terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O SUJEITO E A NATUREZA DO ESTADO DE EXALTAÇÃO

Como já foi indicado anteriormente, há diferença de opinião entre a teologia luterana e a reformada (calvinista) sobre o sujeito dos estados de Cristo Aquela nega que o Logos seja o sujeito dos estados de humilhação e de exaltação, e afirma que a natureza humana de Cristo o é. Daí, os luteranos excluem a encarnação da humilhação de Cristo, e sustentam que a humilhação consiste em “que Cristo, por algum tempo, renunciou (verdadeira e realmente, mas livremente) ao exercício pleno da majestade divina, que a Sua natureza humana tinha adquirido na união pessoal, e, como um homem de baixa condição, suportou o que estava muito abaixo da majestade divina (para que pudesse sofrer e morrer pro amor do mundo)”. Eles afirmam que o estado de exaltação se tornou manifesto primeiramente ao mundo inferior, na descida ao hades, e depois a este mundo, na ressurreição e na ascensão, completando-se com o assentar-se às destra de Deus. A exaltação consiste, pois, em que a natureza humana assumiu o pleno exercício dos atributos divinos que lhe foram comunicados na encarnação, mas que foram usados só ocasional ou secretamente. A teologia reformada, por outro lado, considera a pessoa do mediador, isto é, o Deus e homem, como o sujeito da exaltação, mas acentua o fato de que, naturalmente, foi na natureza humana que se realizou a exaltação. A natureza divina não é passível de humilhação ou exaltação. A natureza divina não é passível de humilhação ou exaltação. Na exaltação o homem, Jesus Cristo, (a) retirou-se de sob a lei em seus aspectos federais e penais, e, conseqüentemente, de sob o fardo da lei como condição da aliança das obras, e de sob a maldição da lei; (b) permutou a relação penal com a lei pela relação justa, e como Mediador entrou na posse das bênçãos da salvação que Ele mereceu para os pecadores; e (c) foi coroado com a correspondente honra e glória. Tinha que aparecer também em Sua condição que a maldição do pecado foi suspensa. Sua exaltação foi também Sua glorificação. (Berkhof, L – Teologia Sistemática Pg. 339)