA2.19 Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos. IJOA2.25 E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna. IJOA5.4 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. IJOA5.11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. IJOA5.12 Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. IJOA5.13 Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna. IJOA5.20 Sabemos também que já veio o Filho de Deus, e nos deu entendimento para conhecermos aquele que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. JUD1.24 Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, JUD1.25 ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém.
A partir do século 16, os pensadores protestantes criticaram e nocautearam a Igreja Romana, sem misericórdia, porque esta, sempre, desde seu início, no terceiro século, com o imperador Constantino, defendeu a salvação pelas obras, em detrimento da graça de Deus. Não poderia ser diferente pois desde que conhecemos a verdade, não apenas passamos a viver livres mas passamos a defendê-la, custe o que custar. Os católicos diziam que a salvação era pelas obras, enquanto os protestantes diziam que a salvação era pela graça de Deus. Quem estava com a razão? A resposta estava nas Escrituras. Era só dar uma olhadinha e se via quem estava com a razão. Hoje a coisa mudou de rumo. Quem está afirmando que a salvação é palas obras são muitos protestantes, conhecidos como evangélicos. Isso é patético. E talvez você pergunte: “mas como pode ser isso?” Pois é o que acontece por toda parte.
Quando alguém diz que Deus não escolheu ou elegeu ou predestinou o homem, mas o homem escolheu a Deus é afirmar a salvação pelas obras e não pela graça de Deus. Vejamos o que dizem as Escrituras: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.3-7). Esse e outros textos comprovam a eleição do povo de Deus, e não há nenhum texto informando que o homem escolheu a Deus. Ainda não encontrei nenhum se quer. Vejam os seguintes textos:
Jo 15.16 “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”
Dt 7.6-11 “Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos; e dá o pago diretamente aos que o odeiam, fazendo-os perecer; não será demorado para com o que o odeia; prontamente, lho retribuirá. Guarda, pois, os mandamentos, e os estatutos, e os juízos que hoje te mando cumprir.”
Dt 14.2 - “Porque sois povo santo ao Senhor, vosso Deus, e o Senhor vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio.”
1 Pe 2.9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”
SL 135.4 “Pois o Senhor escolheu para si a Jacó e a Israel, para sua possessão.”
Is 41.8,9 “8Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo, 9tu, a quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei”
Is 42.1 “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios”
Is 65.9 “Farei sair de Jacó descendência e de Judá, um herdeiro que possua os meus montes; e os meus eleitos herdarão a terra e os meus servos habitarão nela”
Mt 24.22 “Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados”
Mt 24.31 “E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”
Jo 10.16 “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor”
At 13.48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna”
At 18.10 “porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade”
Rm 8.28-30,33 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”
Rm 9.23 “a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, 24os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?”
Rm 11.5,6 “5Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. 6E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça. 7Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos”
2 Ts 2.13,14 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”
2 Tm 2.10 “0Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória”
Tt 1.1,2 “Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade, na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos”
Tg 2.5 “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?”
Quando alguém diz que o homem perde a salvação, está afirmando que a salvação é palas obras e não pela graça de Deus. Pois se o homem perde a salvação é porque não teve forças para permanecer nos caminhos do Senhor. Até onde a Bíblia ensina, ninguém consegue salvar-se e muito menos permanecer firme nos caminhos do Senhor com as suas próprias forças, pois o pecado, o diabo e o mundo são mais fortes do qualquer ser humano. Entretanto, a Bíblia nos ensina que da mesma forma como o Espírito Santo é quem salva o homem, também, o mesmo Espírito sustenta esse homem salvo. Sem o Espírito ninguém permanecerá. E ainda mais, o Espírito não só salva, mas garante para sempre a salvação dos que creram em Jesus.
ISA43.1 Mas agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
ISA43.2 Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. ISA43.3 Porque eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; por teu resgate dei o Egito, e em teu lugar a Etiópia e Seba. ISA54.10 Pois as montanhas se retirarão, e os outeiros serão removidos; porém a minha benignidade não se apartará de ti, nem será removido ao pacto da minha paz, diz o Senhor, que se compadece de ti. JER32.40 e farei com eles um pacto eterno de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim. MAT18.12 Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir buscar a que se extraviou? MAT18.13 E, se acontecer achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. MAT18.14 Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes pequeninos. JOA3.16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. JOA3.36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus. JOA5.24 Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida. JOA6.35 Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. JOA6.36 Mas como já vos disse, vós me tendes visto, e contudo não credes. JOA6.37 Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. JOA6.38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. JOA6.39 E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia. JOA6.40 Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. JOA6.47 Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê tem a vida eterna. JOA10.27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; JOA10.28 eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão. JOA10.29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. JOA10.30 Eu e o Pai somos um. JOA17.11 Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós. JOA17.12 Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. JOA17.15 Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. ROM5.8 Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. ROM5.9 Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. ROM5.10 Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. ROM8.1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. ROM8.29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; ROM8.30 e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. ROM8.35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? ROM8.36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. ROM8.37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. ROM8.38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, ROM8.39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. ICOR1.7 de maneira que nenhum dom vos falta, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, ICOR1.8 o qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. ICOR1.9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. ICOR10.13 Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar. IICOR4.14 sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos ressuscitará a nós com Jesus, e nos apresentará convosco. IICOR4.17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; EFE1.5 e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, EFE1.13 no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa, EFE1.14 o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória. EFE4.30 E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. COL3.3 porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. COL3.4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória. ITES5.23 E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. ITES5.24 Fiel é o que vos chama, e ele também o fará. IITIM4.18 E o Senhor me livrará de toda má obra, e me levará salvo para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém. HEB9.12 e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção. HEB9.15 E por isso é mediador de um novo pacto, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões cometidas debaixo do primeiro pacto, os chamados recebam a promessa da herança eterna. HEB10.14 Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados. HEB12.28 Pelo que, recebendo nós um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e temor; IPED1.3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, IPED1.4 para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada nos céus para vós, IPED1.5 que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo; IJOA2.19 Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos. IJOA2.25 E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna. IJOA5.4 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. IJOA5.11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. IJOA5.12 Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. IJOA5.13 Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna. IJOA5.20 Sabemos também que já veio o Filho de Deus, e nos deu entendimento para conhecermos aquele que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. JUD1.24 Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, JUD1.25 ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém.
quarta-feira, 16 de março de 2011
AS CARACTERÍSTICAS DO DECRETO DIVINO
1. TEM SEU FUNDAMENTO NA SABEDORIA DIVINA. A palavra “conselho”, um dos termos com os quais é designado o decreto, sugere cuidadosa consulta e deliberação. Pode conter a sugestão de uma intercomunhão entre as três pessoas da Divindade. Falando da revelação que Deus fez do mistério anteriormente oculto nele, Paulo declara que foi assim “para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida agora dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus nosso Senhor”, Ef 3.10, 11. Também se depreende a sabedoria do decreto da sabedoria demonstrada na realização do propósito eterno de Deus. O poeta canta no Sl 104.24, “Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste”. A mesma idéia é expressa em Pv 3.19, “O Senhor com sabedoria fundou a terra, com inteligência estabeleceu os céus”. Cf. também Jr 10.12; 51.15. A sabedoria do conselho do Senhor também pode ser inferida do fato de que ele dura para sempre, Sl 33.11; Pv. 19.21. No decreto pode haver muita coisa que ultrapasse o entendimento e que seja inexplicável para a mente finita, mas não contem nada que seja irracional ou arbitrário. Deus compôs a Sua determinação com sábio discernimento e conhecimento.
2. É ETERNO. O decreto divino é eterno no sentido de que está internamente na eternidade. Num certo sentido, pode-se dizer que todos os atos de Deus são eternos, desde que não há sucessão de momentos no Ser divino. Mas alguns deles terminam no tempo, como, por exemplo, a criação e a justificação. Daí, não podemos chamar-lhes atos eternos de Deus, mas, sim, temporais. Contudo, embora o decreto se relacione com coisas externas a Deus, continua sendo em si mesmo um ato dentro do ser Divino e portanto, é eterno no sentido mais estrito da palavra. Daí, ele participa também da simultaneidade e da ausência de sucessão do eterno, At 15.18; Ef 1.4; 2 Tm 1.9. A eternidade do decreto implica também que a ordem em que se acham os diferentes elementos, uns para com os outros, não pode ser considerada temporal, mas somente lógica. Há uma ordem realmente cronológica nos eventos quando efetuados, não porém no decreto concernente a eles.
3. É EFICAZ. Não significa que Deus determinou fazer que acontecessem, por uma direta aplicação do Seu poder, todas as coisas incluídas em Seu decreto, mas somente que aquilo que Ele decretou certamente sucedera; que nada pode frustrar o Seu propósito. Diz o dr. A. A. Hodge: “O decreto providencia em cada caso que o evento será efetuado por causas que agirão de maneira perfeitamente coerente com a natureza do evento em questão. Assim, no caso de todo ato livre de um agente moral, o decreto provê ao mesmo tempo – (a) Que o agente seria um agente livre. (b) Que os seus antecedentes e todos os antecedentes do ato em questão seriam o que são. (c) Que todas as presentes condições do ato seriam o que são. (d) Que o ato seria perfeitamente espontâneo e livre, da parte do agente. (e) Que certamente seria um ato futuro. Sl 33.11; Pv 19.21; Is 46.10”.
4. É IMUTÁVEL. O homem pode alterar, e muitas vezes altera os seus planos, por varias razões. Pode acontecer que, ao fazer o seu plano, lhe tenha faltado seriedade quanto ao propósito, que não tenha realizado plenamente o que o plano envolvia, ou que lhe tenha faltado poder para levá-lo a cabo. Mas em Deus coisa nenhuma desse tipo é concebível. Ele não tem deficiência em conhecimento, veracidade e poder. Portanto, não tem necessidade de mudar o Seu decreto devido a algum engano ou à ignorância, nem por falta de capacidade de executa-lo. E não o mudará, porque Ele é o Deus imutável e porque é fiel e verdadeiro. Jó 23.13,14; SL33.11; Is 46.10; Lc 22.22; At 2.23.
5. É INCONDICIONAL OU ABSOLUTO. Quer dizer que o decreto não depende, em nenhuma das suas particularidades, de nada que não esteja nele. A execução do plano pode exigir meios ou depender de certas condições, mas, nesse caso, estes meios ou condições também foram determinados no decreto. Deus não decretou simplesmente salvar os pecadores sem determinar os meios para efetuar o decreto. Os meios conducentes ao fim predeterminado também foram decretados, At 2.23; Ef 2.8; 1 Pe 1.2. O caráter absoluto do decreto segue-se da sua eternidade, sua imutabilidade e sua exclusiva dependência do beneplácito de Deus. Isto é negado por todos os semipelagianos e arminianos.
6. É UNIVERSAL OU TOTALMENTE ABRANGENTE. O decreto inclui tudo que se passa no mundo, quer na esfera do físico ou na do moral, quer seja bom ou mau, Ef 1.11. Ele inclui: (a) as boas ações dos homens, Ef 2.10; (b) seus atos iníquos, Pv 16.4; At 2.23; 4.27, 28; (c) eventos contingentes, Gn 45.8; 50.20; Pv 16.33; (d) os meios bem como o respectivo fim, Sl 119.89-91; 2 Ts 2.13; Ef 1.4; (e) a duração da vida do homem. Jó 14.5; Sl 39.4, e o lugar da sua habitação, At 17.26.
7. COM REFERÊNCIA AO PECADO, O DECRETO É PERMISSIVO. É costume dizer que o decreto de Deus, no respeitante ao mal moral, é permissivo. Por Seu decreto, Deus tornou as ações pecaminosas do homem infalivelmente certas de acontecerem, sem decidir efetuá-las agindo imediatamente sobre a vontade finita e nela. Quer dizer que Deus não opera positivamente no homem “tanto o querer como o realizar”, quando o homem vai contra a Sua vontade revelada. Deve-se observar cuidadosamente, porem, que este decreto permissivo não implica uma permissão passiva de algo que não está sob o controle da vontade divina. É um decreto que garante com absoluta certeza a realização do ato pecaminoso futuro, em que Deus determina (a) não impedir a autodeterminação pecaminosa da vontade finita; e (b) regular e controlar o resultado dessa autodeterminação pecaminosa. Sl 78.29; 106.15; At 14.16; 17.30.
2. É ETERNO. O decreto divino é eterno no sentido de que está internamente na eternidade. Num certo sentido, pode-se dizer que todos os atos de Deus são eternos, desde que não há sucessão de momentos no Ser divino. Mas alguns deles terminam no tempo, como, por exemplo, a criação e a justificação. Daí, não podemos chamar-lhes atos eternos de Deus, mas, sim, temporais. Contudo, embora o decreto se relacione com coisas externas a Deus, continua sendo em si mesmo um ato dentro do ser Divino e portanto, é eterno no sentido mais estrito da palavra. Daí, ele participa também da simultaneidade e da ausência de sucessão do eterno, At 15.18; Ef 1.4; 2 Tm 1.9. A eternidade do decreto implica também que a ordem em que se acham os diferentes elementos, uns para com os outros, não pode ser considerada temporal, mas somente lógica. Há uma ordem realmente cronológica nos eventos quando efetuados, não porém no decreto concernente a eles.
3. É EFICAZ. Não significa que Deus determinou fazer que acontecessem, por uma direta aplicação do Seu poder, todas as coisas incluídas em Seu decreto, mas somente que aquilo que Ele decretou certamente sucedera; que nada pode frustrar o Seu propósito. Diz o dr. A. A. Hodge: “O decreto providencia em cada caso que o evento será efetuado por causas que agirão de maneira perfeitamente coerente com a natureza do evento em questão. Assim, no caso de todo ato livre de um agente moral, o decreto provê ao mesmo tempo – (a) Que o agente seria um agente livre. (b) Que os seus antecedentes e todos os antecedentes do ato em questão seriam o que são. (c) Que todas as presentes condições do ato seriam o que são. (d) Que o ato seria perfeitamente espontâneo e livre, da parte do agente. (e) Que certamente seria um ato futuro. Sl 33.11; Pv 19.21; Is 46.10”.
4. É IMUTÁVEL. O homem pode alterar, e muitas vezes altera os seus planos, por varias razões. Pode acontecer que, ao fazer o seu plano, lhe tenha faltado seriedade quanto ao propósito, que não tenha realizado plenamente o que o plano envolvia, ou que lhe tenha faltado poder para levá-lo a cabo. Mas em Deus coisa nenhuma desse tipo é concebível. Ele não tem deficiência em conhecimento, veracidade e poder. Portanto, não tem necessidade de mudar o Seu decreto devido a algum engano ou à ignorância, nem por falta de capacidade de executa-lo. E não o mudará, porque Ele é o Deus imutável e porque é fiel e verdadeiro. Jó 23.13,14; SL33.11; Is 46.10; Lc 22.22; At 2.23.
5. É INCONDICIONAL OU ABSOLUTO. Quer dizer que o decreto não depende, em nenhuma das suas particularidades, de nada que não esteja nele. A execução do plano pode exigir meios ou depender de certas condições, mas, nesse caso, estes meios ou condições também foram determinados no decreto. Deus não decretou simplesmente salvar os pecadores sem determinar os meios para efetuar o decreto. Os meios conducentes ao fim predeterminado também foram decretados, At 2.23; Ef 2.8; 1 Pe 1.2. O caráter absoluto do decreto segue-se da sua eternidade, sua imutabilidade e sua exclusiva dependência do beneplácito de Deus. Isto é negado por todos os semipelagianos e arminianos.
6. É UNIVERSAL OU TOTALMENTE ABRANGENTE. O decreto inclui tudo que se passa no mundo, quer na esfera do físico ou na do moral, quer seja bom ou mau, Ef 1.11. Ele inclui: (a) as boas ações dos homens, Ef 2.10; (b) seus atos iníquos, Pv 16.4; At 2.23; 4.27, 28; (c) eventos contingentes, Gn 45.8; 50.20; Pv 16.33; (d) os meios bem como o respectivo fim, Sl 119.89-91; 2 Ts 2.13; Ef 1.4; (e) a duração da vida do homem. Jó 14.5; Sl 39.4, e o lugar da sua habitação, At 17.26.
7. COM REFERÊNCIA AO PECADO, O DECRETO É PERMISSIVO. É costume dizer que o decreto de Deus, no respeitante ao mal moral, é permissivo. Por Seu decreto, Deus tornou as ações pecaminosas do homem infalivelmente certas de acontecerem, sem decidir efetuá-las agindo imediatamente sobre a vontade finita e nela. Quer dizer que Deus não opera positivamente no homem “tanto o querer como o realizar”, quando o homem vai contra a Sua vontade revelada. Deve-se observar cuidadosamente, porem, que este decreto permissivo não implica uma permissão passiva de algo que não está sob o controle da vontade divina. É um decreto que garante com absoluta certeza a realização do ato pecaminoso futuro, em que Deus determina (a) não impedir a autodeterminação pecaminosa da vontade finita; e (b) regular e controlar o resultado dessa autodeterminação pecaminosa. Sl 78.29; 106.15; At 14.16; 17.30.
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