segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A teoria da evolução naturalista não está bem estabelecida e não explica os fatos

O conflito referido no item anterior seria coisa séria, se a hipótese evolucionista fosse um fato estabelecido. Alguns acham que é, e falam confiantemente do dogma do evolucionismo. Outros, porém, corretamente nos lembram que o evolucionismo ainda é apenas uma hipótese. Mesmo o grande cientista Ambrose Fleming declara que “a rigorosa análise da idéias ligadas ao termo evolução mostra que elas são insuficientes como solução filosófica ou científica do problema da realidade e da existência”. A própria incerteza que prevalece no campo dos evolucionistas é a prova categórica de que o evolucionismo é apenas uma hipótese. Além disso, muitos que ainda se apegam ao princípio evolucionista admitem francamente hoje que não entendem o método de operação do evolucionismo. Houve tempo em que se pensava que Darwin fornecera a chave do problema todo, mas essa chave é geralmente rejeitada hoje em dia. As colunas do alicerce sobre as quais a estrutura darwiniana se encarapitou, tais como os princípios do uso e desuso, da luta pela existência, da seleção natural e da transmissão dos caracteres adquiridos, foram retiradas uma após outra. Evolucionistas como Weissmann, De Vries, Mendel e Bateson, cooperaram todos para o colapso do edifício darwiniano. Em sua História da Biologia (history of Biology), Nordenskioeld fala da “dissolução do darwinismo” como fato consumado. Dennert convida-nos para aproximar-nos do leito de morte do darwinismo, e O’Toole diz: “O darwinismo está morto, e nenhum choro de carpideiras poderá ressuscitar o cadáver”. Morton fala da “bancarrota do evolucionismo”, e Price se refere ao “fantasma da evolução orgânica”. Confessadamente, pois, o darwinismo não pôde explicar a origem das espécies, e os evolucionistas não conseguem oferecer uma explicação melhor. A lei de Mendel explica variações, mas não a origem de novas espécies. De fato, ela se desvia do desenvolvimento de novas espécies por um processo natural. Alguns são de opinião que a teoria das mutações, de De Vries, ou a teoria da evolução emergente de Lloyd Morgan, indica o caminho, mas nem esta nem aquela provaram que constituem uma feliz explicação da origem das espécies pelo desenvolvimento natural puro e simples. Admite-se agora que os mutantes de De Vries são relativos a variedades, e não a espécies, não podendo ser considerados como princípios de novas espécies. E Morgan sente-se constrangido a admitir que não pode explicar os seus emergentes sem cair de novo nalgum poder criador, que poderia chamar-se Deus. Diz Morton: “O fato é que além da criação, não existe nem mesmo uma teoria das origens em campo hoje”. A hipótese evolucionista falha em vários pontos. Ela não pode explicar a origem da vida. Os evolucionistas buscaram a explicação dela na geração espontânea, uma suposição não provada e atualmente desacreditada. É um fato bem estabelecido pela ciência que ávida só pode provir da vida antecedente. Ademais, ela fracassou completamente quanto a aduzir um só exemplo de uma espécie produzindo outra espécie diferente (orgânica, em distinção do caos que constituem variedades). Em 1921 disse Bateson: “Não podemos ver como se deu a diferenciação das espécies. Variações de muitos tipos, com freqüência consideráveis, testemunhamos diariamente, mas nenhuma origem de espécies. ...Enquanto isso, embora a nossa fé no evolucionismo permaneça firme, não temos uma aceitável explicação da origem das espécies”. O evolucionismo não foi capaz também de enfrentar com êxito os problemas apresentados pela origem do homem. Não conseguiu sequer provar que fisicamente o homem descende dos animais. J. A. Thomson, autor de The Outline of Science (Esboço da Ciência) e um dos principais evolucionistas, sustenta que o homem realmente nunca foi um animal, uma criatura de aparência feroz e animalesca, mas que o primeiro homem surgiu abruptamente, por um grande salto, do tronco dos primatas a um ser humano. Muito menos pode explicar o lado psíquico da vida do homem. A alma humana, dotada de inteligência, auto-percepção, liberdade, consciência e aspirações religiosas, continua sendo um enigma não resolvido. (Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg.155)