terça-feira, 1 de outubro de 2013

O serviço dos Anjos

Podemos distinguir entre o serviço comum e o serviço extraordinário dos anjos. 1. O SERVIÇO COMUM DOS ANJOS. Consiste primeiramente em seus louvores a Deus dia e noite, Jó 38.7; Is 6.3; Sl 103.20; 148.2; Ap. 5.11. A Escritura dá a impressão de que eles o fazem audivelmente, como no nascimento de Cristo, conquanto não possamos fazer idéia de como os anjos falam e cantam. Desde a entrada do pecado no mundo, eles são enviados para dar assistência aos herdeiros da salvação, Hb 1.14. Eles se regozijam com a conversão de um pecador, Lc 15.10, exercem protetora vigilância sobre os crentes, Sl 34.7; 91.11, protegem os pequeninos, Mt 18.10, estão presentes na igreja, 1 Co 11.10; 1 Tm 5.21, recebem aprendizagem das multiformes riquezas da graça de Deus, Ef 3.10; 1 Pe 1.12, e encaminham os crentes ao seio de Abraão, Lc 16.22. A idéia de que alguns deles servem de anjos da guarda de crentes individuais não tem apoio na escritura. A declaração de Mt 18.10 é geral demais, para provar o ponto, embora pareça indicar que há um grupo de anjos particularmente encarregado de cuidar das criancinhas. At 12.15 tampouco o prova, pois esta passagem mostra apenas que, naquele período primitivo, havia alguns, mesmo entre os discípulos, que acreditavam em anjos guardiões. 2. O SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO DOS ANJOS. A queda do homem tornou necessário o serviço extraordinário dos anjos, e este constitui um importante elemento da revelação especial de Deus. Muitas vezes eles são intermediários das revelações especiais de Deus, comunicam bênçãos ao Seu povo e executam juízo sobre os Seus inimigos. Sua atividade é mais proeminente nos grandes pontos de transição da economia da salvação, como nos dias dos patriarcas, na época da entrega da lei, no período do cativeiro e da restauração, e no nascimento, na ressurreição e na ascensão do Senhor. Quando cessou o período da revelação especial de Deus, cessou o serviço extraordinário dos anjos, a ser retomado somente por ocasião da volta do senhor. (Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg. 140)