quinta-feira, 7 de março de 2013

OBJEÇÕES À DOUTRINA QUENÓSICA

a. A teoria se baseia na concepção panteísta de que Deus e o homem não são absolutamente diferentes, mas que um pode ser transformado no outro. A idéia hegeliana de vir a ser ou devir é aplicada a Deus, e se oblitera a linha de demarcação absoluta. b. subverte completamente a doutrina da imutabilidade de Deus, claramente ensinada na Escritura, Ml 3.6; Tg 1.17, e também implícita ma própria idéia de Deus. O absoluto e o mutável são mutuamente exclusivos; e um Deus mutável certamente não é o Deus da Escritura. c. Essa doutrina significa uma virtual destruição da Trindade e, portanto, elimina o nosso próprio Deus. O Filho humanizado, voluntariamente esvaziado dos Seus atributos, não poderia mais ser uma subsistência na vida trinitária. d. Ele supõe uma relação muito frouxa entre o modo divino de existência, os atributos divinos e a essência divina, quando fala dos primeiros como se pudessem estar muito separados da última. Isso é completamente enganoso e envolve exatamente o erro condenado na doutrina católica romana da transubstanciação. e. Não resolve o problema que pretendia solucionar. Seu desejo era garantir a unidade da pessoa e a realidade da humanidade do Senhor. Mas o que, sim, é certo, é que a unidade pessoal não é garantida com a suposição de um Logos coexistente com uma alma humana. Tampouco se sustenta a realidade da humanidade substituindo a alma humana por um Logos esvaziado. O Cristo dos quenosistas não é Deus nem homem. Nas palavras do dr. Warfield, Sua natureza é apenas “uma deidade encolhida”. A teoria quenósica desfrutou grande popularidade na Alemanha por algum tempo, mas praticamente morreu por lá. Quando começou a desaparecer na Alemanha, encontrou apoio na Inglaterra, de eruditos como D. W. Forrest, W. L. Walker, P. T. Forsyth, Xharles Gore, R. L. Ottley e H. R. Mackintosh. Tem muito pouco apoio hoje em dia. (Berkhof, L – Teologia Sistemática Pg.323)