terça-feira, 4 de junho de 2013

MORTE ESPIRITUAL

Há uma profunda verdade no pronunciamento de Agostinho de que o pecado também é punição do pecado. Significa que o estado e a condição pecaminosos em que o homem nasce, por natureza fazem parte da penalidade do pecado. São, é certo, as conseqüências imediatas do pecado, mas também fazem parte da penalidade ameaçada. O pecado separa de Deus o homem, e isso quer dizer morte, pois é só na comunhão com o Deus vivo que o homem pode viver de verdade. No estado de morte, que resultou da entrada do pecado no mundo, levamos o fardo da culpa do pecado, culpa que só pode ser removida pela obra redentora de Jesus Cristo. Portanto, estamos obrigados a padecer os sofrimentos resultantes da transgressão da lei. O homem natural carrega para onde vai o senso da sujeição à punição. A consciência constantemente o faz lembrar-se da sua culpa, e com freqüência o temor da punição enche o seu coração. A morte espiritual significa, não somente culpa, mas também corrupção. O pecado é sempre uma influencia corruptora na vida, e isso é parte da nossa morte. Por natureza somos, não somente injustos aos olhos de Deus, mas também impuros. Esta impureza se manifesta em nossos pensamentos, em nossas palavras e em nossas orações. É sempre ativa dentro de nós, agindo como uma fonte envenenada a poluir as correntes da vida. E se não fosse a influencia restringente da graça comum de Deus, tornaria a vida social inteiramente impossível. (Teologia Sistemática – Louis Berkhof Pg. 256)