quarta-feira, 17 de abril de 2013

O NOME SENHOR (Kyrios)

O nome “Senhor” é aplicado a Deus na Septuaginta, (a) como equivalente de Jeová; (b) como tradução de Adonai; e (c) como versão de um título honorífico aplicado a Deus (principalmente Adon), Js 3.11; Sl 97.5. No Novo Testamento vemos uma aplicação tríplice do nome a Cristo, um tanto parecida com a o Velho Testamento, (a) como uma forma polida e respeitosa de tratamento, Mt 8.2; 20.33; (b) como expressão de posse e autoridade, sem nada implicar quanto ao caráter e autoridade divinas de Cristo, Mt 21.3; 24.42; e (c) com a máxima conotação de autoridade, expressando um caráter exaltado e, de fato, praticamente equivalendo ao nome “Deus”, Mc 12.36, 37; Lc 2.11; 3.4; At 2.36; 1 Co 12.3; Fp 2.11. nalguns casos é difícil determinar a conotação exata do título. Indubitavelmente, depois da exaltação de Cristo, o nome era geralmente aplicado a Ele no sentido mais exaltado. Mas, há exemplos do seu uso mesmo antes da ressurreição, onde evidentemente já se alcançara o valor especificamente divino do título, como em Mt 7.22; Lc 5.8; Jo 20.28. Há grande diferença de opinião entre os estudiosos com respeito à origem e desenvolvimento deste título, em sua aplicação a Jesus. A despeito de tudo quanto foi antecipado em contraposição, não há razão para não acreditar que o uso do termo, quando aplicado a Jesus, tem suas raízes no Velho testamento. Há um elemento constante na história do conceito em foco, o elemento, de posse com autoridade. As epistolas de Paulo sugerem a idéia adicional de que se trata de uma autoridade e posse com base em direitos antecedentemente adquiridos. É duvidoso se este elemento já está presente nos evangelhos. (Berkhof, L – Teologia Sistemática. Pg.309)