terça-feira, 1 de outubro de 2013

A Existência dos Anjos

Todas as religiões reconhecem a existência de um mundo espiritual. Suas mitologias falam de deuses, semi-deuses, espíritos, demônios, gênios, heróis, e assim por diante. Foi especialmente entre os persas que a doutrina dos anjos se desenvolveu, e muitos críticos especialistas afirmam que os judeus derivaram a sua angelologia dos persas. Mas essa teoria não foi comprovada e, para dizer o mínimo, é muito duvidosa. Certamente não pode ser harmonizada com a Palavra de Deus, na qual os anjos aparecem desde o princípio. Além disso, alguns grandes especialistas, que fizeram estudos específicos do assunto, chegaram à conclusão de que a angelologia persa proveio da que era comum entre os hebreus. A igreja cristã sempre acreditou na existência dos anjos, mas a teologia liberal moderna descartou essa crença, embora ainda considere a idéia-anjo útil, visto que ela imprime em nós “o vívido poder de Deus na história da redenção, Sua providentia specialissima em favor do Seu povo, especialmente em favor dos ‘pequeninos’”. Embora homens como Leibnitz e Wolff, Kant e Schleiermacher, tenham admitido a possibilidade da existência do mundo angélico, e alguns deles tenham até mesmo tentando provar isso com uma argumentação racional, é evidente que a filosofia não pode provar nem a existência nem a inexistência dos anjos. Portanto, da filosofia passamos para a Escritura, que não faz nenhuma tentativa deliberada de provar a existência dos anjos, mas assume de capa a capa, e em seus livros históricos repetidamente nos mostra os anjos em ação. Ninguém que se incline diante da autoridade da palavra de Deus pode duvidar da existência dos anjos. (Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg. 136)