terça-feira, 27 de agosto de 2013

TESTEMUNHO DA CIÊNCIA EM FAVOR DA UNIDADE DA RAÇA

De varias maneiras a ciência confirma o testemunho da Escritura em prol da unidade da raça humana. Nem sempre os homens de mentalidade cientifica acreditam nisto. Os antigos gregos tinham a sua teoria do autoctonismo, segundo a qual os homens brotaram da terra por uma espécie de geração espontânea, uma teoria que não tem nenhum suporte sólido, visto que a espécie de geração espontânea jamais foi comprovada, mas, antes, desacreditada. Agassiz propôs a teoria dos coadamitas, que presume que houve diferentes centros de criação. Já em 1655 Peyrerius* desenvolve teoria dos pré-adamitas, que parte do pressuposto de que havia homens antes de Adão ser criado. Essa teoria foi revivida por Winchell, que não negava a unidade da raça, mas considerava Adão como o primeiro antepassado dos judeus, e não chefe da raça humana. Em anos recentes, Fleming, sem ser dogmático na matéria, disse haver razoes para supor-se que existiam raças de homens inferiores antes de Adão aparecer em cena por volta de 5500 a.C. Embora inferiores aos adamitas, já tinham capacidades diferentes das dos animais. O homem adâmico posterior foi dotado de capacidades maiores e mais nobres, e provavelmente foi destinado a levar toda a outra humanidade existente à obediência ao Criador. Ele fracassou, não preservando a sua própria fidelidade a Deus e, portanto, Deus providenciou a vinda de um descendente humano e, contudo, muito mais que humano, para que pudesse realizar o que Adão não conseguiu. O conceito que Fleming foi levado a defender é “que o ramo inquestionavelmente caucasiano é tão somente a derivação, pela geração normal, da raça adâmica, a saber, dos membros da raça adâmica que serviam a Deus e que sobreviveram ao dilúvio – Noé e seus filhos e filhas”. Mas essas teorias, todas e cada uma delas, não acham apoio na Escritura, e são contrárias a At 17.26 e a tudo quanto a Bíblia ensina com referência à apostasia e à libertação do homem. Além disso, a ciência apresenta diversos argumentos em favor da unidade da raça humana, como os seguintes: a. O argumento da história. As tradições da raça dos homens apontam decisivamente para uma origem e uma linhagem comuns na Ásia Central. A historia das migrações do homem tende a mostrar que houve uma distribuição partindo de um único centro. b. O argumento da filosofia. O estudo das línguas da humanidade indica uma origem comum. As línguas indo-germânicas* têm em suas raízes um idioma primitivo comum, um velho remanescente do qual ainda existe no sânscrito. Alem disso, há prova que mostra que o antigo idioma egípcio é o elo de ligação entre a língua indo-européia e a semítica. c. O argumento da psicologia. A alma é a parte mais importante da natureza constitucional do homem, e a psicologia revela claramente o fato de que as almas dos homens, quaisquer que sejam as tribos ou nações a que pertençam, são essencialmente idênticas. Têm em comum os mesmos apetites, instintos e paixões animais, as mesmas tendências e capacidade, e, acima de tudo, as mesmas qualidades superiores, as características morais e mentais que pertencem exclusivamente ao homem. d. O argumento das ciências naturais ou da fisiologia. É agora opinião comum dos especialistas em fisiologia comparada, que a raça humana constitui tão somente uma única espécie. As diferenças que existem entre as varias famílias da humanidade são consideradas simplesmente como variedades dessa espécie única. A ciência não assevera positivamente que a raça humana descende de um único par, mas, não obstante, demonstra que pode muito bem ter sido este o caso, e que provavelmente é. QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA: 1. O que se pode dizer contra a idéia de que temos em Gn 1 e 2 dois diferentes e mais ou menos contraditórios relatos da criação? 2. Parece razoável pensar que o mundo já existia milhões de anos antes do aparecimento do homem em cena? 3. A hipótese do teísmo evolucionista está em harmonia com o relato escriturístico da origem do homem? 4. A noção de que ao menos o corpo do homem provém dos animais é sustentável à luz da Escritura? 5. O evolucionismo comprova os seus argumentos sobre este ponto? 6. O que provou com referencia à questão muito mais difícil da derivação da alma humana? 7. O que acontece com a doutrina da Queda, na teoria evolucionista? 8. Qual o significado teológico da doutrina da unidade da raça humana? BIBLIOGRAFIA PARA CONSULTA: Bavinck, Geref. Dogm. II, p. 543-565; Hodge, Syst. Theol. II, p. 3-41; Litton, Introd. to Dogm. Theol., p. 107-113; Miley, Syst. Theol. I, p. 355-392; Alexander, Syst. of Bibl. Theol. I, p.156-167; Laidlaw, The Bible Doctrine of man, p. 24-46; Darwin, Descente of man; Drummond, The Ascent of Man; Fleming, The Origen of Mankind; O’Toole, The Case Against Evolution, Parte II, Capítulos II e III. Cf. ainda as obras sobre o evolucionismo mencionadas no capitulo anterior. (Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg. 181)