segunda-feira, 29 de abril de 2013

Comparação da Aliança da Graça com a Aliança das Obras

1. PONTOS DE SEMELHANÇA. Os pontos de acordo são de natureza geral. As duas alianças concordam quanto (a) ao autor: Deus é o autor de ambas; somente Ele poderia estabelecer tais alianças; (b) às partes contratantes que, em ambos os casos, são Deus e o homem; (c) à forma externa, a saber, a condição e promessa; (d) ao conteúdo da promessa que, nos dois casos, é a vida eterna; e (e) ao objetivo geral, que é a glória de Deus. 2. PONTOS DE DIFERENÇA. (a) na aliança das obras Deus comparece como Criador e Senhor; na aliança da graça, como Redentor e pai. O estabelecimento daquela foi motivado pelo amor e bondade de Deus; o desta, por Sua misericórdia e graça especial. (b) Na aliança das obras o homem comparece simplesmente como criatura de Deus, corretamente relacionada com o seu Deus; na aliança da graça ele comparece como um pecador que perverteu os caminhos, e só pode comparecer como parte, em Cristo, o Fiador. Conseqüentemente, não há mediador naquela, ao passo que nesta há. (c) A Aliança das obras dependia da incerta obediência de um homem mutável, enquanto que a aliança da graça repousa na obediência de Cristo como Mediador, que é absoluta e certa. (d) Na aliança das obras a guarda da lei é o caminho da vida; na aliança da graça é a fé em Jesus Cristo. Qualquer fosse a fé requerida na aliança das obras, fazia parte da justiça da lei ; na aliança da graça, porém, a fé é simplesmente o instrumento pelo qual tomamos posse da graça de Deus em Jesus Cristo. (e) A aliança das obras era parcialmente conhecida por natureza, uma vez que a lei de Deus foi escrita no coração do homem; mas a aliança da graça é conhecida exclusivamente pela revelação especial positiva. (Teologia Sistemática – L. Berkhof. Pg 268)