sexta-feira, 19 de julho de 2013

O PARALELO ENTRE ADÃO E CRISTO

O paralelo que Paulo traça entre Adão e Cristo em Rm 5.12-21, no contexto da doutrina da justificação, só pode ser explicado com base no pressuposto de que Adão, à semelhança de Cristo, era o chefe de uma aliança. De acordo com Paulo, o elemento essencial da justificação consiste nisto: que a justiça de Cristo é-nos imputada, sem qualquer obra pessoal da nossa parte para merecê-la. E ele considera isso um perfeito paralelo em relação à maneira pela qual a culpa de Adão nos é imputada. Isto leva naturalmente à conclusão de que Adão também estava numa relação pactual com os seus descendentes. 5. A PASSAGEM DE OS 6.7. Em Os 6.7 lemos: “Mas eles transgrediram a aliança, como Adão”. Têm sido feitas tentativas para desacreditar essa redação. Alguns têm sugerido a forma “em Adão”. O que implicaria, que alguma transgressão muito conhecida ocorreu num lugar chamado Adão. Mas a preposição proíbe essa tradução. Além disso, a Bíblia não faz menção alguma dessa tal transgressão histórica muito conhecida em Adão. A Versão Autorizada (Authorized Version) traduz “Como homens”, caso em que significaria, de maneira humana. A isto pode-se objetar que não há plural no original, e que essa declaração seria deveras fútil, pois como o homem poderia transgredir, senão à maneira humana? A tradução ‘como Adão” é a melhor afinal de contas. Tem o apoio da passagem paralela de Jó 31.33, e foi adotada pela American Revised Version (Versão Revista Americana).* (Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg. 207)