quinta-feira, 15 de novembro de 2012

TEORIAS DIVERGENTES DA EXPIAÇÃO

Dado que, evidentemente, a expiação é uma coisa objetiva, uma coisa que segue direção rumo a Deus, estritamente falando, somente podem entrar em consideração aqui as teorias que descrevem a obra de Cristo como destinada primordialmente a livrar a ira de Deus os pecadores e libertá-los da punição divina, mais que mudar a atitude do pecador para com Deus, de uma atitude de hostilidade para uma atitude de amizade. As teorias que são inteiramente subjetivas e que concebem a obra realizada por Cristo como a de exclusivamente levar sobre Si a condição moral do pecador, deveriam, pela estrita lógica,ser deixadas totalmente fora de consideração. Presumivelmente, deveriam ser consideradas como teorias de reconciliação, mas dificilmente poderiam ser consideradas como teorias de expiação. Assinala ele que a expiação, como base objetiva do perdão de pecados, deve responder a uma necessidade que naturalmente determinará a sua natureza. Esta necessidade deve estar, ou na exigência de uma justiça absoluta que tem que punir o pecado, ou no oficio reitoral da justiça como uma obrigação de conservar os interesses do governo moral. No primeiro caso, chega-se à teoria da satisfação; no segundo, à teoria governamental, que é preferida por Miley e que tem o apoio dos metodistas em geral. Alfred Cave atribui um teor objetivo à teoria dos arminianos primitivos, teoria na qual a morte de Cristo é considerada como substituta da penalidade imposta aos pecadores; e à teoria de McLeod Campbell, que vê a real significação da obra de Cristo em Seu arrependimento vicário. É indubitavelmente certo que ambas contêm um elemento objetivo. Mas em acréscimo a estas, existem diversas teorias puramente subjetivas. Conquanto, estritamente falando, estas não sejam teorias da expiação, requerem, não obstante, a nossa consideração, uma vez que em muitos círculos são considerados como tais. As seguintes são as teorias importantes: (Berkhof, L – Teologia Sistemática. Pg379)